31 março 2020

Pedrinho é o último grande investimento do Benfica?; JJ volta a ser colocado na rota do Benfica

A renovação de contrato de Jorge Jesus continua a encher páginas de jornais no Brasil. Com contrato até junho próximo, o treinador português regressou a Portugal na semana passada a fim de se juntar à família durante a pandemia do coronavírus, que deixou em suspenso todo o futebol brasileiro.
Esta terça-feira, o Globo Esporte dá espaço ao ponto de situação das conversações entre Jorge Jesus, Rodolfo Landim e Marcos Braz, respetivamente presidente e diretor do rubro-negro.
Nas últimas semanas, o português exigiu um salário na casa dos sete milhões de euros anuais, mais três do que aufere atualmente. Números, à primeira vista, incomportáveis para a realidade do Flamengo.
Contudo, avança aquele diário que «o cenário mais provável» passa mesmo pela assinatura de novo vínculo a curto prazo: «Conhece o clube, está à altura da sua ambição, recebe um bom salário, terá um bom aumento e poderá alcançar mais do que os supostos 7 milhões com prémios pelos títulos que planeia conquistar», pode ler-se
Ainda assim, não deixa o Globo Esporte de trazer o nome do Benfica à baila e de relembrar que há eleições na Luz no próximo mês de outubro. E um sonho de Luís Filipe Vieira por cumprir: «No cenário pós-crise, só o Benfica terá condição de fazer uma proposta financeira semelhante à do Flamengo. (…) No fim deste ano, haverá eleição para presidente. Luis Filipe Vieira será reeleito, mas o seu desejo é levar o Benfica a um troféu europeu. Ele sabe que só tem uma chance de conseguir isso: Jorge Jesus. Com o atual treinador do Flamengo, o Benfica chegou a uma final europeia depois de 23 anos e repetiu o feito na temporada seguinte», escreve-se, recordando as finais da Liga Europa em 2012/13 e 2013/14.
Fora da equação estará o FC Porto, que, neste momento, não terá capacidade financeira para fazer face às pretensões de Jesus.

Depois de Pedrinho, o reforço milionário vai chamar-se... contenção. O atacante brasileiro contratado ao Corinthians por 20 milhões de euros será, muito provavelmente, e a curto/médio prazo, o último negócio galático do Benfica, face aos efeitos que a pandemia está a causar à economia global, garante A Bola.
Por todo o mundo ecoam reflexos negativos do Covid-19 nos vários quadrantes da sociedade e o desporto também paga uma fatura elevada. Em apenas uma palavra, prejuízo. E o Benfica, do ponto de vista económico, apesar de se encontrar em posição ímpar em Portugal, face aos resultados no verde dos últimos anos, que até permitiram neutralizar quase na totalidade a dívida bancária, prepara já mudança de estratégia.
Os jogadores com rótulo de €20 milhões vão ter, pois, de esperar, até porque figuras de topo da atividade entendem que o futebol poderá ser de alguma forma reclassificado, com desvalorização de passes de jogadores, não por qualquer tipo de questão desportiva, mas simplesmente porque os clubes terão de lidar com dívidas, com falta de receitas, com obrigações difíceis de cumprir e não terão os meios para fazer o que faziam: no caso dos mais ricos, irem aos três dígitos. Como foi o caso do Atlético Madrid, que adquiriu João Félix por €126 milhões. Uns não terão dinheiro para tais loucuras, a maioria não quererá fazê-lo, pelo menos enquanto não se dissiparem, ou não se entenderem com rigor, os efeitos da crise.
O Benfica, que estava a começar a sentir-se à vontade no campeonato dos €20 milhões - Jiménez custou €21,8 M, RDT, Weigl e Pedrinho ficaram por essa quantia - tira, pois, o pé do acelerador. Nem sequer será de esperar, no próximo verão, compras de jogadores por valores aproximados. Se isto funciona para as entradas, terá de funcionar para as saídas, uma vez que transferências milionárias para o estrangeiro serão igualmente escrutinadas.

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