Tottenham com novo alvo em Alvalade; Benfica terá de vender em janeiro para ter contas positivas; Plantel do Benfica vale mais 81M€ do que o do Sporting

A saída precoce da Liga dos Campeões 2023/2024 poderá obrigar Rui Costa a vender pelo menos o passe de um jogador em janeiro se a SAD quiser apresentar resultados positivos até 30 de junho, quando terminar o atual exercício.

As águias deverão precisar de realizar cerca de 90 milhões de euros em vendas para equilibrar o orçamento e para já só estão garantidos os €65 milhões que o PSG tem de pagar pelo passe de Gonçalo Ramos (€20 milhões no último defeso pelo empréstimo e €45 milhões da cláusula de compra obrigatória que pode ser acionada ainda nesta temporada).

Isto quer dizer que o risco de sair uma das jóias de coroa é real. António Silva e João Neves afiguram-se como os possíveis candidatos a uma transferência, que num cenário ideal para os encarnados passaria pela venda efetiva em 2023/2024 mas com o adeus só no início de 2024/2025. Pouco provável, ainda assim possível para um comprador que encare o negócio a longo prazo, escreve A Bola.

Outra das hipóteses poderia passar pelo aumento de outras receitas, mas neste capítulo a margem de crescimento é muito reduzida e o modelo de negócio do Benfica (e dos outros grandes em Portugal) depende muito de capitais exteriores (60 por cento, no caso das águias), nomeadamente vendas, contratos de patrocínio e prémios da UEFA.Em setembro, por altura da divulgação do relatório e contas do ano 2022/2023, os encarnados anunciaram ter alcançado dois recordes: receita de corporate e bilhética (total de €33,9 M, aumento de 34,3%) e prémio de desempenho na Liga dos Campeões (€74,3 milhões). Mesmo assim, se não fosse a venda de passes de jogadores, a SAD teria apresentado um prejuízo de quase €60 milhões.

Mesmo com receitas de €89 milhões em transferências, o saldo final em 2023 cifrou-se num lucro de €4,2 milhões. Porque os gastos operacionais (sem incluir contratações) atingiram os €246 milhões.

Não se prevendo uma redução significativa nos custos (já incluindo salários do plantel e equipa técnica) e tendo em conta que o Benfica irá receber cerca de €30 milhões a menos de prémios da UEFA comparativamente à temporada anterior, a perda de um dos anéis a curto prazo poderá ser a resposta para manter a sequência de resultados positivos que vinha desde 2013 e apenas interrompida pelos anos da pandemia.

Plantel do Benfica vale mais 81M€ do que o do Sporting. Se o valor financeiro dos planteis tivesse correspondência direta com o que se passa dentro do relvado, então o Benfica seria claramente favorito à vitória no dérbi de amanhã frente ao Sporting. Isto porque os encarnados estão avaliados em 359,6 milhões de euros, mais 81,6M€ (29%) do que os 280M€ atribuídos aos verdes-e-brancos.
De acordo com as atuais cotações do site especializado "Transfermarkt', em média cada futebolista do Benfica vale 14,4M€. É um montante 3,3M€ superior aos 11,1M€ correspondentes a um atleta do Sporting.
Outro dado em que fica claro a maior valia das águias é o número de jogadores que têm uma cotação de, pelo menos, 20M€. Entre os 25 elementos encarnados, 10 cumprem esse requisito. Num plantel do Sporting que tem a mesma dimensão, só seis jogadores integram a lista.
No Benfica, António Silva é claramente o jogador que se destaca. O central tem um valor de mercado de 45M€, dividindo com o portista Diogo Costa o estatuto de jogador mais valioso do campeonato português.
No Sporting, Gyokeres divide o topo com Pedro Gonçalves. Desde que chegou a Alvalade, o valor do avançado subiu 19M€ (+146%), de 13M€ para 32M€.

Tottenham está atento a Gonçalo Inácio. Segundo o especialista em mercado Ekrem Konur que o central dos leões agrada bastante aos londrinos, agora à procura de uma solução para janeiro devido à lesão de Micky van de Ven, até aqui preponderante no segundo classificado da Premier League. O interesse não é totalmente novo, uma vez que o emblema já tinha observado o jogador e, no verão, chegou a falar-se de uma incursão pelo central, justamente pelo facto de o treinador Ange Postecoglou pretender centrais com capacidade na construção. Nessa mesma altura, falou-se na possibilidade de incluir Eric Dier no negócio. O central formado no Sporting termina contrato em 2024.
Há forte concorrência por Inácio, já que Liverpool, Manchester United e PSG são clubes que seguem o central há muito e, recentemente, também o Real Madrid passou a estudar uma possível investida no jogador devido à necessidade de reformular o eixo defensivo. Com a cláusula fixada nos 60 milhões de euros, Inácio é um alvo apetecível e a sua saída em janeiro é um perigo para Rúben Amorim.