José Silva, arguido no processo ‘E-Toupeira’, por alegadamente ter acedido a processos em segredo de justiça que visavam o clube da Luz ou os principais rivais, tinha, enquanto técnico de informática na comarca de Fafe, de atribuir passwords para os computadores dos funcionários. Os códigos eram sempre os mesmos: Benfica.
A revelação foi feita pela oficial de justiça Cristina de Castro, que “infelizmente” era amiga de José Silva. A testemunha contou ontem, na segunda sessão do julgamento daquele caso, que José Silva utilizou a sua senha para consultar processos. O arguido acabaria por confessá-lo, de acordo com as escutas da investigação ontem divulgadas. “Ele metia a password igual para todos (Benfica). Achávamos que era na brincadeira. Mas nunca mudei a minha, por incompetência ou excesso de confiança. Ele é que criou e nunca a mudei. Confiava nele plenamente. Sei que está errado e peço desculpa”, assumiu Cristina de Castro, colega de Florinda Gonçalves, que passou pela mesma situação: “Nunca lhe dei autorização para utilizar as minhas credenciais.”
Numa sessão que contou apenas com a presença de um dos arguidos – o ex-assessor jurídico das águias, Paulo Gonçalves, que foi tirando várias notas –, também foi ouvida Ana Paula Vitorino, procuradora cujos acessos terão sido utilizados para José Silva aceder ao Citius. “Não conheço nenhum dos arguidos. Nunca me apercebi de nada. Nunca me passou pela cabeça, até ao dia que em que a procuradora Maria José Morgado me chama ao gabinete dela. Foi uma experiência muito traumatizante”, vincou à juíza Ana Paula Conceição.
Sporting prepara renovações para 'pérolas'. O Sporting já sinalizou o primeiro conjunto de futebolistas com quem se quer sentar à mesa para renovar os respetivos contratos: o central Gonçalo Inácio e os médios Matheus Nunes e Daniel Bragança são, escreve o Record, as prioridades da administração da SAD, que pretende ver concluídos todos os processos até final do ano – no máximo a abrir janeiro de 2022.
E os argumentos desta escolha são de fácil explicação: além do facto de serem três apostas claras de Rúben Amorim, todos têm sido protagonistas, ainda que a níveis distintos, de uma valorização superlativa, impulsionada não só com a conquista de troféus pelo clube, mas também com a chamada para as seleções. Matheus será, desta tripla, o caso de maior expressão, dada a disputa entre Portugal e Brasil, ganha pelo primeiro; Gonçalo Inácio só não se estreou pelos AA devido a uma lesão muscular na última paragem FIFA e Daniel Bragança foi, em junho último, finalista vencido do Europeu de sub-21. É, por tudo isto, imperativo – acredita a SAD – melhorar os vínculos dos ‘miúdos’, cujas principais alterações passarão pelos salários.
Numa altura em que podemos adiantar que todos os representantes dos futebolistas supracitados já foram contactados pelo Sporting, também estamos em condições de avançar com os números a pôr em cima da mesa – alguns deles já noticiámos. Começando pela defesa, o central Gonçalo Inácio, que assinou o seu último contrato há quase um ano, em novembro, verá o seu ordenado passar dos 100 mil euros líquidos por temporada para um valor próximo dos 250 (meio milhão bruto); e, como em 2020 não aumentou a duração, também essa será mexida, passando a estar ligado aos leões por mais um ano (2026). Chutamos a bola para a frente e chegamos ao meio-campo, onde Matheus Nunes, que neste momento está concentrado com a Seleção Nacional, também terá, tal como acontece com Inácio, o seu salário mais do que dobrado. Atualmente ganha 200 mil euros livres de impostos ao ano e o objetivo é pô-lo acima dos 400. Neste caso, o Sporting sente-se confortável tendo-o amarrado até 2025.
Resta Bragança, que há 13 meses, em setembro de 2020, rubricou um vínculo até 2024 que o deixou a auferir 125 mil euros líquidos por temporada, cifra que se elevará, pelo menos, aos 200; a ligação proposta será até 2025. Uma nota para as cláusulas de rescisão, que dificilmente serão modificadas. A do luso-brasileiro é a mais alta, fixada nos 60 milhões de euros, seguida das de Bragança e Inácio, ambas nos 45 M€.
Everton tem recebido abordagens de clubes brasileiros e europeus, mas o extremo afasta o cenário de saída e só pensa em recuperar o estatuto no Benfica. Suplente nas últimas quatro partidas, o jogador, de 25 anos, procura virar a página e continua motivado para mostrar o seu valor a Jorge Jesus, escreve o Record. O internacional brasileiro atravessa um período de menor fulgor e também compreende a existência de competitividade dentro do plantel, reconhecendo que não é fácil ser indiscutível na equipa.
O extremo até se prepara precisamente para voltar a ganhar minutos, já que deverá ser titular frente ao Trofense, na 3ª eliminatória da Taça de Portugal, no dia 16. Ausente da seleção canarinha, Everton vai trabalhar no Seixal, nos próximos dias, e beneficiará da rotação que está prevista na equipa, antes do jogo frente ao Bayern, no dia 20. Apesar de ser um jogo frente a uma formação da 2ª Liga, o camisola 7 encara a partida da Taça como valiosa para mostrar serviço. Com apenas 28 minutos disputados nestes últimos quatro jogos – nem sequer entrou frente ao Barcelona -, Everton ainda não marcou esta época e só contabiliza uma assistência, na goleada por 5-0, diante do Santa Clara. No entanto, o extremo continua a sentir que Jorge Jesus confia nele. Aliás, foi precisamente o técnico a pedir a sua contratação em 2020. Na altura, o Benfica pagou 20 milhões de euros ao Grémio e Everton tornou-se indiscutível na época de estreia ao cumprir 48 partidas. No verão, foi à Copa América - só teve 10 dias de férias - e agora também tem como objetivo voltar às opções do selecionador Tite. De resto, aliado ao fator desportivo, o jogador também se sente adaptado e feliz a viver em Portugal.
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