27 novembro 2021

Dragões ao 'ataque': "À parte das queixinhas, não sei qual é o papel da APAF"; "Jorge Jesus permite-se a dizer coisas que nem Guardiola ou Klopp diriam"

Vítor Baía acredita que o "VAR veio para ajudar", mas "tem muitas arestas por limar". Em entrevista publicada este sábado no 'Jornal de Notícias', o administrador da SAD do FC Porto reconhece que o "Conselho de Arbitragem terá de ser muito mais pedagógico".
"Esta época há uma diminuição muito grande nas intervenções do VAR e eles têm de explicar porquê. Quanto à APAF [Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol], vemos que há queixinhas por tudo e por nada. É assim que a arbitragem evolui?", questiona o antigo guarda-redes que, inquirido sobre o papel da APAF, atira: "Gostava de saber, porque também ainda não percebi bem. À parte das queixinhas, não sei qual é esse papel". E prossegue, apoiando que as comunicações entre o VAR e o árbitro deviam ser públicas: "Porque não? Os árbitros não podem julgar-se numa redoma à parte, intocáveis, numa indústria que movimenta milhões. Têm de ser chamados à responsabilidade quando isso se justifica. Se andarmos aqui a fazer queixas por tudo e por nada, sem sermos profiláricos, então está tudo tramado".

"Jorge Jesus permite-se a dizer coisas que nem Guardiola ou Klopp diriam". Jorge Jesus tem assegurado e insistido que está numa fase da carreira onde é ele que escolhe o clube que vai treinar. Em final de contrato com o Benfica, o técnico não desvenda o que fará na próxima temporada e adensa-se assim a dúvida relativamente ao futuro do treinador que Luís Filipe Vieira fez regressar à Luz e que tem colecionado episódios que têm gerado desconforto entre benfiquistas, como reconhece Braz Frade, antigo vice-presidente das águias.
Recentemente, em Camp Nou, Jorge Jesus ajoelhou-se após um falhanço de Haris Seferovic, fazendo os adeptos recordar de um outro momento semelhante, no Estádio do Dragão, quando o brasileiro Kelvin marcou um golo que acabaria por valer praticamente o título aos azuis e brancos, depois de o Benfica ter 'tudo' nas mãos para o garantir.
Carlos Barbosa da Cruz, antigo dirigente do Sporting, declara que, de fora, vê Jorge Jesus adotar "performances" ao nível "circense" no banco do Benfica que se juntam, segundo diz, a comentários que este tem vindo a proferir que nem Klopp ou Guardiola seriam capazes de ter.
"É um problema de artes performativas. Eu já era fã das conferências de imprensa do Jesus porque as conferências de imprensa tinham toques artísticos que iam muito para além do comentário dos jogos. O Jorge Jesus já exorbitava o mero domínio do comentário do jogo ou da preparação do jogo com algumas pérolas. Basta ir à Internet, a última das quais aquela em que ele se permitiu a dizer coisas que, eventualmente, nem o Guardiola e o Klopp diriam que é 'eu só treino equipas que quero' e outras máximas assim. Portanto, tinha essa parte lúdica, um bocadinho circense das entrevistas".
Para Carlos Barbosa da Cruz, "agora, decidiu juntar uma parte, digamos, mais corporal". "É entretenimento corporal. Antes era entretenimento discursivo agora é corporal."
O antigo dirigente dos leões diz que Jorge Jesus "já tem a sua própria coreografia". "Já tínhamos a coreografia do banco do FC Porto e agora temos a coreografia do Jorge Jesus que tem estes gestos. Levo isto para o campo lúdico. Se não for, pode ter uma interpretação extremamente penalizadora", disse Barbosa da Cruz.
De resto, o antigo dirigente dos leões vaticina que os gestos de Jesus podem vir a fazer escola. "Estou a ver o Klopp num futuro muito breve a gatinhar. Isto faz escola", referiu, acrescentando que "há emoções e emoções".
"O Jorge Jesus está a tornar-se um espetáculo dentro do espetáculo. Está em crescendo e aumentando o grau de exuberância", salientou Carlos Barbosa da Cruz, em declarações na CMTV, num painel que contava também com o antigo-vice presidente João Braz Frade.
O ex-vice das águias, por seu turno, lamenta este tipo de comportamento revelado pelo treinador do Benfica ao se ajoelhar em Camp Nou na sequência do falhanço de Haris Seferovic.
"Esta expressão da emotividade, aparentemente, não é das favoritas dos sócios", disse João Braz Frade, realçando que "um benfiquista não se reve nisto". "Uma coisa é sentir o desespero outra é fazer aquilo", declarou o antigo dirigente do Benfica.
"O que pensam os jogadores de um treinador que faz aquela figura no fim? É que as pessoas têm de pensar nisso. Ele é o líder daqueles homens", acrescentou João Braz Frade.

1 comentário:

  1. A CS critica o Jorge Jesus porque não conseguiu fazer o que nunca ninguém conseguiu fazer, que é ultrapassar na classificação, um rival que usufruiu de mais 15 penaltis (FCP)! Para piorar ainda, não foi só uma evidente desvantagem arbitral comparativamente a um rival, pois teve outro rival que jogou com uma vantagem de 14 penaltis (Sporting). Quem já venceu nestas circunstâncias tão adversas? Guardiola ou Klopp mesmo com os seus super-plantéis a competir na Liga Fontelas Gomes, conseguiriam marcar golos suficientes para anular completamente desvantagens de 15 e 14 penaltis?

    Se retirares o efeito dos penaltis, facilmente vais ver, que no depende do Jorge Jesus, o Benfica apresenta um saldo positivo de 65 golos, o FCP de 54 golos e o Sporting de 47 golos. Vês que Jorge Jesus conseguiu comandar uma equipa que só por si seria capaz de ter uma vantagem de 11 golos sobre o FCP e 18 sobre o Sporting em 45 jogos. E olhe estamos a falar de um Benfica que a imprensa nos quer fazer crer que está mergulhado numa crise profunda, com os adeptos divididos, que não lutam em defesa dos interesses do clube, ao ponto de ter sido na época 2020/21, a 116ª e última do ranking de penaltis dos 116 clubes que disputaram as 6 principais Ligas de Futebol na Europa.

    Veja o link: https://influenciaarbitral.blogspot.com/2021/11/belenenses-sad-vs-benfica-qual-sera.html

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