"Faz-me confusão como é que um Sporting falido gasta tanto dinheiro"; Renovação de Feddal complica-se em Alvalade

O Sporting aponta à reta final da temporada com o objetivo de conquistar o título, numa luta intensa com o FC Porto e onde o Benfica, pelas palavras do seu treinador Nélson Veríssimo, ainda está presente, pese embora o atraso que as águias têm em relação aos rivais. Porém, quer o leão quer o dragão procuraram aperfeiçoar peças no último mercado de transferências, ainda que do Estádio do Dragão tenha saído Luis Díaz, que vinha sendo a figura do campeonato.

Já em Alvalade, Rúben Amorim vim o seu plantel ficar mais reforçado, tendo chegado o argelino Islam Slimani, ex-Lyon, e o britânico Marcus Edwards, ex-Vitória de Guimarães. Por isso, José Manuel Capristano diz que não compreende como é que o Sporting continua a fazer investimentos ano após ano, pese embora as dificuldades financeiras que os clubes enfrentam, e que se tornaram mais visíveis no contexto da pandemia.

"O Sporting apetrechou-se e gastou dinheiro. Faz-me confusão como é que uma instituição falida gasta tanto dinheiro. E o FC Porto também", comentou o antigo vice-presidente do Benfica José Manuel Capristano.

Em declarações no canal A Bola TV, o antigo dirigente encarnado sublinhou ainda que o Benfica é o emblema português com as contas equilibradas.

"O único clube em Portugal cujo ativo é superior ao passivo chama-se Sport Lisboa e Benfica. Nos outros o passivo é maior que o ativo", destacou José Manuel Capristano, realçando, ainda assim, que os rivais, continuam a fazer investimentos.

"Continuam a comprar no basquetebol, no andebol e no futebol", afirmou José Manuel Capristano, realçando, porém, que quem está dentro dos clubes saberá o estado das finanças internas dos clubes.

"Quem está dentro do convento é que sabe o que lá vai dentro", finalizou José Manuel Capristano, em declarações onde ainda deixou o desejo de que o Benfica possa reencontrar-se com o caminho dos triunfos no que resta da temporada.

Renovação de Feddal complica-se em Alvalade. Além do clássico das meias-finais (1.a mão) da Taça de Portugal, o central de 32 anos vai também falhar o encontro de sábado, com o Arouca, da 25.a jornada do campeonato, e fica em dúvida para os jogos seguintes. Problema que compromete a renovação automática do contrato do jogador, que acontece quando chegar aos 25 jogos (pelo menos 45 minutos em cada) no somatório da Liga com a Champions.

Feddal tem esta temporada 12 jogos no campeonato e cinco na Liga dos Campeões. Um total de 17, ou seja, faltam-lhe oito para prolongar a ligação aos leões, de forma automática, por mais uma época. Porém, restam apenas dez jogos na Liga e provavelmente, face à desvantagem de cinco golos, apenas mais um na Champions, a 2.a mão dos oitavos de final no terreno do City. Ou seja, a lesão, que poderá obrigar a paragem até três semanas, pode impedir o internacional marroquino de jogar três desses onze jogos e dessa forma tornar impossível a renovação automática do vínculo com o emblema de leonino.

Nada impede porém a administração do Sporting de, mesmo assim, avançar com a renovação. Mas o vencimento do defesa, que está na casa dos €1 M por temporada e prevê aumento para a época de opção, pode levar os verdes e brancos a deixarem o jogador seguir com a carreira fora de Alvalade, escreve A Bola.

A situação está agora no impasse causado pela lesão, que será avaliada dia a dia. Só depois de recuperado se podem fazer as contas certas, se o camisola 3 ainda vai a tempo de conseguir a renovação automática.

Zouhair Feddal, recorde-se, chegou ao Sporting no verão de 2020, oriundo do Bétis e a troco de €2,15 M, tendo ficado com cláusula de rescisão de €45 M. Em 2020/2021 contribuiu com dois golos em 34 jogos para a conquista do título. Era titular indiscutível na posição mais à esquerda da linha de três centrais, que agora tem estado mais a cargo de Matheus Reis.