Desde 1996 que os três grandes não estavam tão juntos à 8.ª jornada; "Não disse que ia ser presidente. Disse que ajudo o Sporting"; "Gostaria de fazer um bom espectáculo perante o FC Porto e mostrar-me"

Ao ser titular nos últimos três jogos, Alireza Beiranvand parece ter conquistado a baliza do Boavista. Em entrevista ao site “Vananews.com”, o guarda-redes dos axadrezados abordou já a visita ao Dragão, apesar de o jogo com o FC Porto estar distante: será no final deste mês depois do encontro da Taça de Portugal, dia 17, em Vila do Conde, com o Rio Ave, e da receção ao Belenenses, no dia 25. “Taremi abriu a porta para a entrada de outros jogadores iranianos. Ainda bem que o meu amigo conseguiu tornar-se uma estrela no FC Porto e na Europa”, afirmou o internacional iraniano sobre o seu compatriota que vai “encontrar na Seleção nos jogos com os Emirados Árabes Unidos e com a Coreia do Sul”, de Paulo Bento. Beiranvand disse ainda que não tem um contacto diário com o avançado dos dragões. “Mehdi Taremi é o meu melhor amigo e um bom companheiro de equipa. Claro que gostaria de fazer um bom espectáculo perante o FC Porto e mostrar-me, mas não tenho nada a ver com o meu companheiro de seleção”, explicou o guarda-redes que depois de ganhar o lugar a Bracali contra o Paços de Ferreira, para a Taça da Liga, também defendeu com Estoril e Braga. “O adversário atacou o nosso golo várias vezes e teve muitas oportunidades, mas graças a Deus consegui satisfazer a equipa e espero dar continuidade”, prometeu Beiranvand.

"Não disse que ia ser presidente. Disse que ajudo o Sporting". Fernando Fernandes, antigo campeão de kickboxing pelo Sporting, clube que representou em várias funções durante quase 40 anos, fez ontem no seu blogue um esclarecimento quanto à intenção de ser presidente leonino e assim, eventualmente, ser candidato, afirmando ter sido mal interpretado.

“Como é possível alguém ir na conversa destes imbecis, são de longe os piores dirigentes que conheci desde que ando com o símbolo do leão na minha alma. Se possível e me derem oportunidade, irei ser um presidente como os grandes obreiros que passaram pela instituição e recuperar o que perdemos”, escreveu há dias Fernando Fernandes, que apoiou Fernando Tavares Pereira nas últimas eleições, nas redes sociais.

Agora, deu um passo atrás e disse ter sido incompreendido. “Fiz um post que foi mal interpretado… A minha disponibilidade para o Sporting é total e junto a isso a certeza de que não serei foco de destabilização e divisão entre os leões. Falei na disponibilidade de um dia, caso me peçam, para ser o que pretenderem dentro do clube, avançar. Não disse que ia ser presidente. Disse que ajudo o Sporting”, escreveu Fernando Fernandes, que foi afastado do clube há um ano por Frederico Varandas.

Desde 1996 que os três grandes não estavam tão juntos à 8.ª jornada. O desaire do Benfica, anteontem, em casa, com o Portimonense, deixou as águias com um ponto de vantagem sobre FC Porto e Sporting que, na véspera, já haviam batido Paços de Ferreira e Arouca, respetivamente. A última vez que os três grandes, à oitava jornada, estavam na frente, com um ponto a separá-los, foi há 25 anos (1996/97), então com liderança portista.
Na época passada, por exemplo, após oito rondas, o Sporting liderava com 22 pontos, mais quatro do que o Benfica e mais seis do que o FC Porto, sendo que o Braga se intrometia na discussão, ao somar 18 pontos, o que lhe permitia dividir a segunda posição com as águias.
“O Sporting já não se encontrava nas competições europeias e estava mais folgado. Agora, as equipas estão em pé de igualdade e, em cenários iguais, tendem a ter rendimentos iguais”, sublinha, ao JN, Henrique Calisto, treinador de futebol.
A situação em que os crónicos candidatos ao título estiveram mais próximos, na última década foi em 2018/19, com o FC Porto (18 pontos), o Benfica (17) e o Sporting (16), sendo que Braga (18) e Rio Ave (17) estavam metidos ao barulho. Contudo, o caso de maior proximidade aconteceu em 1996/97. O FC Porto, treinado por António Oliveira, tinha 20 pontos, contra 19 de Benfica e Sporting.
“A subida do nível das equipas médias é notória e isso torna a vida dos grandes menos fácil. A tendência é para que haja mais surpresas e lideranças pouco expressivas”, admite Henrique Calisto.
No caso de 1996/97, depois do primeiro quarto da Liga, a supremacia portista foi clara. O FC Porto acabou com 85 pontos, contra 72 do Sporting e 58 do Benfica.