21 outubro 2021

“Conceicismo”, chamam os italianos. Sérgio Conceição captura o décimo tubarão europeu; Ex-árbitro insultado, perseguido e no desemprego por causa do Benfica; “Cebolinha, gol...contla”. A brincadeira do Bayern

Nova audiência do processo e-Toupeira, mais testemunhas e um... testemunho forte. O ex-árbitro, ex-comentador do Porto Canal e assistente nesta diligência, António Perdigão da Silva revelou ontem em tribunal que até a SAD do Benfica sair do caso, por ausência de pronúncia por corrupção, sofreu ameaças e insultos, “olhos nos olhos”.
“Até o Benfica sair do processo – o que não concordo e fico indignado – não deixei de ser insultado e perseguido”, afirmou num testemunho por videoconferência, transmitido na sala de audiências do Campus da Justiça, em Lisboa. “Violaram a porta do meu domicílio, partiram o vidro da porta de entrada, fui insultado na rua, a minha família perseguida”, disse, sublinhando que está “desempregado há dois anos” porque lhe dizem que “não aceitam afrontas ao Benfica”.
O antigo árbitro, “ex-colaborador do Porto Canal e assessor da SAD do FC Porto”, foi uma das pessoas que, segundo o Ministério Público, viu a sua vida pesquisada pelo arguido José Augusto Silva a pedido de Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica. “Fazia análise sobre arbitragem, não comentários”, atirou quando questionado sobre os motivos para a referida perseguição. Hugo Gil, conhecido blogger pró-Benfica, foi também ouvido de manhã, e apresentou-se como analista e criador de conteúdos. Foi confrontado com uma mensagem que enviou a Paulo Gonçalves para saber do que se tratava um processo no qual era arguido por difamação e garantiu que ex-assessor jurídico das águias não lhe respondeu.
Hugo Gil disse que escrevia nas redes sociais em defesa do Benfica e era pago pela sua empresa. “Não ganhava nada através do clube. Ainda faço esse trabalho mas gratuitamente”, disse, indicando que foi Luís Bernardo, à data diretor de comunicação do Benfica, quem negociou a sua contratação.
A origem dos bilhetes para jogos do Benfica que várias testemunhas reconheceram ter recebido de José Augusto Silva ocupou boa parte do tempo e motivou a intervenção de... Paulo Gonçalves. A respeito da diferença entre convites e bilhetes oferecidos, e perante as dúvidas da juíza Ana Paula Conceição, os advogados de Paulo Gonçalves, único arguido presente na sala, mostraram os ingressos cedidos pelo arguido, como forma de mostrar que o convite não tem preço nem pode ser vendido. E questionado diretamente porque não os incluiu no processo, o arguido limitou-se a explicar que se tratam de “recordações”, que guardou depois na carteira.
A audiência continuou em tons verde e brancos, quando foi chamado a testemunhar Hernâni Fernandes. Ex-árbitro da primeira categoria que trabalhou para o Sporting entre 2017 e 2020, seguindose Luís Francisco Fernandes, antigo delegado da Liga, entre 2012 e 2017, até ser “convidado pelo Sporting para colaborar com a equipa B na organização de jogos”. Ambos estão no processo porque pesquisas aos seus dados pessoais e um acórdão de condenação por violência doméstica, no caso do primeiro, estavam no gabinete de Paulo Gonçalves.

Sérgio Conceição captura o décimo tubarão europeu. Na história do futebol português existem apenas três treinadores com mais de 20 jogos disputados por clubes nacionais frente a equipas dos Big 5 na Liga dos Campeões e nenhum tem tantas vitórias como Sérgio Conceição. A de ontem, com o Milan, foi a décima da carreira do técnico do FC Porto, que já deixou para trás Jesualdo Ferreira (oito) e mantém Jorge Jesus (quatro) a uma distância considerável, mesmo tendo menos desafios disputados (23) que cada um deles: o professor parou nos 24 e JJ leva 25. Os franceses (quatro triunfos em quatro partidas) são quem mais contribui para este saldo de Conceição, enquanto os ingleses surgem no reverso da moeda, já que venceu somente um (Chelsea) dos nove confrontos que teve contra equipas de topo da Premier League.
Se em termos absolutos ninguém se equipara a Conceição, em termos percentuais o caso muda um pouco de figura. Jesualdo (33,3%) e Jesus (16%) continuam atrás do treinador de 46 anos, mas os 43,5% de vitórias obtidas frente a equipas dos Big 5 por clubes nacionais não são suficientes para o colocar no topo. Aí surge Julen Lopetegui (66,7%), seguido de José Mourinho (53,8%), Vítor Pereira, José Maria Pedroto e Co Adriaanse (50%). Notese, porém, que somente o “Special One” (13) fez mais de dez jogos frente a estes clubes.
Seja como for, a superioridade do FC Porto na receção ao Milan, bem como os resultados obtidos com equipas da Série A desde que ingressou no Dragão, mantêm Conceição debaixo dos holofotes em Itália. As eliminações da Roma (2018/19) e da Juventus (2020/21) espantaram os transalpinos e foram argumentos usados pelo “Tutto Mercato” para sustentar que está a nascer um novo conceito em Portugal: o “Conceicismo”. A ideia de jogo, segundo aquele portal, é muito idêntica ao “Cholismo” (de Diego Simeone), onde o espírito competitivo é levado ao extremo. Mas com uma diferença: Sérgio Conceição “acrescenta-lhe um toque de estética e uma predisposição ofensiva” que nem sempre se vê na equipa (Atlético de Madrid) orientada pelo seu antigo companheiro da Lázio.

Bayern brinca com Everton. O Bayern, através da sua conta no Twitter brasileira, brincou com o azar de Everton cuja alcunha é Cebolinha, uma personagem da banda desenhada muito popular neste país sul-americano. “Cebolinha, gol...contla”, publicou o clube bávaro, lembrando o sotaque do desenho animado. Já antes, quando a equipa entrou no balneário, publicaram a fotografia da águia com a legenda: “É para assustar?”.

8 comentários:

  1. MEUS AMIGOS

    O futebol alemão já tem uma fama que vem de longe
    ligada ao uso do DOPING como veremos a seguir

    Eles deram SETE ao Brasil
    Deram OITO ao barcelona de Messi

    Caros amigos, os VELHOS TRINTÕES
    RIBERY e ROBBEN, corriam no Bayern que nem danados

    NÃO HÁ MILAGRES. JÁ O MEU AVÔ DIZIA:
    -DE HOMEM PARA HOMEM, NÃO HÁ FORÇA DE BOI.

    AQUELE ROLO COMPRESSOR QUE SE VIU ONTEM NA LUZ
    BEM ESTUDADINHO, EM LABORATÓRIOS INDEPENDENTES, NÃO SEI, NÃO

    O ARMSTRONG ATÉ SER DESCOBERTO TAMBÉM ERA UM ROLO COMPRESSOR

    Harald Anton "Toni" Schumacher (Düren, 6 de março de 1954) é um ex-futebolista (GUARDA-REDES) e treinador de futebol alemão que defendeu a seleção da Alemanha Ocidental nas copas de 1982 e 1986.

    Autobiografia, polêmica sobre doping e consequências

    Antes de encerrar a carreira, lançou um livro em que denuncia a prática de doping nos clubes e na seleção da Alemanha durante seus tempos de jogador,
    história essa que foi confirmada por seu ex-colega Paul Breitner.[1]

    Tais denúncias contidas em "Anpfiff"
    fizeram com que Toni acabasse expulso da seleção alemã em 1987,
    dando lugar a Eike Immel e,
    posteriormente, Illgner, seu sucessor no gol do Colônia.

    UMA FAMA QUE VEM DE LONGE

    NÃO CONTEM COMIGO PARA MALHAR NA EQUIPA DO BENFICA

    O BENFICA JOGOU CONTRA 11 ARMSTRONGUES

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    1. Já te esqueceste dos casos de doping no teu clube e que nunca foram castigados, porque tudo estava controlado pela mafia vermelha!

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    2. brutalissimo!!!

      o carnide quando perde ou é roubado ou os outros tomaram umas vitaminas para conseguirem ganhar ao super carnide!!

      o portimonense tambem pôs umas pastilhas turbo mx360 e toma lá um zero...

      porque meu amigo, se o portimonense tem tomado as pastilhas iguais às do Bayern, as mega turbo power bull 100% Xmax mx1080 teria sido goleada certa!!

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  2. NOTÍCIAS
    Escândalo de doping no esporte pressiona futebol alemão a encarar tabu

    Na Alemanha, pouco se fala sobre o doping no futebol. Mas um polêmico estudo, que acusa o Estado alemão de incentivar a prática, está obrigando jogadores, técnicos e dirigentes a se ocupar do tema - em público.

    Quando, na semana passada, o técnico da seleção alemã, Joachim Löw, deu uma entrevista à imprensa para falar sobre a nova temporada de jogos internacionais, teve que se ver confrontado com perguntas sobre um tópico pouco usual quando o tema é a equipe nacional: o doping.

    Mas, desde a revelação de um amplo estudo que acusa o Estado alemão de promover o doping de atletas, ainda na época da Alemanha Ocidental, os envolvidos com o esporte mais popular do país têm que lidar cada vez mais com esse desagradável assunto.

    "Todos nós queremos um esporte limpo", respondeu Löw, acrescentando que, na concentração, seus jogadores já foram convocados às seis e meia da manhã para se submeterem a testes de doping. "E acho ser absolutamente positivo quando os testes são feitos com frequência."

    Löw defende com veemência seu empregador, a Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla original), contra as acusações de doping, elogiando o trabalho da organização onde trabalha, muito embora esta tenha mostrado pouco interesse em investigar seriamente supostos casos de doping em sua própria história.

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  3. Copas de 1954 e 1966

    Há sete anos, o historiador Erik Eggers publicou um artigo sobre os "heróis de Berna", como são conhecidos na Alemanha os jogadores campeões do mundo de 1954. Ele pesquisou durante anos sobre a equipe. Sua conclusão é que muitos jogadores daquela seleção receberam injeções, provavelmente de metanfetamina, na forma de um medicamento conhecido como pervitina. Este estimulante era ministrado na Segunda Guerra a soldados ​​e aviadores, para eliminar o cansaço e manter o vigor físico.
    Deutsche Sportgeschichte Fußball WM 1954 Wunder von Bern

    Alemanha campeã do mundo em 1954: suspeita tardia de doping

    Eggers continuou pesquisando e participou do polêmico estudo Doping na Alemanha, de 1950 até hoje, realizado por estudiosos da Universidade Humboldt de Berlim, ainda não publicado na íntegra, mas revelado há pouco dias pela imprensa alemã.

    Durante as pesquisas, ele descobriu uma troca de correspondências entre a Fifa e a Federação Alemã de Atletismo (DLV, na sigla original) datada de 1966. A Fifa escrevia que, depois de o controle de doping ter sido introduzido no mundial da Inglaterra, análises em laboratório teriam detectado traços de efedrina em três jogadores da equipe alemã. A efedrina era proibida mas não levava a uma suspensão do atleta.

    A DFB respondeu ao questionamento, por meio de um atestado do perito Martin Nolte, que assegurava que os regulamentos antidoping de então não estavam sendo violados. A argumentação completa do especialista, entretanto, não foi publicada pela DFB, fato que irrita o historiador.

    "Simplesmente divulgar declarações de que um especialista qualquer atestou o contrário não é suficiente", argumenta Eggers. Ele diz que outros documentos da época poderiam contribuir para a elucidação do caso. Mas a DFB condicionou o acesso a seus arquivos para a equipe de pesquisadores a condições rigorosas para uma publicação. Eles recusaram, e o arquivo permaneceu fechado.

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  4. "Injeção de vitaminas" de Beckenbauer
    Fußball Franz Beckenbauer

    Beckenbauer disse que recebia "injeções de vitaminas"

    Na mesma Copa da Inglaterra, em 1966, o kaiser Franz Beckenbauer estreava, com 20 anos, num mundial. Ele também comentou recentemente as alegações de doping durante o torneio. "Eu estava lá. Não sabíamos nem o que era doping. Nem conhecíamos essa palavra."

    A declaração soa estranha, já que Beckenbauer foi sorteado para o teste de doping ao menos uma vez. Em sua edição de 18 de julho de 1966, a revista Der Spiegel relata que Beckenbauer e seu companheiro de equipe Siegfried Held tiveram que "urinar em tubos de ensaio" após o primeiro jogo.

    No sábado passado (10/08), Beckenbauer voltou a se contradizer, ao afirmar, num programa de debates na TV pública alemã ZDF que, quando jogador, recebia o que o médico chamava de "injeções de vitaminas", sem saber o que havia dentro. Poucos minutos antes, ele havia assegurado que, em seus 20 anos como jogador, nunca fora obrigado por técnicos ou dirigentes "a tomar algo que não soubesse o que era".

    Testes desde 1966

    Testes antidoping passaram a ser realizados em jogos de seleções nacionais a partir de 1966. No futebol alemão, no entanto, os dirigentes se recusaram a introduzir esses controles mesmo nos anos seguintes. "Temos documentos mostrando que o então secretário-geral da DFB [Hans Passlack] simplesmente comunicou à Confederação Alemã de Esportes (DSB), em 1979, que não iria cumprir suas determinações em se tratando de doping", afirma Eggers.

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  5. Harald Toni Schumacher

    Livro do goleiro Toni Schumacher revelou bastidores do doping no futebol, citando caso da Copa de 1986

    O livro do ex-goleiro Toni Schumacher, Anpfiff (apito inicial), foi o ponto de virada sobre o assunto, com suas revelações sobre os bastidores do futebol, incluindo casos de doping durante a Copa do Mundo de 1986. A publicação, em 1987, custou a Schumacher o emprego no clube em que jogava, o Colônia, e também o posto de goleiro da seleção alemã.

    Sob pressão da opinião pública, em 1988 a DFB decidiu se submeter às regras antidoping do Comitê Olímpico Internacional (COI) e começou a fazer controles em suas próprias competições.

    Somente em 1995 começaram os primeiros controles nos treinos. A partir da atual temporada, também o sangue dos profissionais vai ser controlado nos treinos, a cargo da Agência Nacional Antidoping da Alemanha (Nada, na sigla em alemão). Hormônios de crescimento ou doping sanguíneo só conseguem ser detectados por exame de sangue e não com amostras de urina.

    Uma cena do filme Deutschland. Ein Sommermärchen (Alemanha, um conto de fadas de verão", em tradução livre), sobre a Copa de 2006, na Alemanha, ilustra a pouca seriedade dada ao assunto doping no futebol do país até agora. Após uma partida, o jogador da seleção alemã Oliver Neuville é convocado ao controle de antidoping e se nega a urinar na frente do fiscal. "Na frente de alguém, eu não consigo", argumenta. O fiscal concorda em esperar pelo copo com urina do lado de fora da cabine, com a porta entreaberta. Nesta situação, Neuville poderia ter tido chance de manipular sua urina.

    Desde o início dos controles, houve 20 casos registrados de resultados positivos de testes antidoping, apesar dos falhos mecanismos de controle. Também internacionalmente, o futebol exibe diversos casos de emprego de doping.

    Estudo sobre doping esportivo na Alemanha omite detalhes e gera polêmica
    Jornal questiona versão divulgada pelo governo alemão, sem relatos de testemunhas e nomes de políticos envolvidos. Documento revela que uso de substâncias era feito de forma sistemática por atletas desde os anos 1950.

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    Respostas
    1. Tudo desculpas de mau perder, como se no teu clube nunca tivesse havido casos de doping!

      Recua no tempo e no principio deste século irás encontrar alguns!

      Olhas para o que se passa na casa dos outros, para que não se lembrem do que se tem passado dentro da tua casa!

      Já é tradição nos lampiursos, que de cada vez que se veem apertados, inventam casos nos outros, para não o serem sozinhos!

      Bando de corruptos! É um clube que apresenta vitorias e titulos inventados, mas depois tem o descaramento de apontar o dedo aos outros!

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