Noite europeia para esquecer para Sporting, FC Porto e Benfica na FIBA Europe Cup, de basquetebol. O Benfica foi o primeiro representante português a entrar em ação, e esteve mesmo muito perto de levar de vencida o Den Bosch, no Pavilhão da Luz, mas, já bem perto do final, sofreu uma reviravolta e perdeu, por 73-78.
Seguiu-se o FC Porto, que, já esta quarta-feira, foi batido pelo Szolnoki Olaj, na Hungria, por 64-81. O Sporting completou, ao início da noite desta quarta-feira, um arranque para esquecer das equipas portuguesas, ao sair derrotado do terreno do Antwerp Giants, na Bélgica, por 80-75.
"Sempre me dei com Rui Costa com o conhecimento de Luís Filipe Vieira". Pinto da Costa falou esta quarta-feira sobre o novo presidente do Benfica.
"Conheço o Rui Costa há muitos anos. Mesmo nos tempos mais difíceis de relacionamento entre FC Porto e Benfica sempre me dei com o Rui Costa e com o conhecimento do presidente Luís Filipe Vieira, com quem não falei durante muito tempo. Ele sabia e achava bem que nos continuássemos a falar porque nos conhecíamos e nunca tivemos nenhum problema um com o outro", admitiu o líder dos dragões, prosseguindo com a certeza de que a rivalidade entre os dois clubes é indispensável.
"Se o FC Porto e o Benfica se entenderem é mau. Quando se fez uma tentativa, liderada pelo Luís Filipe Vieira, as televisões caíram em cima dos encontros no Rei dos Leitões e parecia que era um crime os presidentes estarem a entender-se e a falar. O que compreendo porque quando acabaram as guerras todos ficaram felizes, só os fabricantes de armamento é que não gostaram", justificou Pinto da Costa em entrevista à TSF.
Sobre o relacionamento com o ex-presidente do Benfica, que é arguido no processo Cartão Vermelho, continuou sem querer fazer grandes revelações: "Posso falar com o Luís Filipe Vieira quando quiser porque não tenho nenhum problema nem nenhum de nós está inibido de falar com o outro. Agora não vou estar a divulgar com quem falo ou deixo de falar, como compreenderá".
Pinto da Costa recuou, depois, no tempo para recordar a altura em que a convivência entre os presidentes dos clubes profissionais era mais saudável: "Ando no futebol há quase 50 anos, porque fui diretor do futebol em 1970 e poucos e o período melhor de entendimento foi quando havia o chamado Clube dos Presidentes, em que nos reuníamos todos os meses, rodando os sítios, e se discutiam os assuntos, combinavam-se as coisas sem serem precisas ligas, federações nem nada disso. Foi o período mais pacífico entre os clubes, que se respeitavam".
Por fim, o número 1 do futebol portista concluiu com a certeza que, independentemente das funções exercidas no passado, o presidente de um clube chamado grande tem de ser, isso sim, competente.
"Será bom ter ex-jogadores tal como será bom ter ex-banqueiros ou bancários ou ex-médicos. Será bom em qualquer circunstância se forem capazes de dirigir o clube. O facto de ter sido jogador não garante nada, mas há naturalmente antigos jogadores nos clubes que são capazes de dirigir qualquer interesse e o futebol neste momento, em certo sentido, é uma empresa, embora tendo objetivos diferentes das normais. Não é só o lucro, são vitórias. Tenho mais ex-jogadores na direção do que o Vítor Baía. Tenho o Fernando Gomes, um antigo jogador de hóquei, o Vítor Hugo, dos melhores jogadores do mundo. O facto de serem antigos atletas não têm garantia, mas quando têm qualidade são capazes de dirigir em qualquer situação e em qualquer empresa", concluiu.
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