“Slimani teve atitude de vedetismo”; Juve pode 'atacar' na Luz; Só Lewandowski, Benzema e Haller fazem melhor que Darwin

A viver a melhor temporada da carreira, Darwin está entre os reis dos golos da Europa em 2021/22. Quarto melhor marcador das 15 principais ligas do Velho Continente, atrás apenas de Lewandowski (46), Benzema (37) e Haller (33), o camisola 9 da Luz, que já faturou por 31 ocasiões, lidera a tabela dos goleadores sub-23 a par de um tal de... Kylian Mbappé. Em final de contrato e pretendido pelo Real Madrid, o astro do PSG fez os mesmos 31 golos, mas com mais 904 minutos. Com 23 anos, Mbappé superou as três dezenas de tentos em 3282 minutos (média de 106’), enquanto Darwin fê-lo em 2378’ (média de 77’).

Assumindo como “natural que Darwin suscite o interesse de grandes clubes e que saia no fim desta ou da próxima época”, Nélson Veríssimo torceu para que o avançado, na mira de emblemas como Arsenal, West Ham, Newcastle, Atlético de Madrid, Barcelona e Dortmund, “saia por números próximos” dos de João Félix, vendido por 120 milhões de euros. Tal rendimento de Darwin dá razões a Rui Costa para aumentar as exigências para libertar um jogador, blindado por uma cláusula de rescisão de 150 M€, que já marcou cinco golos na Champions e a quatro clubes campeões europeus.

Com 31 golos, Darwin é apenas batido neste século por Cardozo e Jonas, que, por duas vezes, superaram esta marca pelo Benfica. Tacuara marcou 38 em 2009/10 e 33 em 2012/13, enquanto o segundo fechou 2017/18 com 37 golos e 2015/16 com 36 – o antigo internacional brasileiro ainda fez 31 em 2014/15.

Com uma diferença de 19 golos para o segundo melhor marcador (Rafa, com 12), Darwin, que tem ainda pelo menos seis jogos pela frente para reforçar a marca, tem um peso de 29,8 por cento nos golos do Benfica. A maior dependência neste século na Luz foi em 2017/18, quando os 37 golos de Jonas (mais 28 do que Salvio, naquela que foi a diferença recorde) representaram 39,4% do registo total das águias. Cardozo valeu 30,6% em 2009/10 e 30,1% em 2007/08.

“Slimani teve atitude de vedetismo”. O afastamento de Islam Slimani do jogo com o Tondela foi a decisão certa por parte de Ruben Amorim. A opinião é de Manuel José, treinador com duas passagens pelos leões na década de oitenta.

“O Ruben agiu muito bem, era a solução para resolver o problema, não o convocar. É um péssimo exemplo para os outros, ainda por cima com 33 anos. No clube onde estava só tinha 14 jogos, devia andar insatisfeito todos os dias. Marcou quatro golos desde que chegou, ele foi contratado para isso, não para ser titular”, atirou o antigo técnico, de 76 anos, ao JN.

Manuel José afirma ainda que o argelino teve “uma atitude de vedetismo” que considera “sem sentido”, destacando o facto de o jogador não ter sido afastado em definitivo, como afirmou Amorim após o jogo. “Não marginalizou o jogador”. O antigo treinador foca ainda a mensagem transmitida para um grupo recheado de jovens. “O Ruben tem dado uma série de oportunidades a jogadores muito novos. Não pode chegar um jogador de 33 anos e servir de mau exemplo para estes jovens”, afirma, em especial porque “o Ruben Amorim fala sempre do coletivo”. “O Slimani pode querer um estatuto diferente, mas a filosofia do treinador é esta”, concluiu.

Julian Weigl desperta a atenção da Juventus. Depois de ter sido referenciado como desejo do Milan para a próxima época, o camisola 28 benfiquista está, segundo a Imprensa transalpina, na mira da Vechia Signora. O clube de Turim pretende reforçar o meio-campo para 2022/23 e apontou baterias a Ryan Gravenberch, médio do Ajax, mas as dificuldades em assegurar o jovem internacional neerlandês – muito perto de ingressar no Bayern Munique – levaram a Juventus a olhar com atenção para Weigl, jogador que já fez parte dos alvos no passado.

Na semana passada, o empresário de Weigl, Volker Struth, reuniu-se com o diretor desportivo da Juventus Federico Cherubini, mas o valor apontado para a transferência (30 milhões de euros) não agrada nesta fase ao clube italiano.