Antigo alvo do Benfica é o escolhido pelo Inter; "Yazalde era grande jogador, mas Gyökeres é melhor"; “Benfica? Não são os adeptos que mandam. É uma democracia referendária”

A derrota do Benfica em Famalicão garantiu matematicamente a conquista do título pelo rival Sporting. E o treinador encarnado, Roger Schmidt, tornou-se ainda mais contestado na Luz.

Perdido o título para o outro lado da Segunda Circular, o Benfica começa a olhar para a próxima temporada. Porém, os adeptos questionam se Roger Schmidt tem condições para continuar como treinador do Benfica. O técnico alemão já recordou que tem contrato até 2026, mas a derrota em Famalicão poderá marcar o início do fim da passagem de Schmidt pela Luz.

Nesta hora difícil para o Benfica, Nuno Magalhães deixa um conselho aos responsáveis encarnáveis. É preciso despir a camisola de adepto e vestir o fato de gestor para pesar as vantagens e as desvantagens da continuidade de Schmidt.

“Numa discussão de um CEO, porque o treinador é um CEO, de uma grande empresa cotada em bolsa, como o Benfica, não pode ser feita à luz de uma desilusão. Até de uma desilusão enervada como eu também sinto”, explica Nuno Magalhães, antigo deputado na Assembleia da República e conhecido associado das águias.

Mesmo antes da derrota em Famalicão, boa parte do universo encarnado ‘pedia a cabeça’ de Roger Schmidt. E ver o Sporting festejar o título ‘no sofá’, como benefício direto dessa derrota das águias, pode ser o fator decisivo para o Benfica optar por mudar de treinador.

No entanto, uma decisão desse calibre exige tempo. “Não são os adeptos que mandam”, avisa Nuno Magalhães: “Isto não é uma democracia referendária, em que a direção do Benfica vai fazer uma espécie de sondagem para ver qual é o treinador que fale português, que seja simpático, que faça muitas substituições e que serve”.

Em declarações na ‘Grande Jornada’ da SportTv, o antigo secretário de Estado da Administração Interna sustenta que “Roger Schmidt faz parte de um projeto”. Como tal, a liderança do Benfica precisa de analisar as “premissas” que o técnico alemão cumpriu “e outras que não cumpriu, sobretudo esta época”.

Ainda na ressaca da derrota em Famalicão, Nuno Magalhães apela à “calma”, mesmo admitindo que a “imagem do Benfica” nesta fase é “de derrota, de uma equipa perdida”.

“O mundo não acaba. É evidente que estamos tristes. O Benfica, na minha opinião, não fez um campeonato assim tão mau. O Sporting é que fez um campeonato muito bom”, acrescenta.

Outra “imagem que fica” do Benfica 2023/24 é a de uma equipa órfã de Grimaldo. “Continuo a achar que o Grimaldo estava muito pouco interessado em ficar”, atira Nuno Magalhães, reforçando que “o dinheiro não traz automaticamente títulos”.

“O Benfica falhou no lateral esquerdo? Isso acontece a todas as equipas do mundo. E não é só pelo lateral esquerdo que o Benfica perde o campeonato. A culpa não pode ser só do Xaimite. Agora, é difícil ter este discurso com uma derrota como a de Famalicão”, conclui Nuno Magalhães.

Antigo alvo do Benfica é o escolhido pelo Inter. Parece aumentar a fixação do Inter com Bento, guarda-redes do Athletico Paranaense, que foi, no início da temporada, associado ao Benfica, antes das águias decidirem contratar Trubin. Segundo avança a Gazzetta dello Sport, a estrutura do campeão italiano tem o guarda-redes 24 anos como única figura que pode competir com Yann Sommer na baliza.

O suíço tem-se mostrado a grande nível entre os postes da equipa, mas só tem mais um ano de contrato e Bento é o escolhido para essa transição. «Bento pulverizou toda a concorrência nas análises dos nerazzurri», diz o jornal italiano, que afirma mesmo que «o Inter quer Bento, mais ninguém».

A contratação de Bento custaria qualquer coisa como 20 milhões de euros, e a concorrência que se faz sentir é feroz, sobretudo, diz a Gazzetta, por clubes da Premier League. No caso de não ganhar a corrida pelo jogador, o Inter vai optar, diz o mesmo artigo, «por soluções menores», que serviriam apenas como suplente de Sommer.

Bento tem uma cláusula de rescisão avaliada em 60 milhões de euros, mas 20 milhões será o valor necessário para que o guarda-redes saia.

"Yazalde era grande jogador, mas Gyökeres é melhor". José de Sousa Cintra, antigo presidente do Sporting, comemorou de forma entusiástica o 20.º título de campeão nacional do clube de Alvalade.

"Foi uma festa boa, uma festa de categoria, uma festa à Sporting, de dimensão nacional e internacional. Na Europa e no Mundo, onde existem portugueses, este campeonato foi celebrado", argumenta o antigo dirigente dos leões, garantindo ter ele próprio festejado "como todos os outros" e salientando a unanimidade em torno do mérito da equipa de Rúben Amorim. "Não vi ninguém das outras equipas contestar o mérito da minha equipa", salienta Sousa Cintra, dando como quase certa a continuidade de Rúben Amorim ao leme, na temporada 2024/25. "A humildade dele é fantástica, a mensagem dele chega aos jogadores, lida bem a comunicação social. Eu diria que é um indivíduo perfeito". 

"Continuar no Sporting é muito bom para ele e para o clube", considera o o presidente da Comissão de Gestão que antecedeu a eleição de Frederico Varandas, não querendo também admitir a possibilidade de Viktor Gyökeres deixar Alvalade no próximo verão. "Outro que não pode sair é o Gyökeres. Não me lembro de um avançado a jogar como ele em Portugal. Yazalde era grande jogador, mas este é melhor do que Yazalde. É um grande, grande jogador. Todos aqueles que gostam de futebol ficam encantados com ele", refere o antigo presidente dos leões, confessando estar "muito animado" com todo o ambiente que envolve a equipa de Rúben Amorim. "Espero que o treinador continue no Sporting", reforça Cintra, alargando os elogios à direção e à estrutura do futebol. "Estão a fazer um excelente trabalho, o clube está bem estruturado e é bem gerido. As coisas estão a correr", exulta o antigo líder do clube de Alvalade.