Vieira já procura...alternativa para suceder a Rui Costa. Os nomes falados; Direção do Benfica desconfia de protestos; Gyokeres recebe A BOLA de Prata e atira: "Para o ano quero ganhar outra vez". Renovação em cima da mesa; O reforço a chegar a Alvalade

A contestação a Roger Schmidt e Rui Costa subiu de tom nas últimas jornadas, com mais intensidade por parte dos adeptos localizados no topo sul do estádio, onde estão os 'No Name Boys'. A forma como protestam provocou divisão, com outra parte dos adeptos a vaiar esse sector. Ora, os responsáveis dos encarnados desconfiam que esses protestos tenham por trás movimentos de oposição.

Rui Costa e seus pares têm sido contestados principalmente pela má época da equipa de futebol, que se saldou pela conquista da Supertaça. Mas não só. A demora na revisão de estatutos e na apresentação da auditoria às contas do Benfica, pedidas depois da saída de Viera, também estão na mira de adeptos. Ainda na última semana, depois de revelado que Rui Costa – juntamente com Vieira, Soares de Oliveira e Paulo Gonçalves – é suspeito de ter participado num alegado esquema que desviou 6 M€ das águias, mereceu um comentário do 'Servir o Benfica', que pediu uma "auditoria forense séria a todo o universo empresarial" dos encarnados.

Luís Filipe Vieira procura alternativa a Rui Costa. Caiu o pano sobre um campeonato conturbado para o Benfica, numa época desde cedo marcada pela contestação a Roger Schmidt e Rui Costa. Enquanto publicamente se discute a continuidade do treinador, nos bastidores já há algumas movimentações tendo em vista as eleições de outubro de 2025, quando terminar o mandato dos órgãos sociais em exercício.

Desde logo, salta à vista Luís Filipe Vieira, que renunciou ao mandato em julho de 2021 depois de ter sido constituído arguido na operação ‘Cartão Vermelho’, que conduziu, inclusive, à sua detenção.

O jornal Record escreve que o antecessor de Rui Costa, o presidente que mais tempo esteve no cargo, entre 2003 e 2021, tem procurado reunir uma alternativa à gestão atual. Quando, em 2020, anunciou a candidatura ao sexto e, segundo ele, último mandato – interrompido abruptamente por aquele caso judicial – o empresário , de 74 anos, chegou a dizer que Rui Costa seria o seu sucessor. O antigo jogador surgiu então pela primeira vez como vice-presidente na lista de Vieira. A rutura é evidente.

Mauro Xavier, por sua vez, perfila-se como candidato. Licenciado em Relações Internacionais, o gestor pretende antecipar a sua entrada em cena. Tinha projetado liderar um projeto em 2029, mas tudo indica que aconteça já em 2025. O diário escreve que há muito tempo que planeia essa candidatura.

Rosto conhecido dos benfiquistas pela presença na CMTV e pela coluna semanal no Record, Xavier tem-se destacado pelas suas posições em defesa do clube, mas também por ser crítico de Schmidt. "Final de época penoso e sem melhorias. Muito trabalho pela frente e decisões muito importantes. Começam as saudades de ver entrar em campo o Benfica", escreveu, no X, na última sexta-feira, dia em que as águias fecharam a participação na Liga 2023/24 com um empate (1-1) no reduto do Rio Ave.

Antes, tomara posição quando o Benfica foi eliminado da Taça de Portugal, com o Sporting. "O melhor plantel da 1ª Liga sai desta época sem troféus nacionais", observou, na mesma rede social, sublinhando: "Assumir a saída do treinador no fim da época e recomeçar."

Antigos vice-presidentes de Vieira, o cirurgião João Varandas Fernandes e o gestor Nuno Gaioso Ribeiro, são outros nomes que têm sido equacionados. O futuro do Benfica já se discute.

A mais de um ano do final do mandato, várias personalidades têm apelado para a mobilização do 'Benfica Bem Maior' (BBM), grupo de reflexão fundado pelo antigo vice-presidente João Braz Frade. Este movimento reuniu benfiquistas de vários quadrantes, nomeadamente gestores, e chegou a elaborar um programa estratégico. Foi declarado extinto após as eleições realizadas em outubro de 2021 e alguns dos seus elementos fazem hoje parte dos órgãos sociais, resultado da aproximação entre o BBM e a candidatura de Rui Costa. Com as eleições no horizonte, não é de afastar o regresso deste grupo, mesmo que seja para apoiar uma candidatura.

O movimento 'Servir o Benfica' está preparado para eleições antecipadas, se, por hipótese, se realizarem este ano. Este grupo surgiu em 2020, mas acabou por se juntar à candidatura de Noronha Lopes. Um ano depois, avançou com Francisco Benitez, que concorreu com Rui Costa ao cargo de presidente. Nas próximas eleições apresentarão uma lista própria ou apoiarão uma candidatura. Certo é que o 'Servir o Benfica' defende uma mudança. "É necessário (...) começar desde já a trabalhar para uma alternativa séria e com condições para em 2025 merecer a confiança dos associados", escreveu o porta-voz Tiago Godinho na página 'Glorioso 1904'.

O reforço a chegar a Alvalade. O penúltimo jogo da época do Anderlecht, a contar para o playoff de apuramento do campeão da Bélgica, foi também o último embate do emblema de Bruxelas no seu estádio em 2023/24, algo que precipitou a despedida de Zeno Debast.
Já vamos ao negócio, mas tocando ao de leve, este está muito perto de ficar concluído entre o clube já citado e o Sporting, por uma quantia, já com objetivos, de 18 milhões de euros. Pelo contexto, ontem, a receção ao Club Brugge (derrota por 1-0) acabou por 'denunciar' o adeus do central, de apenas 20 anos, dado que no final do encontro não conseguiu conter as lágrimas, dirigindo-se às bancadas do Lotto Park para levantar os braços em tom de agradecimento ao emblema que representa desde... quase sempre, há 14 anos – desde 2010!
Na entrada para o túnel, caiu então o choro, amparado pela camisola branca e roxa, mas também com uma quantidade enorme de abraços que foi recebendo até desaparecer rumo ao balneário. Apesar de ainda haver mais um jogo pela frente, dia 24, contra o Antuérpia, Debast não voltará a vestir tão cedo a camisola do Anderlecht neste palco, mudando-se para Lisboa, onde numa clara jogada de antecipação, os leões estão pertíssimo de assegurar um reforço de peso, internacional pelo seu país.
Depois de vários contactos e reuniões, ambas as partes fizeram cedências e foi possível satisfazer a vontade do defesa em abraçar o projeto do Sporting, que lhe permitirá, acredita, continuar a crescer, assim como disputar uma grande competição de clubes como a Champions.
À espera de 'ZDB' – alcunha pela qual ficou conhecido na Bélgica – está um contrato válido por cinco temporadas (até junho de 2028), que já acordou assinar assim que as partes concluíssem o negócio. Entrará, face à qualidade e margem de progressão que lhe apontam, para um patamar salarial alto, já perto de 1 milhão de euros líquidos por temporada.
Satisfaz, assim, um desejo de Rúben Amorim, que mesmo mantendo ainda algum tabu em relação à sua continuidade, identificou, em estreia relação com os outros departamentos do futebol, este central como uma 'urgência' a contratar, dado que tinha muitos interessados, alguns deles com maior capacidade financeira que os verdes e branco, perto... de vencerem.
Novamente capitão do Anderlecht, por indisponibilidade de Jan Vertonghen, central que já foi águia, Debast assumiu o papel com naturalidade. Bastante acarinhado pelo emblema que o precipitou no futebol profissional, Zeno ruma a Portugal, onde só deve, contudo, aterrar depois da final da Taça de Portugal que o Sporting vai disputar. Até lá, ambos os clubes querem focar-se naquilo que ainda podem conquistar. No caso dos leões, a ordem está toda... no Jamor.

Gyokeres recebe A BOLA de Prata e atira: "Para o ano quero ganhar outra vez". Renovação em cima da mesa. Foi na temporada 1952/1953 que A BOLA de Prata foi pela primeira vez entregue. Matateu, internacional português e histórico do Belenenses, nascido em Lourenço Marques, hoje Maputo, Moçambique, a 26 de julho de 1927, teve a honra de inaugurar o prémio - marcou 29 golos. 71 anos depois, a vez de um sueco, alto e nada tosco, deixar a sua marca na história: Gyokeres marcou 29 golos no campeonato, mais oito do que o congolês Simon Banza, do SC Braga, 2.º classificado nesta luta individual. E com os seus golos os leões são campeões nacionais.

Logo na primeira temporada em Portugal, o goleador de 25 anos, como o leão, deixa a sua marca. 29 golos em 33 jogos no campeonato, 14 adversários sofreram com os tentos do avançado. Só não marcou a E. Amadora, Famalicão e Estoril. Ainda agora Gyokeres festeja o título nacional e A BOLA de Prata e já pensa em repetir a proeza. Ganhar outra vez para o ano? «[risos] Claro que quero ganhar», respondeu o camisola 9, depois de agradecer o prémio. «Mas é também pela equipa e pelo que conquistámos juntos. Marcar golos não depende só de mim, claro que estou muito feliz por receber este prémio», acrescentou o goleador, para logo respirar e fazer uma pausa para contemplar o troféu que já colocou na sua galeria particular.

O desejo de repetir o prémio, confessado entre sorrisos, não garante, naturalmente, que Gyokeres continua de leão ao peito, como o que tinha no polo com que se apresentou, mas deixa aos sportinguistas a garantia de que o sueco se sente motivado no Sporting, clube com o qual tem contrato até 2028 e cláusula de rescisão de 100 milhões de euros. Custou o recorde leonino numa aquisição, 20 milhões no passado verão, que entraram nos cofres do Coventry. E terão sido os 20 milhões mais bem gastos pela administração, numa operação que durou quase três meses até chegar ao resultado final.

Nos últimos 20 anos, desde Mário Jardel, nunca um jogador tinha tido tanto impacto no Sporting como Viktor Gyokeres teve esta época. E no mercado o avançado sueco desperta atenções como poucos em Portugal conseguiram fazer na temporada de estreia. Por isso, a intenção da administração do Sporting é clara e está pronta para avançar: os leões já preparam uma proposta de renovação com o avançado, a qual contemplará, sobretudo, uma revisão salarial e um aumento da cláusula de rescisão, não estando prevista - ainda que esse não seja um cenário completamente descartado - uma prorrogação do vínculo, que, recorde-se, tem a duração até 2028.