Sporting espera encaixe de...240M€; 'Apagão' de Lionn salvou o Benfica de corrupção; António Oliveira próximo de Pinto da Costa; Fúria na bancada presidencial do Estádio da Luz

O coletivo de juízes que condenou o empresário César Boaventura, a 3 anos e 4 meses de prisão com pena suspensa, explicou que os depoimentos de Lionn, Cássio, Marcelo, jogadores do Rio Ave à data dos factos, e Salin, que representava o Marítimo “revelaram-se determinantes” para essa decisão. Mesmo assim, e não obstante ter sido dada como provada a relação próxima com Luís Filipe Vieira, então presidente do Benfica, o clube da Luz acabou safar-se graças a um apagão de Lionn durante o julgamento, que decorreu no Tribunal de Matosinhos, como pode ler-se no acórdão, a que o jornal Record teve acesso.

A 6 de dezembro de 2018, ainda durante a fase de inquérito, o antigo lateral-direito detalhou o encontro com o empresário, junto à Staples de Vila do Conde: “‘O César perguntou-me se ia jogar, ao que eu lhe respondi afirmativamente, se a lesão não me impedisse, tendo este me referido que o presidente do Benfica queria-me pagar € 80.000 para eu levar um amarelo na primeira parte, fazer um penalti e ser expulso na segunda parte, batendo com a mão no chão.’” No entanto, em tribunal, “disse não se recordar de ter sido falado o presidente do Benfica em relação à entrega de dinheiro”. Assim, os juízes concluíram que “não ficou provado (...), para além da dúvida razoável, que o arguido tivesse dito a José Lionn Lucena que era o presidente do Benfica, à data, quem lhe pretendia pagar € 80.000”.

Boaventura, de 44 anos, foi condenado por três crimes de corrupção ativa (Lionn, Cássio e Marcelo) e ilibado de um na forma tentada (Salin). O Tribunal sublinhou que os antigos atletas “relataram os factos que constituem o cerne do objecto deste processo de forma espontânea, sem revelarem preparação de respostas que condicionasse a sua genuinidade, ou preocupação com o sentido dos seus depoimentos, não tendo demonstrado outro interesse que não fosse o do esclarecimento dos factos”. Esses depoimentos “não foram eficazmente contrariados pelas declarações do arguido”.

António Oliveira próximo de Pinto da Costa. Encantou nos relvados com a camisola azul e branca e também no banco enquanto líder técnico do FC Porto. E poderá fazer o pleno na qualidade de dirigente, caso Pinto da Costa vença as eleições de abril, pois estará no elenco do atual presidente, faltando perceber se o fará como elemento da lista para a direção ou, como parece mais provável, desempenhando uma função de relevo na SAD. Certo, para já, é que António Oliveira está cada vez mais perto da ação no FC Porto e, por isso, foi presença muito notada na apresentação de um projeto pioneiro em Portugal, onde também não faltaram Pinto da Costa, os administradores Vítor Baía e Luís Gonçalves, além de Hugo Nunes, assessor jurídico da administração que estará igualmente no elenco do presidente na corrida eleitoral.

Sporting espera encaixe de...240M€. O Sporting prepara-se para fazer um encaixe financeiro recorde de 240 milhões de euros no verão, com as vendas de Gyokeres, Diomande e Gonçalo Inácio, escreve o CM. Depois de terem resistido em janeiro ao assédio pelos jogadores, usando como trunfo a possibilidade de conquistar o título, os responsáveis leoninos encaram agora as saídas como inevitáveis.
Isto porque há clubes dispostos a bater as cláusulas de rescisão dos futebolistas. E essa informação já chegou aos escritórios da SAD. Gyokeres vai render 100M€. Só não saiu em janeiro porque o Chelsea foi obrigado a cumprir o fair play financeiro e não conseguiu fazer vendas significativas. Já Gonçalo Inácio (cláusula de 60 M €) tem a promessa de sair no final da época. Diomande, blindado por 80M€, tem mercado em Inglaterra.

Fúria na bancada presidencial do Estádio da Luz. Damien Comolli, presidente do Toulouse, não escondeu a indignação após a derrota do clube francês na vistia ao Benfica (1-2), na noite de quinta-feira, em jogo da 1.ª mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga Europa. O líder do Toulouse dirigiu-se ao observador dos árbitros da UEFA que se encontrava na tribuna presidencial do Estádio da Luz e teve mesmo de ser afastado por algumas pessoas que também estavam no local, revela o jornal A Bola.
A mesma publicação garante que o incidente está, de resto, presente no relatório de um dos delegados da UEFA, que descreve o momento após o penálti assinalado por falta sobre Marcos Leonardo, já em período de descontos.
"Escândalo do c******", terá dito Comolli, por três vezes, junto do observador e de forma agressiva.
Para além deste episódio, os delegados da UEFA também terão feito menção a um comportamento do treinador Carles Martínez, que terá dado um pontapé na estrutura de acesso ao balneários.
Recorde-se que Toulouse apresentou, na sexta-feira, queixa do Benfica junto do UEFA, por conta de "revistas excessivas e atos de intimidação por parte das autoridades portuguesas". O emblema da Luz respondeu às acusações, garantindo que o "encaminhamento dos adeptos da equipa adversária foi realizado de acordo com o plano que estava delineado".