Galeno pode ter contrato revisto. A transferência falhada de Galeno para o Al Ittihad, por €50 milhões, representou um duro golpe para o FC Porto, mas também para o próprio jogador, que no emblema saudita ia ganhar ordenado de €6,5 milhões. Apesar disso, o internacional brasileiro manteve o foco nos trabalhos da equipa e em circunstância alguma forçou o negócio quando este estava a ser tratado entre a SAD do FC Porto e o Fundo Público Saudita. Oficialmente, ainda não houve contactos com o jogador no sentido de rever as condições do seu contrato, válido até 2028, mas isso poderá acontecer em breve, apesar de o FC Porto não ter tido qualquer responsabilidade pela desistência do Al Ittihad. Contudo, há o sentimento de que todo este processo teve impactos que o FC Porto quer atenuar. Galeno está satisfeito no clube e a forma profissional e dedicada como se tem entregado aos treinos e aos jogos poderá valer-lhe, num futuro próximo, a revisão do seu contrato, com um aumento de ordenado, que atualmente se fixa à volta dos €1,2 milhões.
É um processo ainda embrionário, mas que merecerá toda a atenção da Direção liderada por André Villas-Boas, até porque Galeno continuará, seguramente, a ser alvo cobiçado nas próximas janelas de mercado.
Lage regressa ao Benfica. Marco Silva deu 'não'. Está confirmado: Bruno Lage é o sucessor de Roger Schmidt, no comando técnico do Benfica. Nesta altura só falta oficializar o que deve acontecer durante o dia de hoje, depois de presidente e treinador terem estado reunidos ontem à noite, até perto da meia-noite, para acertarem duração do contrato e salário.
Amanhã, o técnico, de 48 anos, já deverá orientar o treino que marca o regresso dos encarnados aos trabalhos, no qual irá iniciar a preparação para o encontro com o Santa Clara, o primeiro adversário das águias nesta segunda passagem de Lage pela equipa principal dos encarnados.
O despedimento de que foi alvo na temporada 2019/20 ficou sempre atravessado no setubalense, algo confirmado pelo próprio, em maio, em entrevista ao nosso jornal. “A minha história no Benfica devia ter tido outro fim”, atirou, preparando-se para iniciar novo capítulo no clube da Luz.
Na altura, muitos benfiquistas apoiaram a decisão do então presidente. E Rui Costa, apesar de confiar em Lage para inverter o rumo da época, sabe que este não é consensual. Esse foi o motivo que protelou a decisão de endereçar o convite ao técnico para regressar à Luz. Tal só aconteceu ontem, pois Rui Costa ainda sondou outros técnicos, livres ou não. Marco Silva foi um deles, mas o técnico do Fulham recusou regressar a Portugal. De qualquer forma, a preferência sempre foi para um português. Rui Costa nunca perdeu de vista a primeira opção e apostou no homem que, em 2018/19, sucedeu a Rui Vitória e liderou uma recuperação histórica até à conquista do título de campeão, depois de ter partido com uma desvantagem de 7 pontos para o FC Porto. A esperança é que consiga agora realizar um feito idêntico. Para esse trabalho, o treinador deve manter grande parte da equipa técnica que o acompanhou em Inglaterra, quando esteve ao serviço do Wolverhampton, assim como no Botafogo. O irmão Luís Nascimento, que também conta com um vasto passado na formação do clube da Luz, será um dos braços-direitos de Lage, assim como Alexandre Silva e Carlos Cachada. Jhony Conceição, que também já representou o Benfica, e o jovem Diogo Camacho irão desempenhar as funções de analistas na nova equipa técnica.
80M€. FC Porto prepara emissão de dívida recorde. O FC Porto está a estudar uma nova emissão de dívida, naquele que será o maior empréstimo obrigacionista (EO) alguma vez feito em Portugal por uma sociedade desportiva cotada em bolsa. A SAD tem sondado o mercado e o feedback que receber será decisivo para os moldes finais da operação.
O objetivo, apurou o CM, é garantir, pelo menos, 80 milhões de euros, mas o valor final até poderá ser superior.
O FC Porto protagonizou, em maio de 2021, aquele que é até hoje o EO recorde em Portugal. Solicitou 70M€ ao mercado e conseguiu arrecadar 64,8M€ (93% do desejado). O objetivo é agora mais ambicioso. Por um lado, há um EO de 50M€ para reembolsar daqui a sete meses. Por outro, a SAD precisa de liquidez até ao fim deste ano civil para pagar a dívida de 90M€ a clubes e empresários relacionada com a transação de jogadores. Se essa obrigação não for cumprida, o FC Porto arrisca ser afastado pela UEFA das provas europeias.
Os 50M€ que a SAD vai receber da Ithaka, à partida em outubro (relativos a primeira tranche dos 65M€ que o novo parceiro vai pagar a troco de 30% da receita do Estádio do Dragão até 2049, num acordo que pode chegar aos 100M€ se forem atingidos certos objetivos), mais o saldo líquido (15,8M€) das compras e vendas feitas no último mercado de transferências não chegam para pagar a tal dívida a clubes e agentes. Daí que o FC Porto precise de financiamento.
A emissão de dívida deverá passar por duas operações paralelas: uma troca dos 50M€ do EO que vencem em abril de 2025; e uma nova subscrição. Esta última permitirá cobrir a diferença das obrigações do EO 2025 que os investidores não aceitarem substituir, além de reforçar a liquidez. As duas operações poderão arrancar num valor inferior e serem depois aumentadas até ao tal objetivo final dos 80M€ ou mais.
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