Benfica forçado a encaixar 70M€...este mês; 700 mil euros a chegarem a Alvalade; Avançado é negócio improvável no Dragão; Os três 'problemas' de mercado FC Porto e ainda Tomás Esteves; William Carvalho não esperava título leonino

O mercado de transferências na Europa entrou no último mês e a SAD do FC Porto ainda tem alguns casos para resolver. A prioridade é reforçar a equipa de Sérgio Conceição e também realizar mais-valias com vendas, mas há ainda três jogadores que não entram nas contas do treinador e que continuam sem saber onde vão jogar em 2021/22. Nakajima, Ewerton e João Pedro são os três excedentários que começam a ver o tempo apertar já que a maioria dos campeonatos está prestes a arrancar.

O Portimonense pode ser a solução para Ewerton e João Pedro. O médio esteve no Japão, mas terminou a época nos algarvios - onde jogava antes de se transferir para o FC Porto - e estes já manifestaram a intenção de continuarem a contar com ele. A verdade é que está a treinar sozinho em Portimão desde que terminou as férias e continua sem receber indicações dos portistas, com quem tem apenas mais esta época de contrato. A rescisão não está, por isso, fora de hipótese.

João Pedro terminou a ligação ao Bahia em junho e nem sequer viajou para Portugal. Está a trabalhar no seu país enquanto aguarda que o empresário resolva a situação junto do FC Porto. Tem contrato até 2023.

Mais delicada é a situação de Nakajima. Por duas razões: o elevado investimento feito pela SAD - cerca de 12 milhões de euros por metade do passe - e por ainda estar a recuperar da uma intervenção cirúrgica depois de ter fraturado a tíbia e sofrido também uma rotura de ligamentos quando estava ao serviço do Al Ain, clube que não exerceu a opção de compra do seu passe. O extremo mantém-se no Japão em tratamentos, mas é provável que em breve regresse a Portugal para conversar com os responsáveis portistas.

Nakajima estava no Portimonense, saiu para o AlDuhail e poucos meses depois assinou por cinco temporadas pelo FC Porto. Na época passada fez nove jogos pelos portistas e dois pelo Al Ain, onde estava emprestado

Tomás Esteves: um caso diferente. No dossiê de saídas ainda há outro caso para resolver até ao fim do mês: Tomás Esteves. O lateral-direito, pelo qual já existiram conversas para rumar ao V. Guimarães, sem sucesso, ainda começou a pré-época no plantel principal, mas não seguiu para o estágio no Algarve e está, por enquanto, às ordens de António Folha na formação B. O defesa teve uma utilização regular nesta equipa, nos ensaios de pré-época, e por lá ficará se não houver outra solução. Chegou a ser associado ao Braga, mas o processo ainda não teve avanços significativos.

Colocado no radar do FC Porto para o ataque pela Imprensa mexicana, o processo de Alexis Vega seria de concretização improvável. O Chivas só detém 80% do passe do avançado de 23 anos e pretenderia mais do que os 10 milhões de euros falados. Os restantes 20% pertencem ao Toluca. Por seu turno, valores dessa ordem por Vega estão fora das intenções dos azuis e brancos, que só fariam um investimento assim por um jogador como Alfredo Morelos, garante O Jogo. O colombiano do Rangers continua a ser o preferido, mas é outro processo delicado.

700 mil euros a chegarem a Alvalade. O Sporting garantiu 20% de uma venda futura de Mama Baldé quando negociou, há dois anos, a troca do passe do extremo para o Dijon envolvido na compra de Rosier, e neste defeso os leões podem colher frutos dessa percentagem.
O Dijon desceu à Ligue 2 (França) e vendeu Mama Baldé ao Troyes, segundo o “LÉst éclair” por 3,5 M€, o que dá um encaixe de 700 mil euros.

William Carvalho não esperava título leonino. Na segunda parte de uma entrevista ao “Canal 11” que ontem foi para o ar, William Carvalho assumiu ter ficado surpreendido com o título de campeão conquistado pelo Sporting, clube onde despontou e de onde saiu em 2018.
“As probabilidades eram menores pelos milhões dos rivais. A equipa esteve bem e o Rúben [Amorim] também. Jogámos juntos na Seleção. Se achava que daria treinador? Não...”, atirou o médio do Betis.

O Benfica está forçado a encaixar 70 milhões de euros este mês para equilibrar as contas. Essa receita terá de ser garantida pela entrada na Champions (rende 36,3 M €) e pela venda de jogadores (nunca menos do que 34 M €), escreve o CM.
Face à despesa programada a SAD encarnada iniciou este verão com a noção de que precisava de 140M€ para assegurar a liquidez necessária para pagar as contas e para respeitar as regras do fair-play financeiro da UEFA, depois do rombo financeiro de 2020/21.
A parte da tesouraria, no curto prazo, ficou resolvida com o empréstimo obrigacionista de 35 M €. A nível contabilístico, o desequilíbrio entre receita e despesa começou a ser solucionado com a venda de seis jogadores considerados excedentários. Pedrinho (18 M €), Nuno Tavares (8 M €), Cervi (4 M €), Caio Lucas (2 M €), Krovinovic (1,5 M €) e Alfa Semedo (1,5 M €) já renderam 35 M €.
Quando ontem partiram para a Rússia, equipa técnica e jogadores sabiam da importância da 3ª pré-eliminatória de acesso à Champions. O confronto com o Spartak é só o primeiro de dois degraus da escada que leva à Champions. A entrada na fase de grupos vale 36,3 M €, uma vez que as águias são o 14º clube do ranking da UEFA há dez anos.
Falhar a liga a milionária implica assegurar a meta dos 70M€ só com a venda de jogadores, enfraquecendo o plantel.