18 outubro 2021

“Eu e o Sérgio Conceição discutíamos muito...”; Pepe sobe mais um degrau na história

A 20 de novembro de 1996, há praticamente 25 anos, o FC Porto empatou com o AC Milan, no Estádio das Antas, a um golo, selando o apuramento para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, e ao mesmo tempo ajudando a empurrar os italianos para fora da prova. Edmilson marcou o tento dos dragões, o único na história do clube nas receções aos ‘rossoneri’. O jornal Record convidou o brasileiro, agora com 50 anos, a recordar esse jogo e as memórias são muitas. Desde logo o facto de nessa noite ter feito dupla com Sérgio Conceição no corredor direito, com o atual técnico a lateral. “Davamo-nos muito bem. Eu jogava mais à frente a abria para ele passar e cruzar, depois eu compensava a defender. Tínhamos um bom entrosamento, mas discutíamos muito, era normal para o bem da equipa. O Sérgio jogava sempre a 100 por cento e não gostava de perder nem nos treinos, como acontece agora”, lembrou Edmilson, revelando que no final desse jogo trocou de camisola com Paolo Maldini – “uma das raras vezes que pedi a camisola a alguém, mas fi-lo porque era um craque e um senhor do futebol” – e não esqueceu a “agressão de George Weah a Jorge Costa”.
Para amanhã, o brasileiro espera um “jogo equilibrado”, mas o FC Porto “tem jogadores com capacidade para se impor e ganhar ao Milan”.

Pepe sobe mais um degrau na história. A duração da carreira profissional, iniciada há duas décadas, tem permitido a Pepe bater uma série de recordes de longevidade e amanhã, quando o FC Porto defrontar o Milan, o central terá a oportunidade de subir mais um degrau na história da Liga dos Campeões. Aos 38 anos, o internacional luso vai somar o 108.º jogo na maior competição de clubes da Europa, deixando para trás Luís Figo (107) e assumindo sozinho o segundo lugar da tabela de jogadores portugueses com mais desafios na liga milionária. Acima do capitão portista só ficará o recordista nacional, que detém também o registo máximo da prova: Cristiano Ronaldo (182). E isto diz muito do nível do percurso do jogador nascido em Maceió (Brasil), mas que optou por representar a seleção portuguesa.
A alteração do modelo da Liga dos Campeões, que a partir da edição de 1992/93 passou a ter uma fase de grupos e da edição de 2003/04 uma eliminatória extra (oitavos de final) no caminho até à final, causou uma explosão de jogos que beneficiou os jogadores da era moderna. Além disso, a passagem pelo Real Madrid contribuiu decisivamente para os atuais 107 encontros de Pepe na prova. Durante as dez temporadas em que representou os “merengues”, o defesa atingiu (e venceu) a final da competição por três ocasiões e ainda disputou as meias-finais em mais quatro. Em média, disputou sete partidas da liga milionária por temporada pelos espanhóis, fechando com um total de 71. A estas juntaram-se mais seis pelo Besiktas e 30 pelo FC Porto, que lhe proporcionou a estreia em 2004/05, frente aos russos do CSKA de Moscovo.
Entre o top-5 dos portugueses com mais aparições na Liga dos Campeões, Pepe é também o segundo com mais jogos feitos ao serviço de uma equipa lusa. Se nada de anormal acontecer até à hora do apito inicial com o Milan, o capitão do FC Porto somará o 31.º, ficando com menos sete do que Deco, que também se estreou na competição pelos dragões, tal como Ricardo Carvalho (fecha este top). O “Mágico”, porém, travou nos 81 na contagem global, muito por culpa da decisão de passar as últimas quatro épocas da carreira no Brasil (Fluminense).
Na contabilidade exclusiva do clube azul e branco, Pepe está bem mais distante do topo. Os primeiros lugares são ocupados por Vítor Baía (69), Jorge Costa (64) e Aloísio (59), respetivamente. O internacional português aparece apenas em 28.º, mas com boas possibilidades de fechar a temporada, pelo menos, ao lado dos brasileiros Fernando (34) e Danilo, no 20.º posto.

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