Sporting deixa 38M€ em Famalicão; Alvo do Sporting com porta da saída aberta; Benfica quer segurar António Silva este verão e renovar com Chiquinho; Troféu da Supertaça dá razão aos dragões no número de títulos

O Heerenveen, através do seu diretor-geral, Ferry de Haan, admitiu que vai considerar a transferência de Milan van Ewijk, ala-direito holandês que está referenciado pelo Sporting para a posição – a prioridade é, contudo, o ganês Tariq Lamptey, do Brighton.

“As ambições do Milan são conhecidas. De momento, não existe nenhuma proposta na mesa, mas se aparecer uma boa oportunidade para ele e para nós, vamos considerá-la seriamente”, sublinhou o dirigente do 8º classificado do campeonato holandês, revelando também que “um clube pediu informações” sobre o jogador de 22 anos, alegadamente o Anderlecht. Além de Van Ewijk e Lamptey, alvos que estão na ‘shortlist’ desde o inverno, também Vinícius Tobias (Shakhtar) foi oferecido.

Benfica quer segurar António Silva este verão. Não lhe faltam pretendentes, mas as águias querem amarrar António Silva. Depois de uma bela temporada de estreia na equipa principal, o jovem central é um dos principais ativos do Benfica e tem sido assediado por clubes como o Real Madrid, Liverpool ou o Paris Saint-Germain, mas o seu futuro próximo passará, tudo indica, pela Luz. Os encarnados estão muito satisfeitos com o rendimento do defesa formado no Seixal e consideram-no muito importante para a próxima temporada. Até porque já dão Otamendi como perdido. O português, de 19 anos, fez dupla com o argentino quase desde o começo da campanha 2022/23, agarrando o lugar com a lesão de Morato. Convenceu e, apesar de ter vindo a ser associado a muitos clubes de vários países, o Benfica não pretende vender o central, que tem uma cláusula de rescisão fixada nos 100 milhões de euros, neste mercado de transferências. Para além de António, também Morato, canhoto muito apreciado por Schmidt, deverá ficar na Luz. Já o futuro dos brasileiros João Victor e Lucas Veríssimo continua em aberto. O primeiro esteve cedido ao Nantes, sem opção de compra, mas sem grande sucesso; o segundo fez apenas oito jogos na última época e tem interessados no Brasil.

O Benfica pretende avançar para a renovação de contrato com Chiquinho, cuja ligação termina no final da próxima temporada. O dossiê ainda não avançou, mas a SAD benfiquista já decidiu que deseja segurar o médio, de 27 anos, que foi uma peça importante na conquista do título de campeão por parte das águias. Além da importância que o jogador teve para a equipa, após a saída de Enzo, em janeiro, a direção dos encarnados também pretende evitar que este possa vir a sair a custo zero, em 2024. Depois da situação de Grimaldo, que rumou ao Bayer Leverkusen sem o Benfica receber nada por isso, Rui Costa mostra cautelas e pretende tratar deste assunto com celeridade. 
O jogador recusou uma proposta milionária da Arábia Saudita no último mercado de transferências. O jogador poderia receber o quádruplo do que aufere na Luz, mas preferiu manter-se por Portugal. Chiquinho volta agora a ter pretendentes, mas dá prioridade à continuidade no Benfica. Recorde-se que o jogador só começou a ter maior utilização após a saída de Enzo, mas, mesmo assim, foi utilizado em 44 partidas sob as ordens de Roger Schmidt, técnico de quem já recebeu vários elogios: “A forma como controla o jogo, como encontra a melhor posição, não comete erros, como pressiona, como é forte no passe. Quando teve oportunidade esteve bem, está cada vez melhor”, referiu o alemão, em fevereiro.

Troféu da Supertaça dá razão aos dragões no número de títulos. O FC Porto reclama a liderança no número de títulos conquistados em Portugal (84), com mais um do que o Benfica (83), defendendo que as primeiras duas edições da Supertaça, ganhas pelo Boavista e pelos encarnados, foram oficiosas e não oficiais.

Para certificar, Francisco J. Marques publicou uma imagem do troféu deste ano. "Não deixa margem para dúvidas. A lista dos vencedores gravada em plena taça começa com o nome do primeiro vencedor, que foi o FC Porto", salientou o diretor de comunicação dos dragões. 
Fica claro que a Federação não conta os títulos dos axadrezados e das águias, sendo esses oficiosos e não oficiais.

Sporting deixa 38M€ em Famalicão. Os negócios entre Famalicão e Sporting têm constituído um autêntico jackpot para os minhotos que, contas feitas, já contabilizado o trespasse dos direitos económicos de Ugarte para o Paris Saint-Germain e a compra duma maior percentagem do passe de Pedro Gonçalves, estão prestes a chegar aos €38M.

Começando pelo uruguaio, tendo em conta que os famalicenses retiveram 20 por cento do seu passe, vão receber €12M dos multimilionários franceses. Antes disso, no negócio com o clube de Alvalade - acertado em agosto de 2021 - olhando para as parcelas do passe que os verdes e brancos foram adquirindo, encaixaram €12,5M, referentes a 80 por cento. Numa soma simples, só aqui, estão €24,5M.

Passando agora a Pedro Gonçalves, no verão de 2020, quando o jogador trocou o Famalicão pelo Sporting, os leões pagaram €6,5M pelo jogador, ficando o Famalicão com direito a receber 50 por cento de futura venda. Após muita insistência, os responsáveis do clube de Alvalade conseguiram convencer os dirigentes da SAD famalicense a vender mais 40 por cento dos direitos económicos do jogador, numa operação que custará 7M€ aos cofres da SAD liderada por Frederico Varandas e que está fechada, faltando apenas a oficialização.

Fazendo a adição de todas as parcelas destes dois negócios, o encaixe minhoto ascende a €38M, numa verba que lhe permite encarar, pelo menos no prisma financeiro, o futuro com tranquilidade.

Uma verba significativa para o Famalicão, mas que também dá conforto ao Sporting numa futura venda do jogador que, recorde-se, tem cláusula de rescisão de 80 milhões de euros.

É verdade que o Sporting vai encaixar 48 milhões com Ugarte, tem mais 40 milhões a receber do Tottenham por Pedro Porro e, por isso, não terá necessidade de vender o seu goleador. Mas caso Aston Villa ou Tottenham, clubes que já foram associados ao jogador, avancem com propostas concretas a margem negocial dos leões ficará a ser bem maior. E só sairá pela cláusula de rescisão.