25 novembro 2023

FC Porto faz parceria com "peso pesado" e equilibra as contas; Benfica e Sporting disputam médio; Real Madrid quer Diomande; Os 5 talentos de futuro em Alvalade; Benfica quer renovar com Musa

Num momento de intensa discussão sobre o estado financeiro do FC Porto e dúvidas dos associados em relação ao método escolhido para revertar a situação, Fernando Gomes vai ao limite do permitido contratualmente com os novos parceiros para, em entrevista ao jornal O Jogo, levantar um pouco o véu sobre o que está em cima da mesa.
"Primeiro ponto: este prejuízo de 47 milhões de euros (M€) não é uma coisa que aconteça porque nos desregrámos ou deixámos de ter atenção e acordámos com ele. Foi uma opção estratégica, que tem a ver com a circunstância do Otávio valer 40 M€ até 15 de julho e 60 M€ depois disso. A venda por 40 M€ não ia resolver o nosso problema, porque o presidente tinha entendido que não se deveria vender nada até 30 de junho que não fosse o Otávio, e, a outra razão, é que esse dia deixou de ser para nós uma meta em termos de fair play financeiro. Este ano a UEFA definiu uma nova regra, em que 31 de dezembro será de avaliação dos capitais próprios negativos, sendo necessária uma melhoria de, pelo menos, 10 por cento. Será por via da SAD que isto acontecerá, mas depois vai refletir-se no consolidado. É este que conta", começou por explicar o administrador.
"O que é que o FC Porto decidiu? Vender o Otávio para recuperar mais 20M€, há também o aspeto positivo da participação na Liga dos Campeões – e esperamos conseguir chegar aos oitavos de final, porque isso é registado agora – e, depois, levanta-se ainda uma outra questão. Já estávamos a gizar um plano para conseguirmos que os capitais próprios deixassem de ser negativos ou, pelo menos, que se minimizasse este volume tão grande. Só um parêntesis: estes capitais próprios negativos estão assim por uma razão, que foi a de na época de 2019/20 termos decidido não vender ninguém na janela de verão para manter a equipa competitiva. O que é que aconteceu? Logo a seguir veio a covid-19, o FC Porto deixou de ter mercado e a transação de jogadores morreu durante um ano e tal. A percentagem de pessoas nos estádios baixou, porque só estavam as administrações e mais ninguém. Acresce que, ainda por cima, foi a época negra do FC Porto na Liga dos Campeões, que vai jogar com o Krasnodar na pré-eliminatória e acaba por ser eliminado em casa. Isto trouxe-nos 116 M€ de prejuízo nesse ano. Os capitais próprios estavam ligeiramente negativos, mas com os 116 M€ ficámos numa situação que, apesar de tudo, não teve consequências. Uma empresa não deve ter capitais próprios negativos, mas, para a atividade económica do FC Porto, isso não teve reflexo. Procurámos então reverter estas coisas, tendo resultados positivos e saindo do fair play financeiro. Se pode ser através da reavaliação dos jogadores? Recentemente, voltei a ver o Transfermarkt e os valores dos jogadores estão relativamente por baixo para aquilo que representa o nosso valor de venda. O plantel surge como 289M€, enquanto que o FC Porto tem no balanço por 83M€. Esta diferença de cerca de 210 M€ no ativo bastaria para termos capitais próprios positivos. Mas não é por aí, porque essa regra não é permitida pela UEFA. Na realidade, na essência económica, estes ativos valem muito mais do que aquilo que estão escriturados e, verdadeiramente, o FC Porto não tem capitais próprios negativos. Mas tem-no escrituralmente e isso é uma má imagem, porque significa que tem prejuízos acumulados, que nos foram comendo capital. Se sentimos isso no acesso ao crédito? Não. Nenhuma empresa deixou de nos financiar por causa disso, nem nenhum “sponsor” deixou de colaborar com o FC Porto por causa disso. As pessoas que estão no mundo do futebol sabem que os ativos são todos subavaliados. Até hoje ainda não aconteceu", disse antes de explicar o plano para a melhoria dos capitais próprios.
"Queremos injetar uma nova vitamina na atividade económica do FC Porto, de maneira saudável, e isso vai acontecer por duas vias. Primeiro: apresentado resultados positivos no final do primeiro semestre, a 31 de dezembro. Salvo qualquer cataclismo, vamos ter resultados positivos. Depois: uma operação, de grande envergadura, com um parceiro internacional, dos maiores neste setor, que neste momento gere parcerias comerciais dos principais pavilhões da NBA, em estádios de basebol e que também alguns dos maiores estádios em Inglaterra. Legends? É uma delas, mas não é essa que está neste momento em causa. É uma empresa do mesmo universo, que tem uma outra finalidade. Um peso-pesado. Só que o FC Porto tem um acordo de confidencialidade assinado com eles até ao princípio do próximo ano, porque há um estudo de viabilidade económica que estamos a implementar em conjunto. Até estar totalmente feito, apresentado e publicado, não podemos dizer o nome da empresa. Que papel desempenhará essa empresa? Vai permitir-nos fazer uma parceria em toda a área comercial do FC Porto, tirando partido da utilização do estádio e da marca, em que eles entram como seu grande “know how” internacional, porque são pessoas do mundo e não só da Europa. A responsabilidade de gerir a Porto Comercial continuará a ser nossa, mas eles entram minoritariamente. Para isso, fazem duas contribuições: o seu “know how” e partilham connosco a responsabilidade de gestão dessas áreas de publicidade, entrando com uma parte líquida que irá melhorar, com certeza, a situação financeira, os capitais próprios e, depois, o negócio em si, com a reavaliação desses valores. O valor da cedência destes direitos? Tem um valor, que está admitido entre nós, mas que não posso revelar. Posso é dizer que, tanto quanto nós pensamos e se as coisas continuarem a correr como prevemos, vamos conseguir dar um pontapé nos capitais próprios negativos. Estamos relativamente tranquilo sem relação a isso e aos lucros no final do ano", explicou.

O Benfica está a negociar a renovação de contrato com Petar Musa. O internacional croata, de 25 anos, está vinculado aos encarnados até junho de 2027 mas, segundo o Record, está a ser ultimada uma proposta para prolongar a ligação entre as partes por mais 2 anos com um aumento salarial de forma a premiar o desempenho do jogador. O acordo deverá ser formalizado no próximo mês de janeiro.

Os 5 talentos de futuro em Alvalade. Rúben Amorim deu expressão à fama da Academia Sporting como um viveiro de jovens talentos que mais tarde despontam na equipa principal, ao ter sido nos últimos anos o responsável pelas estreias de Nuno Mendes, Gonçalo Inácio ou Matheus Nunes. E mais... estão a caminho, dado que, sabe Record, o técnico continua atento à formação e especialmente de olho numa fornada de cinco jovens que entende terem potencial para singrarem, mais cedo ou mais tarde, no clube: os médios Alexandre Brito e Eduardo Felicíssimo; o ala/extremo Geovany Quenda; e os avançados Gabriel Silva e Rafael Nel. Além de todos serem produtos potenciados em Alcochete, têm também em comum o facto de pertencerem a uma geração que está (muito) à frente. Quer isto dizer que o quinteto atua – e com regularidade – num patamar competitivo bem superior ao que seria indicado para as respetivas idades: Felicíssimo e Gabriel Silva, ambos com 16 anos, são habituais titulares nos juniores; Quenda, igualmente de 16 anos, é um dos destaques dos sub-23; e Brito e Nel, dupla de 18 anos, conquistaram esta época uma preponderância inesperada na equipa B. E não ficam por aqui pois, apesar estarem à espera da estreia entre os graúdos, viram essa meta mais perto desde que foram chamados, em momentos distintos, aos treinos do plantel principal, integrados na constante observação que Amorim faz dos futebolistas das camadas jovens.
Aliás, entre o lote acima referido, Quenda quase tocou no sonho quando, no passado dia 5, pela primeira vez integrou os convocados do Sporting na receção ao E. Amadora, mas acabou por não sair do banco. Não recebeu tempo de jogo, mas sim os elogios e conselhos de Amorim, que servem também para os demais. “Tem muito talento e coisas do Geny. Olhamos para a equipa B e para os sub-23 e muitas vezes eles vêm treinar connosco. Tudo é avaliado. Vimos os treinos, falamos com os treinadores, temos muita atenção ao comportamento quando vêm à equipa A e depois voltam para a sua equipa. É trabalhar para o futuro”, sublinhou. Na recente pausa competitiva, Felicíssimo, Quenda e Gabriel Silva saíram por momentos do radar, dado que estiveram ao serviço dos sub-17 de Portugal, mas Alexandre Brito aproveitou e esteve durante toda a semana a treinar com os AA. Escreve o Record que o médio tem chances de ser convocado para o Dumiense, o que será hoje confirmado.

Real Madrid quer Diomande. O mercado de transferências de inverno abre dentro de pouco mais de um mês, mas o Real Madrid já está de olhos postos na janela de verão, onde um dos principais objetivos passará por reforçar o setor mais recuado do plantel às ordens de Carlo Ancelotti.
Gonçalo Inácio já foi apontado como um dos alvos prediletos dos merengues, mas o portal espanhol Defensa Central revela, este sábado, que há um outro jogador do Sporting referenciado para cobrir a vaga. Neste caso, Ousmane Diomande.
A publicação assegura mesmo que os adversários do Sporting de Braga na fase de grupos da Liga dos Campeões já terão mesmo enviado emissários a Alvalade, com a missão de tirar notas das prestações do internacional costa-marfinense.
Neste momento, o principal entrave a um eventual acordo está o facto de o defesa-central de apenas 19 anos estar 'blindado' por uma cláusula de rescisão no valor de 80 milhões de euros, ao qual os 'colossos' do país vizinho não pretende chegar.

Benfica e Sporting disputam médio. O Benfica e o Sporting estão interessados na contratação do médio do Casa Pia, Pablo Roberto. 
O médio brasileiro, de 24 anos, tem sido um dos grandes destaques dos 'gansos' e tem sido observado pelos rivais da 2.ª Circular.
Pablo Roberto tem contrato até 2026 e está avaliado pelo Transfermarkt em 500 mil euros, um pouco mais do dobro do valor pago pelo Casa Pia para garantir o jogador. É possível que cheguem propostas em breve pelo médio.

5 comentários:

  1. NÃO HÁ ALMOÇOS GRÁTIS

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    1. Eu tenho "um amigo" que é "motorista" mas não me lembro de mais nada que me vai emprestar muito dinheiro para sustentar várias "frutas". Não posso dizer mais nada já que sou um aldrabão....

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  2. Os pés-de-microfone juntaram esforços para mostrar ao treinador do Benfica quem manda. E, pela primeira vez, a maralha ululante fez questão de o fazer em português. Por mim, para quem o latir da matilha parece sempre igual, até podiam escolher javanês ou chinês. E já que o inglês da maioria dos jornaleiros é uma merda - como comprovam as diversas "traduções" manhosas que vão fazendo das palavras de Schmidt - eu, no lugar do treinador do Benfica, respondia-lhes na língua materna (alemão) para não lhes deixar quaisquer duvidas. Qualquer coisinha fossem pedir batatinhas nas conferências do Ceição e do Rúben onde a compreensão do inglês não os atrapalha.

    Habituados a levar na corneta najantas (nestas alturas fico sempre com a ideia que só se perdem as que o dr. burrié deixa cair no chão) sem um gemido ou queixume, aqueles infelizes moços-de-recados apresentaram-se frente a Roger Schmidt não para o questionar sobre o Famalicão mas o enredar com perguntas armadilhadas, visando um resquício falta de paciência, quiçá uma migalha de incoerência. «Fez críticas ao VAR no passado. Muda de opinião agora, depois de ter visto um golo invalidado, contra o Sporting, ser validado pelo VAR?». Para o tentar entalar, desta vez, agarraram-se ao VAR. Cumcatano! Tanto que as feridas do Dérbi ainda lhes corroem as entranhas. E não foi só a padieira que lhes ficou a arder. Como ontem se viu, é todo o sistema cagueiro que continua a efervescer.

    Schmidt, com ar de quem acabou de aterrar num planeta esverdeado - que pena o assessor do Benfica a seu lado não o tenha lembrado dos penaltis que o VAR se esqueceu de assinalar - lá os foi sacudindo com toda a calma do mundo. "Não mudo a minha opinião, independentemente disso. Vou sempre dizer a minha opinião. Tenho a experiência de alguns anos com VAR, em diferentes países, e, no geral, o VAR não é positivo para o futebol, na minha opinião. Prefiro as decisões tomadas no campo. Os árbitros quando sabiam que não tinham VAR, tomavam as decisões com mais responsabilidade. É a minha opinião no geral, não a mudo por causa do jogo com o Sporting.", dizendo exactamente aquilo que eu sempre defendi sobre o VAR. Se funcionasse correctamente, os sapos, bem antes dos 87 minutos, já tinham uma goleada no saco. E na tabela classificativa, sem os pontos que o VAR lhes ofereceu - nos jogos com Casa Pia e Farense - nem sequer lutariam pelo primeiro lugar. Mas para essa ideia passar o Benfica tinha que ter um comunicador atento a seu lado. Não teve. E foi pena. Sairiam dali de rabinho entre as pernas com o sistema cagueiro inflamado para mais de uma quinzena.

    O suspiro de alívio que se ouviu em Contumil, depois da vitória frente ao Montalegre do subserviente (eu ia a dizer lambe-piças mas como hoje estou de bom humor...) Tony da Silva, foi quase tão grande como o coro de assobios com que os espectadores brindaram a claque do injinheiro macaco que afinadamente cantava louvores ao fugitivo de Vigo! Caputa diferença para tempos menos recentes! No lugar do velho fruteiro eu, na pior das hipóteses, começava já a treinar a apanhar sabonetes, ou, na melhor, numa vida sombria longe do poleiro...

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    1. Mas foi bom. Óptimo para o Billas-Boas (esperto como um alho, o face rat não perdeu a oportunidade de mostrar a aguçada dentuça) que há muito não se via por ali, bom para o Boi do Jamor que nem precisou raspar os cascos, e uma maravilha para um dos craques (Fran Navarro) que o foculporto roubou ao Benfica que aproveitou a soberana ocasião para perder a virgindade frente à baliza adversária. Estão justificados os 7 milhões gastos no Navarro. De Nico González, por quem o foculporto pagou 8,4 milhões ao Barcelona, é que nem por isso. Não se lhe conhece paradeiro. Já o Mágico Ivan Jaime, mais 10 milhões em caixa no Famalicão, continua custoso sair da cartola! Com o sr. 20M€ (mais 2,5 por objectivos) David Carmo sentado no banco, sempre são 45,4 M€ a render que se fartam.

      FPF lançou uma campanha de recrutamento de árbitros de futebol, futsal e futebol de praia. Oh diabo! Má altura para captar os futuros Soares a Dias, Manuel Oliveira, Iancu Vasilica & Comp. Habituados a recrutar entre os super morcões, no Olival, mais valia à federação montar uma tenda de campanha à porta do Billas-Boas.

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  3. Como é que equilibra as contas?
    Continua a saga dos mentirosos compulsivos.

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