12 abril 2022

FC Porto (muito desfalcado) volta a bater o Benfica; "Benfica em Liverpool? É quase impossível"

“Não é uma missão impossível, mas é quase impossível.” É assim, direto, que Graeme Souness antecipa a tarefa que o Benfica enfrenta amanhã, em Anfield. Com uma desvantagem de dois golos na eliminatória, os comandados de Nélson Veríssimo “têm de acreditar”, realça ao jornal O Jogo o antigo técnico das duas equipas e figura enquanto jogador dos reds, por quem chegou a levantar o troféu, então Taça dos Campeões Europeus. “É muito difícil, mas a eliminatória não está decidida. O Liverpool não a vê assim”, atira, reconhecendo contudo: “Não sou um homem de jogar e apostar, mas se fosse apostar o meu dinheiro fá-lo-ia no Liverpool.”
Defendendo que o Benfica “pode inspirar-se no que o Manchester City fez” aos reds no duelo de domingo – apesar de dominado, o Liverpool conseguiu um empate 2-2, o que mostra, para Souness, que a equipa da cidade dos Beatles “é perigosa porque marca mesmo quando não joga bem” – o antigo jogador e treinador aponta a estratégia. “O meio-campo é onde o Benfica deve apertar e tentar ganhar o jogo. O Liverpool é muito perigoso no ataque. Mas no meio-campo é outra questão. Tem Thiago, muito talentoso, mas Fabinho e Henderson são jogadores táticos e de marcação, não têm o mesmo poder técnico e a capacidade de construção. São jogadores muito agressivos e fortes na pressão e o Benfica tem de igualar essa agressividade no meio-campo e quando tiver bola sair bem, decidir bem no ataque”, explica.
“É futebol, tudo é possível, uma grande equipa pode perder quando menos se espera. E o Benfica tem praticado um bom futebol na Europa e tem conseguido bons resultados”, realça Souness, avisando para o arranque dos reds. “Em Anfield jogam ao ataque desde o primeiro minuto para resolver os jogos na primeira parte. Jogam cheios de fúria e agressividade. É difícil resistir e lidar com isso. É isso que o Benfica precisa de fazer”, atira, elogiando ainda o papel do público. “Anfield é talvez o estádio mais difícil em Inglaterra. Os adeptos estão quase ao lado dos jogadores. Parece que estão a correr com eles”, afirma, elogiando as opções às ordens de Jurgen Klopp. “É difícil para o Benfica, é das piores alturas para jogarem com o Liverpool. Desde o final dos anos 80 que não tinha um plantel tão forte”, diz o antigo médio, neste momento no Algarve e já a pensar em passar mais tempo no nosso país. “Estou à beira dos 69 e daqui a um ano vou começar a passar metade do tempo em Portugal”, revela, confessando se ainda estivesse no ativo e “se fosse treinador do Benfica quereria qualquer adversário menos o Liverpool”.
Principal referência do Benfica neste momento, Darwin alimenta as esperanças encarnadas enquanto suscita a cobiça de muitos clubes, entre eles ingleses. Realçando a incapacidade neste momento de os clubes resistirem ao poderio financeiro inglês, Souness aponta a dúvida quanto à integração do camisola 9 na Premier League mas admite que este tem dado sinais positivos. E aponta Luis Díaz como um exemplo relevante. “Darwin tem 22 anos, é muito jovem e está num gigante europeu. Mas a Premier League tem muito dinheiro e qualquer equipa está vulnerável a isso”, realça. “Quando jogas num grande clube como o Benfica tens de estar sempre pronto para qualquer desafio. Qualquer jogo é como se fosse uma final. Mas há sempre a questão de saber como pode Darwin adaptar-se a um clube como o Liverpool, Manchester United, Chelsea... Mas tem mostrado que pode fazê-lo”, reconhece.

FC Porto (muito desfalcado) volta a bater o Benfica. Os dragões bateram as águias, por 7-6, em jogo da Golden Cup e garantiram o apuramento para os quartos-de-final da competição. 
O FC Porto descansou o seu guarda-redes Xavi Malián e não pode contar com os importantes Reinaldo Ventura e Telmo Pinto, mas mesmo assim acabou por vencer a formação encarnada dias depois de ter conquistado a Taça de Portugal.
O Benfica irá defrontar, amanhã, os espanhóis do Caldes para disputar o apuramento para os 'quartos'.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Regras dos comentários

O Fora-de-Jogo mantém um sistema de comentários para estimular a troca de ideias e informações entre seus leitores, além de aprofundar debates sobre assuntos abordados nos artigos.

Este espaço respeita as opiniões dos leitores, independentemente das suas ideias ou divergência das mesmas, no entanto não pode tolerar constantes insultos e ameaças.

Assim o FDJ não aceita (ou apagará) comentários que:

- Contenham cunho racistas, discriminatórios ou ofensivos de qualquer natureza contra pessoas;
- Configurem qualquer outro tipo de crime de acordo com a legislação do país;
- Contenham insultos, agressões, ofensas;
- Contenham links externos;
- Reúnam informações (e-mail, endereço, telefone e outras) de natureza nitidamente pessoais do próprio ou de terceiros;

Não cumpridas essas regras, o FDJ reserva-se o direito de excluir o comentário sem aviso prévio.

Avisos:

- Respeitadas as regras, é livre o debate dos assuntos aqui postados.
- Os comentários são de exclusiva responsabilidade civil e penal de seus autores e/ou “reprodutores”, participantes que reproduzam a matéria de terceiros.
- Ao postarem suas mensagens, os comentadores autorizam o FDJ a reproduzi-los no blog;

Não fique Fora-de-jogo nas suas palavras...