O reforço que está a chegar a Alvalade e a saída do plantel; Benfica tenta vender já avançado e não emprestar; Corona vai receber passaporte português para sair para Espanha

Não será nunca por questões relacionadas com o facto de ser extra-comunitário que Corona não vai rumar ao Sevilha. Apesar de ser verdade que os andaluzes têm as três vagas para jogadores de fora da comunidade europeia ocupadas, o mexicano do FC Porto já efetuou o pedido para receber passaporte português e, segundo o Record, tudo indica que o documento lhe chegue às mãos na próxima semana, ainda bem a tempo de fechar a mudança para Espanha.

No fundo, a transferência nunca esteve em risco de cair devido a esta questão, uma vez que a necessidade estava identificada por Corona e pelo seu representante e havia consciência de que, como já preenchia todos os requisitos para obter dupla nacionalidade, o processo de obtenção de passaporte português seria de rápida resolução. Aliás, a derradeira proposta do Sevilha – que convenceu os dragões a abrir via negocial – não teria sequer avançado se não houvesse possibilidade do jogador integrar o plantel como comunitário, visto que as três vagas extra-comunitárias estão ocupadas por dois jogadores intocáveis (Diego Carlos e Acuña) e por um reforço recém-contratado (Montiel). Não estivéssemos a falar de um clube que tem o experientíssimo Monchi como principal responsável pelas transferências.

Este avançar em força dos sevilhanos não é indiferente ao acordo fechado pela La Liga com o fundo de investimento CVC, que vai injetar cerca de 2,7 mil milhões de euros nos clubes. O Sevilha ganhou argumentos para convencer o FC Porto, faltando agora limar arestas para finalizar o negócio. Ao que tudo indica, os 3,5 por cento do passe que estão na posse de Corona não serão um entrave, com o jogador a estar disponível para abdicar dessa percentagem. 

No mesmo dia em que Luís Maximiano ficou a um pequeno passo de reforçar o Granada, os leões fizeram avançar os contactos com o Everton para a contratação de João Virgínia. É um guarda-redes na linha de Max, ou seja, de perfil jovem (ambos são internacionais sub-21), com grande margem de progressão e qualidade quanto baste para oferecer concorrência ao dono da baliza, Adán, e à terceira opção para o lugar, André Paulo. Nesta altura as conversas entre o Sporting e o Everton estão muito adiantadas e pendentes apenas de pormenores que serão ultrapassados durante a próxima semana, a par da mudança de Luís Maximiano para o Granada. Ligado ao Everton até 2024, depois de ter renovado contrato em setembro de 2020, Virgínia deverá reforçar os leões por empréstimo de uma época, com o Sporting a reservar uma opção de compra que poderá exercer no final da cedência. João Virgínia, de 21 anos, é natural de Algoz, no Algarve, região de onde saiu para representar o Benfica, nos escalões de formação. Após passagem pelo Seixal, onde esteve entre 2011 e 2015, o talentoso guarda-redes inaugurou um novo (e longo) capítulo da carreira em Inglaterra, primeiro no Arsenal e desde 2018 no Everton, com um empréstimo ao Reading pelo meio. Na última temporada, Virgínia era a alternativa de Carlo Ancelotti aos experientes Jordan Pickford e Robin Olsen. Participou em 3 jogos dos toffees, um deles a estreia na Premier League, em março, contra o Burnley.

Luís Maximiano está muito perto de colocar um ponto final numa relação de quase uma década com o Sporting. Segundo o Record, o Granada, emblema da 1.ª divisão espanhola, tem praticamente tudo acertado com os leões para a contratação de Max, que deverá ficar concluída no início da próxima semana.

Os andaluzes vão pagar 5 milhões de euros pelos direitos do guarda-redes, de 22 anos, suprindo uma lacuna no plantel desde a saída de Rui Silva, internacional A por Portugal, rumo ao Betis. Por estas horas, e segundo conseguimos apurar, restam apenas limar pequenas arestas, como a forma de pagamento; é, ainda assim, uma questão facilmente ultrapassável, esperando-se, por isso, que haja luz verde já segunda-feira.

Percebendo que o guardião é um ativo que ainda pode gerar mais-valias no futuro, os verdes e brancos também incluíram neste negócio uma percentagem numa futura venda, de 10%. Estas foram, recordamos, as bases de um pré-acordo que chegou a existir com os italianos da Udinese, em julho último, ainda que o processo não tenha avançado, optando o clube da Serie A por Marco Silvestri (Hellas Verona).

Vinícius para tentar vender. Carlos Vinícius está na porta de saída e os encarnados ainda não desistiram de trabalhar a venda imediata, ao invés das propostas que estão em cima da mesa para empréstimos com opção de compra. O empresário do jogador, Flávio Ribeiro, está em Lisboa para tentar agilizar também este processo, sendo que Eintracht Frankfürt, Nice e ainda um clube da Premier League estão interessados no goleador. Os alemães e os franceses já fizeram propostas para cedências com opção de compra no final da época, mas os encarnados, no limite, aceitariam se a compra fosse obrigatória dentro de um ano. Nesta altura, as águias exploram também a dita opção de Inglaterra, tentando que o negócio seja feito com encaixe financeiro imediato e não apenas em 2022.