Alarme na Luz com 'buraco' nas contas. Saídas de Darwin, Gedson e Jota não geraram mais-valias suficientes; Sérgio Conceição não quer perder avançado

Pese embora tenha sido opção sobretudo a partir do banco, em 2021/22, Toni Martínez continua a ser visto como uma peça nuclear para a manobra do FC Porto. Por essa razão, Sérgio Conceição não pretende abrir mão do espanhol, isto apesar do pedido feito pelo próprio para sair.

Jogando com dois avançados, o técnico não quer perder um elemento tão importante na rotação, ainda para mais quando se trata de um jogador que oferece características diferentes à equipa e que está tão identificado com o processo.

Toni Martínez, por seu lado, sente-se acarinhado e gosta do FC Porto, mas não esconde o desejo de ter protagonismo e expressou vontade de sair para ter mais minutos.

O Benfica está em estado de alarme com o resultado financeiro da época 2021/22. Além do facto de a SAD ir apresentar prejuízo pelo segundo ano consecutivo, é sobretudo a dimensão do ‘buraco’ nas contas que está a causar elevada apreensão.

Segundo o CM, consultando várias fontes ao longo das últimas semanas, os cálculos iniciais indicam que o resultado negativo deverá rondar os 30 milhões de euros. À data de hoje, é impossível confirmar que este será o número final a comunicar à CMVM a partir de setembro, porque o balanço contabilístico ainda está a ser fechado.

Por exemplo, uma situação que será decisiva é a constituição de ativos por impostos diferidos sobre prejuízos fiscais. Na época 2020/21, o Benfica inscreveu 16,6 M € nesta rubrica e assim baixou o prejuízo da operação de 34 M € para os 17,4 realmente reportados. Há muito que o risco das contas negativas era conhecido. O CM noticiou em março que era necessário realizar avultadas mais-valias com a venda de jogadores. Isso não aconteceu. Com as vendas de Darwin, Gedson Fernandes e Jota, o Benfica terá mais-valias que rondam os 45M€, um montante insuficiente para as necessidades.

É por isto que, escreve o CM, Domingos Soares de Oliveira, co-CEO da SAD, responsabiliza a gestão desportiva pelo descalabro financeiro, uma vez que não foram vendidos jogadores no volume que era suposto. Já vários dirigentes próximos de Rui Costa culpam o administrador por ter permitido que as contas derrapassem.