Mario Gotze terminou ontem o período de férias no Dubai e está de volta à Europa, à sua residência na Alemanha, onde nos próximos dias irá reunir com a agência que o representa para decidir o futuro. O Benfica está interessado na sua contratação e aguarda para perceber as exigências financeiras que Gotze apresentará. A questão salarial será importante. O internacional alemão, autor do golo que deu o último título de campeão do Mundo aos germânicos, não tem folha salarial baixa, o que não significa que os encarnados não estejam dispostos a esforço adicional para garantir um jogador que aufere cerca de €3 milhões net por ano. Esta poderá ser a parte complicada da negociação, tendo em conta que para libertar o passe o PSV terá direito, no máximo, a €4 milhões. Na saída para férias, Gotze deu indicações de que estaria disponível para iniciar nova etapa na carreira após dois anos em bom nível nos Países Baixos.
Trincão não chega. Amorim quer mais um extremo. O mercado de transferências, em Alvalade, há muito que está a ser preparado, as prioridades foram definidas logo em fevereiro e o alvo número 1, o reforço do centro da defesa, foi feito atempadamente, com a contratação já oficializada de Jeremiah St. Juste, central neerlandês adquirido ao Mainz, da Alemanha.
Agora, as atenções estão voltadas, sobretudo, para a baliza onde, com a saída de João Virgínia, perante a intransigência do Everton em negociar novo empréstimo, o leão virou-se para os guarda-redes referenciados e está prestes a formalizar proposta por Franco Israel, uruguaio de 22 anos contratualmente ligado à Juventus, de Itália. Ao mesmo tempo, prossegue o dossier de Francisco Trincão, jogador há muito desejado por Rúben Amorim em Alvalade e que pode agora tornar-se realidade, embora o processo ainda esteja numa fase inicial, com avanços e recuos nas negociações.
A verdade é que, apurou o jornal A Bola, mesmo que Francisco Trincão chegue a Alvalade, emprestado pelo Barcelona, Rúben Amorim fez saber à administração da SAD o desejo de poder contar com mais um extremo. E a ideia do treinador é, fácil de explicar: Trincão chegará, a confirmar-se o negócio com os catalães, para a vaga deixada em aberto por Pablo Sarabia, ou seja, para extremo do lado direito, concorrendo diretamente com Marcus Edwards e ainda Fatawu Issahaku, jovem extremo ganês de 18 anos que, contratado pelos leões em fevereiro, só agora poderá ser inscrito e fazer pelo menos a pré-temporada no plantel principal, com fortíssimas possibilidades de permanecer no mesmo.
Francisco Trincão e Fatawu Issahaku têm, no entanto, a mesma característica que une ainda as outras duas opções para aquela posição, Bruno Tabata — cuja permanência não está garantida e que é visto por Rúben Amorim como um jogador mais capaz de ocupar zonas interiores — e Geny Catamo — de regresso após empréstimo de meia temporada ao V. Guimarães e olhado como possível solução para fazer, na ala direita, aquilo que Nuno Santos tem feito no flanco contrário: todos eles são canhotos, tal como o próprio Nuno Santos, mais um ala do que um extremo no plantel.
Sobra, por isso, Pedro Gonçalves como destro, e mesmo este, pode voltar às origens, recuando para o meio-campo, dependendo do que o mercado ditar em relação a Palhinha e Matheus Nunes. Daí que, na ideia de Rúben Amorim, mais do que um substituto direto para Slimani, para fazer sombra a Paulinho e Rodrigo Ribeiro, seja num extremo destro que recai a necessidade no mercado de verão.
FC Porto pode avançar por dois centrais brasileiros. Envolta no habitual secretismo que caracteriza o modus operandi da SAD do FC Porto, a planificação da próxima época está já em marcha, sendo que o ataque ao mercado será cirúrgico, uma vez que, apesar de algum desafogo com o fim da alçada da UEFA no que concerne ao fair-play financeiro, os cofres dos campeões nacionais não são os mais robustos e é preciso contenção na forma como se investe no plantel.
Sérgio Conceição já entregou aos dois homens-fortes do futebol profissional — Pinto da Costa e Luís Gonçalves — os relatórios referentes à época finda e já um outro a perspetivar 2022/2023, onde elabora um conjunto de diretrizes para ajudar a melhorar o rendimento da equipa, a começar, naturalmente, pelo reforço do grupo de trabalho.
Numa análise abrangente sobre o plantel azul e branco, constata-se com facilidade que existe um setor que estará mais deficitário de qualidade e de quantidade. A saída de Mbemba, que tem propostas de França, Alemanha, Itália e Inglaterra, desfalcou bastante um setor preponderante da equipa — foi a defesa menos batida da liga portuguesa —, daí que seja premente um ataque em força ao mercado, sendo que o Brasileirão parece ser o alvo específico do departamento de scouting dos dragões, escreve A Bola.
Há vários nomes em cima da mesa dos gabinetes da administração presidida por Pinto da Costa, mas dois à cabeça. São eles João Victor (Corinthians), jogador que é igualmente seguido pelo rival Benfica, e agora também Kaiky, do Santos. Os responsáveis portistas têm as melhores referências da dupla de brasileiros, cujos passes estão bastante inflacionados pela cobiça de vários clubes do Velho Continente.
João Victor, de 23 anos, tem ligação contratual com o Corinthians — treinado pelo português Vítor Pereira — e está avaliado em 13 milhões de euros, um montante, porém, demasiado elevado para aquilo que o FC Por- to pretende pagar pelo defesa-central.
Por seu lado, Kaiky é um jovem que está a despontar no futebol brasileiro. Com apenas 18 anos e um valor de mercado de 20 milhões de euros, o futebolista do Santos, que faz parceria no eixo central com ex-portista Maicon, é igualmente desejado pelo Barcelona. O atleta formado nas escolas do emblema de São Paulo tem contrato válido até 2026 e uma cláusula de rescisão de 70 milhões de euros. Números que não se coadunam com a atual realidade financeira dos portistas...
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