08 novembro 2022

Ex-presidente do Sporting elogia Benfica e atira sobre os leões: "Não vale a pena estar agora aqui com grandes tristezas porque tristezas não pagam dívidas"; Em oito dos nove jogos da época, o Dragão teve lotações acima dos 40 mil. É um recorde. Se olharmos apenas ao campeonato, a percentagem é de 91,9, acima de todos os adversários

Se há coisa de que o FC Porto não se pode queixar nestes primeiros meses de época é de falta de apoio, sobretudo nos jogos em casa. As nove partidas que o Estádio do Dragão recebeu, entre campeonato e Liga dos Campeões, já levaram mais de 405 mil pessoas às bancadas, num número bem acima do registado em todas as temporadas anteriores, em igual período. Os dados completos estão expostos no jornal O Jogo, num ponto de situação que importa fazer agora que, por força do iminente Mundial do Catar, a casa dos portistas só voltará a receber desafios da liga a 28 de dezembro, com a visita do Arouca.
É certo que o calendário também contribuiu para esta afluência, uma vez que Sporting, Braga e Benfica já visitaram os azuis e brancos, além de Bayer Leverkusen e Atlético de Madrid, mas também é verdade que até os jogos menos mediáticos tiveram o estádio bem composto, como no último desafio, frente ao Paços de Ferreira. Quase 42 mil pessoas assistiram à receção ao último classificado, num dado que também ganha relevância atendendo à posição não muito favorável dos campeões nacionais na tabela. Nas nove partidas, só a receção ao Brugge não ultrapassou os 40 mil adeptos, embora tivesse andado lá perto, fazendo com a lotação média seja de 89,9%. Se olharmos apenas ao campeonato, a percentagem sobe para os 91,9, acima de todos os adversários. Por outro lado, as 405077 entradas de 2022/23 também superam os primeiros encontros de sempre no Dragão, numa época (2003/04) em que para além do entusiasmo por um recinto novo em folha havia uma equipa numa caminhada imparável até ao título nacional e à conquista da Champions. Melhor, neste intervalo, só em 2014/15, com cerca de 377 mil pessoas.

"Não vale a pena estar agora aqui com grandes tristezas porque tristezas não pagam dívidas". Sousa Cintra, antigo presidente do Sporting, entende que as divisões no reino verde e branco não vão levar a lado nenhum e até dá o exemplo do Benfica nesta temporada para apontar como certa a forma como os benfiquistas estão ao lado da equipa comandada por Roger Schmidt e com a Direção chefiada por Rui Costa.
"A união faz a força. O nosso rival está numa união perfeita e aquilo funciona", referiu Sousa Cintra, dizendo que o leão tem de olhar para o que aí vem sem pensar no que ficou perdido no passado. "Vamos para a frente e não vale a pena estar agora aqui com grandes tristezas porque, como diz o velho ditado, tristezas não pagam dívidas", declarou o antigo líder dos leões.
Para Sousa Cintra, "o Sporting tem de ter confiança no seu plantel, no seu treinador, na sua Direção" para que "todos" unidos possam enfrentar dias diferentes.
"Esperar por dias melhores que virão com certeza", vaticina o antigo líder do Sporting, que falava em declarações na TSF, onde aproveitou para deixar elogios a Rúben Amorim.
"Ele colocou o Sporting campeão, valorizou os jogadores muito depois de uma tuburlência, deu uma grande tranquilidade ao Sporting e acho que ele deve continuar no Sporting. Acho que os sócios do Sporting seguramente vão estar de acordo", indicou Sousa Cintra.
Por outro lado, o antigo presidente do Sporting considera que perder faz parte do futebol e apela aos adeptos para que não pressionem o treinador verde e branco.
"Uma derrota ou outra acontece aos melhores treinadores do mundo, acontece em todos os clubes", defendeu Sousa Cintra, que está grato ao que Rúben Amorim tem feito pelo Sporting desde que, em março de 2020, deixou o SC Braga e assinou pelos leões.
"Quero prestar uma homenagem a um treinador que foi uma pessoa impecável", concluiu o antigo presidente do Sporting, manifestando a sua confiança no que está por vir para o Sporting nesta temporada.
O treinador dos leões, recorde-se, garantiu recentemente que irá manter-se no clube de Alvalade até final da temporada, independentemente do que vier a ocorrer.
"Não vou abandonar os rapazes e vou assumir isto, porque nenhum treinador deve vir para aqui sem estar pensado com o projeto", afirmou o técnico leonino, que falava em conferência de imprensa.
Depois, Rúben Amorim destacou que "seria muito fácil" abandonar. Porém, "no que é que isso ajudava o clube?" "Vinha para aqui alguém que não estava pensado, criava instabilidade, abandonava os meus jogadores numa fase difícil para eles. Até ao fim da época não há mais conversa sobre isso", assegurou Amorim.

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