04 setembro 2024

Quem era o sucessor de Galeno no Dragão; Bruno Lage mais perto da Luz; Wendell rejeitou sair do FC Porto; Plano B a Marcos Leonardo estava em...Alvalade; Porto tem "pouco a ganhar" e "muito a perder" caso avance com queixa na FIFA contra o Al Ittihad

A transferência gorada de Galeno para o Al Ittihad foi a principal novela do último dia de mercado de verão em Portugal. Um episódio que irritou e de que maneira os responsáveis do FC Porto, conforme se comprova pelo comunicado divulgado na noite de segunda-feira, onde anunciaram o enviou de "uma comunicação para o Chairman do referido clube e para o Chairman da Liga da Arábia Saudita" a dar nota "do profundo desagrado pela forma como o processo foi conduzido e abortado após se ter chegado a um acordo total entre os clubes e o atleta".
Ainda antes do comunicado do FC Porto, chegou a ser cogitada a possibilidade dos dragões avançarem com uma queixa para a FIFA. Esse cenário, contudo, não se deve vir a verificar, até porque segundo a opinião de Luís Cassiano Neves, advogado especialista em direito desportivo, havia mais a perder do que a ganhar.
"As cartas que o FC Porto vai enviar são, essencialmente, uma forma de demonstrar desagrado. Não mais do que isso. Do que se sabe, o que terá sucedido é que o Al Ittihad esteve a jogar em dois tabuleiros. Chegou a acordo com dois clubes e dois jogadores e, no final, eventualmente por causa do preço, optou pelo Bergwijn. Houve acordo total sobre as condições para contratar o Galeno, mas os contratos não foram assinados. O caso do FC Porto existe, mas é muito difícil resultar em algo concreto e financeiro. Do ponto de vista jurídico, o FC Porto tem pouco a ganhar, e do ponto de vista institucional tem muito a perder. Uma eventual queixa poderia criar dano nas relações com fundo saudita e com um mercado emergente e com grande poderio financeiro", analisou Luís Cassiano Neves ao jornal Record, explicando depois o porquê de não haver fundamento legal para avançar com uma queixa na FIFA.
"Se não há contratos assinados, o que está em causa são responsabilidades pré-contratuais. Para haver qualquer dever de indemnizar teria que ter havido efetivamente um prejuízo. E isso, pelo que se sabe, não aconteceu. Se o jogador já tivesse comprado casa na Arábia Saudita, se o FC Porto tivesse contratado um jogador para o seu lugar... Como isso não aconteceu, qualquer queixa a ser feita na FIFA terá poucas pernas para andar. Foi um negócio que esteve fechado mas depois foi abortado. Não é de bom-tom nem de boa-fé fechar-se a negociação e depois não responder e não assinar o contrato, mas o FC Porto também tem de ser inteligente e saber o que pode ou não pode fazer", referiu o advogado, terminando com as vantagens que o FC Porto pode vir a retirar de todo este imbróglio no futuro.
"Do ponto de vista do FC Porto é também pouco atrativo beliscar relações com um mercado emergente, poderoso a nível financeiro e que no futuro pode vir a render importantes dividendos. Além disso, perante esta postura errada do Al Ittihad, o FC Porto até pode ganhar uma vantagem negocial futura, ao ficar com o papel de legítimo ofendido", frisou Luís Cassiano Neves.

Wendell recusou um convite do São Paulo no último dia do fecho do mercado. Segunda a imprensa brasileira, o lateral-esquerdo declinou regressar ao seu país, mas a proposta apresentada era tentadora do ponto de vista financeiro para o jogador e FC Porto. Apesar de ter fechado a janela de transferências nos principais países europeus, ainda há mercados abertos e os responsáveis azuis e brancos estão abertos à saída do jogador, que entrou no último ano de contrato. Com a chegada de Francisco Moura, a concorrência aumenta, tanto mais que tem sido Galeno a jogar a lateral adaptado, o que faz crer que Wendell não será primeira opção para Vitor Bruno nesta época.

Quem era o sucessor de Galeno no Dragão. Foi ainda na manhã de segunda-feira que o FC Porto aceitou os 50 M€ do Al Ittihad por Galeno e que este deu luz verde à mudança. Com tudo aparentemente acertado, os dragões chegaram mesmo a definir alvos para suceder ao extremo no plantel. Segundo noticiou o portal espanhol ‘Relevo’, o internacional jovem senegalês Assane Diao era o escolhido e, de acordo com a mesma fonte, os valores da abordagem que os dragões fizeram chegar ao Betis eram suficientemente convincentes para os dirigentes do clube de Sevilha aceitarem vender o seu promissor extremo-esquerdo.

Bruno Lage mais perto da Luz. Bruno Lage, 48 anos, campeão pelo Benfica em 2018/2019, continua a ser a possibilidade mais forte para substituir Roger Schmidt, treinador alemão que foi despedido no sábado passado, depois do empate 1-1, em casa do Moreirense, na 4.ª jornada do campeonato.
O Benfica mantém vários nomes em cima da mesa, mas desde o início do processo que foi dada alguma prioridade à contratação de um treinador português e que o nome de Bruno Lage surgiu sempre como uma das preferências. Por vários motivos. Porque conhece bem a realidade do futebol português e do Benfica, onde foi não apenas treinador principal mas da equipa B e ligado à formação, mas também porque está livre de contrato e corresponde ao perfil futebolístico que nesta altura Rui Costa, presidente do Benfica, e a estrutura do futebol profissional entendem que é o exigido para assumir funções.
Depois de segunda-feira o foco ter sido colocado no fecho do mercado de transferências, com a chegada ao clube de mais um reforço, o extremo internacional turco Akturkoglu, o dia de ontem já foi reservado a conversações e pé no acelerador para fechar um novo treinador. E, não sendo ainda completamente seguro, Bruno Lage continua muito bem posicionado para o cargo.
O novo treinador deverá ser conhecido entre hoje e amanhã, sendo que sexta-feira, dia do regresso aos treinos do plantel, Rui Costa prometeu que os jogadores já encontrarão um novo líder e será dado início a um ciclo novo nos encarnados.

Rodrigo Ribeiro era plano B a Marcos Leonardo. O Aves SAD anunciou na reta final do mercado a chegada de Rodrigo Ribeiro, que se junta ao plantel por empréstimo do Sporting até ao final da presente época. O avançado de 19 anos, no entanto, chegou a ser equacionado no Al Hilal, de Jorge Jesus, como alternativa mais barata ao benfiquista Marcos Leonardo, que rumou à equipa da Arábia Saudita por 40 milhões de euros. Rodrigo Ribeiro, que chegou a ser também equacionado no Nottingham Forest, onde na época passada jogou por empréstimo, seria uma hipótese de valor na ordem dos 15 milhões de euros. Tem contrato com o Sporting até 2028.

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