30 janeiro 2022

Edwards (foi sondado pelo FC Porto nas últimas horas) perto de assinar pelo Sporting; Samuel Lino (já estava nos planos) e Galeno estão a ser discutidos no Dragão; A comissão que o FC Porto vai pagar ao empresário de Diaz. O que recebem os dragões; Vieira assistiu ao vivo e foi ameaçado no final

Foi, talvez, a surpresa da noite no Magalhães Pessoa, em Leiria: Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica que se demitiu em julho por ter visto o seu nome envolvido no processo ‘Cartão Vermelho’, assistiu ao dérbi no camarote 35 do estádio: além da fotografia ao lado, Record publicou o vídeo da chegada do antigo líder. Já dentro do recinto, viu o dérbi ao lado do empresário, Vítor Santos, a quem tem ligações, conhecido como ‘Bibi do Benfica’. Só que os momentos mais tensos ficaram reservados para o final, dado que, numa altura em que a presença de Vieira já era de conhecimento público, o antigo dirigente encarnado necessitou de escolta policial do corpo de intervenção da PSP para regressar à sua viatura, devido aos insultos e ameaças que lhe foram dirigidos por vários adeptos benfiquistas.

Edwards (foi sondado pelo FC Porto nas últimas horas) perto de assinar pelo Sporting. Está por horas a conclusão do negócio que vai levar Marcus Edwards de Guimarães para Lisboa: as últimas horas, apurou o jornal Record, ainda trouxeram contactos entre o Vitória e o FC Porto, mas os dragões, que recentemente venderam Luís Diaz ao Liverpool, decidiram não avançar face à complexidade de uma investida por um jogador em relação ao qual não havia unanimidade. Por outro lado, o Sporting e o clube minhoto deram, nas últimas horas, passos importantes rumo ao fecho do processo: noutra informação adiantada pelo jornal, os vimaranenses pretendiam que o Sporting assumisse, na totalidade, os juros da operação de ‘factoring’ já executada pelo Vitória e que vai permitir antecipar os 7 a 8 milhões de euros que os verdes e brancos pagarão pelo passe do inglês, de 23 anos, ainda que a primeira tranche só ‘caia’ em julho.
Depois de ter existido um fosso de 600 mil euros, percebemos que as diferenças foram reduzidas e que restam apenas limar as arestas para concluir a pasta e haver luz verde para o futebolista rumar a Lisboa, fazer exames médicos e juntar-se ao plantel comandado por Rúben Amorim.

Samuel Lino (já estava nos planos) e Galeno estão a ser discutidos no Dragão. O FC Porto vai perder Luis Díaz para o Liverpool e parte para as últimas 48 horas do mercado de transferências com dois possíveis alvos em análise: Samuel Lino, do Gil Vicente, e Galeno, do Braga. Um deles poderá ser o derradeiro reforço de inverno dos dragões, mas há diversos fatores em cima da mesa e o melhor mesmo é irmos por partes, escreve O Jogo.
Começando por Samuel Lino, 22 anos, não entrou na agenda dos portistas agora. Já há algum tempo que despertou o interesse do FC Porto e, segundo o diário, o plano inicial passava por garantir a contratação do brasileiro e emprestá-lo ao Gil Vicente até ao fim desta época – ou até para lá disso – a fim de avaliar a progressão de um jogador que tem sido um dos destaques da equipa de Ricardo Soares, uma boa surpresa na Liga Bwin. Esta estratégia também levava em linha de conta o Braga, outro clube interessado em Samuel Lino e sobre o qual até tem direito de preferência – tem de ser informado sobre qualquer proposta recebida pelos gilistas e assegura a contratação do jogador se igualar os valores. Todavia, a saída repentina de Luis Díaz poderá alterar os planos do FC Porto, que já tem ideia dos termos que podem levar o Gil Vicente à mesa de negociações: cinco milhões de euros e a cedência de algum jogador. Do estrangeiro, chegam ainda sondagens do Espanhol.
Quanto a Galeno, 24 anos, foi debatido nas últimas horas pelos responsáveis do FC Porto, sem que se tenha materializado alguma abordagem ao Braga e aos representantes do jogador. Tudo terá de passar pelo aval de Sérgio Conceição, que já trabalhou com o brasileiro no Dragão. Para lá da herança pesada que Díaz deixa – para já, nas mãos de Pepê – o treinador não exige menos do que altos níveis de intensidade para conceder uma oportunidade na equipa. Noutro âmbito, recorde-se que, aquando da ida de Galeno para a Pedreira em 2019, a troco de 3,5 milhões de euros, o FC Porto reservou o direito a 50% da mais-valia de uma futura transferência. Um fator que, inevitavelmente, será tido em conta numa eventual negociação.

A comissão que o FC Porto vai pagar ao empresário de Diaz. A transferência de Luis Díaz do FC Porto para o Liverpool tem todas as formalidade praticamente concluídas e o negócio deverá significar um encaixe líquido próximo dos 33 milhões euros, descontadas todas as parcelas. Os dragões aceitaram uma proposta de 45 M€ mais 15 M€ dependentes de objetivos, mas só têm 80% do passe – os outros 20% pertencem ao Junior Barranquilla – pelo que começam por receber 36 milhões de euros. Por outro lado, apurou O Jogo, ficou estipulado no contrato assinado em 2019 que o empresário do jogador, Raul Costa, tem direito a uma comissão equivalente a 10% da mais-valia da transferência, num valor calculado sobre a parte recebida pelo FC Porto. Se fizermos as contas em valores arredondados, a mais-valia estará próxima dos 28M€, a diferença entre os 36 M€ da fatia que pertence aos dragões e os 8M€ que investiram há três anos. Assim, a comissão de 10% deverá traduzir-se em 2,8M€, restando cerca de 33M€ nos cofres da SAD, a quem cabe ainda o pagamento do mecanismo de solidariedade, como é normal.
Transferir Luis Díaz agora era a última opção do FC Porto, mas revelou-se incontornável face à ameaça de exclusão das provas europeias. A UEFA impõe que todas as dívidas estejam saldadas até amanhã, num cumprimento que será possível graças a este negócio. Apesar de a SAD ter fechado a última temporada com um lucro de 33,4 M€, houve um prejuízo de 116M€ em 2020, pelo que a situação financeira mantém-se delicada. Todavia, os 15M€ dependentes da concretização de objetivos desportivos abrem boas perspetivas, já que 10 M€ correspondem a um conjunto de metas fáceis de alcançar. 

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