Sporting desconfia de fraude no negócio João Mário. A 'guerra' vai começar; O alvo do Benfica para a defesa; Rui Costa projeta eleições e também entrar na corrida; Os milhões exigidos por Vinã e até onde o FC Porto vai; Zaidu intocável no Dragão

O reforço da lateral esquerda é mesmo para avançar no Dragão, mas isso não significa que Zaidu vá sair. Mesmo que as potencialidades de Matías Viña - é o preferido da SAD - despertem muitas expectativas, Sérgio Conceição sabe que é difícil que um sul-americano chegue ao futebol português e esteja imediatamente pronto para jogar. E é, essencialmente, por isso que o estatuto do nigeriano que chegou há um ano se mantém: Zaidu é intocável e o treinador não admite abrir mão dele.

Esta é a notícia atrelada a outros factos. Nas últimas semanas têm chegado sondagens do estrangeiro pelo lateral. Sem nada de concreto nos escritórios da SAD portista, a verdade é que há alguns clubes no estrangeiro a perguntar pelas condições para contratar Zaidu. Mas qualquer interesse terá de esperar... um ano. 

Dragão dá 7M€, Palmeiras quer 10 por Viña. As conversas entre FC Porto e Palmeiras para contratar Viña decorrem há muito tempo, mas não estarão assim tão próximas de terminarem. Aliás, escreve-se no Brasil que o lateral uruguaio estaria mais longe do dragão, pelo facto de o clube de Abel Ferreira não admitir baixar dos 10 milhões de euros pelos 57% do passe que detém. Ainda de acordo com a “TV Band”, o FC Porto só admite pagar sete milhões de euros. Nenhuma das partes parece disposta a ceder, pelo que o assunto se vai arrastando.

Aleix Vidal é o novo alvo do Benfica para reforço da lateral direita da defesa para a nova temporada. O internacional espanhol de 31 anos (faz 32 em agosto) está livre de qualquer compromisso, depois de ter rescindido no início do mês o último ano de contrato que possuía com o Sevilha, emblema que o havia adquirido ao Barcelona em 2018, pagando na altura cerca de nove milhões de euros pelo seu passe.

Já há contactos em curso com o jogador e respetivos agentes depois de, segundo foi possível apurar, Jorge Jesus e o departamento de scouting terem dado aval muito positivo à contratação de Aleix Vidal. O processo ainda está em marcha, sem garantia de ser concluído de forma favorável, mas há mais nomes listados caso o Benfica não chegue a acordo com o defesa catalão, sendo garantido que chegará ao Seixal até ao fecho do mercado um novo lateral-direito.

O Benfica redefiniu prioridades e depois de assegurada a contratação de João Mário, encarado como um médio de construção ou até um falso extremo, os responsáveis benfiquistas afundaram na lista de prioridades a contratação de um dianteiro para as alas e reavivaram a necessidade de vinda de um novo lateral-direito, sobretudo com capacidade para alinhar num esquema de três centrais e a fazer o corredor todo.

Isto quer dizer que a posição terá de levar um grande corte. Os jovens João Ferreira e Tomás Tavares serão para emprestar e o mesmo caminho poderá seguir Gilberto, restando os fixos Diogo Gonçalves e André Almeida, sendo que este último ainda deverá demorar algum tempo para recuperar fisicamente, por causa da lesão dos ligamentos do joelho direito que sofreu em outubro de 2020.

Rui Costa projeta eleições e também entrar na corrida. Assegurado o período em que o foco se encontra na estabilidade da SAD, em torno do empréstimo obrigacionista e no arranque da nova época desportiva, com a equipa a discutir a presença na Liga dos Campeões, o JN escreve que a atual liderança de Rui Costa projeta avançar com o dossiê de eleições antecipadas. Uma ideia que o atual número um avalia desde o início do novo contexto como forma de legitimar a liderança no clube, independentemente da identidade dos órgãos sociais.

Rui Costa, sabe o JN, sente-se preparado e com a ambição de entrar na corrida para pedir a aprovação dos sócios. No entanto, é provável que o cenário só seja avaliado abertamente em setembro ou outubro, momento julgado ideal para agendar uma data.

Hoje, os órgãos sociais efetuam uma reunião ordinária e vão certamente analisar a questão diretiva. Face ao momento sensível, é provável que surja uma mensagem política de união em torno da atual liderança. Mas não é de excluir que haja também quem deseje garantir já o agendamento de eleições.

Sporting desconfia de fraude no negócio João Mário. A 'guerra' vai começar. A notícia da rescisão de João Mário com o Inter reforçou a suspeita do Sporting em torno do negócio. Os leões fizeram questão de comunicar parte desta perplexidade ao clube italiano e a desconfiança cresceu de tom perante as informações de que o acordo que permitiu a saída do jogador a custo zero teria sido feito a coberto de uma alegada dívida dos nerazzurri ao empresário Federico Pastorello, ou seja, que o Inter terá abdicado de receber qualquer montante em troca da liquidação de uma quantia ao agente que representa João Mário.

Fonte do Sporting, contactada pelo Record, garante que nunca foi dada aos leões esta possibilidade, no que é encarado como um indício de má-fé. O Sporting fez uma proposta formal pelo internacional português que manteve até ao fim do processo e o Inter recusou-a liminarmente, pois exigia 7,5 milhões de euros. Como foi público, aliás, o Benfica terá aceitado pagar este montante, tendo Rui Costa e Rui Pedro Braz estado em Milão a negociar. Esta mudança súbita de abordagem, sobretudo a recusa de um encaixe financeiro para depois ser validada uma rescisão de contrato, levanta sérias reservas ao Sporting e, mais do que isso, a suspeita de que pode existir uma tentativa de fraude ou de negócio obscuro, recorrendo para isso à referida dívida ao empresário, de forma a desviar João Mário de Alvalade e contornar o direito de preferência que beneficiaria os verdes e brancos. As medidas vão endurecer, mas dependem ainda os próximos passos de João Mário, nomeadamente se assina de facto com o Benfica. Em qualquer dos cenários, o recurso à FIFA e ao TAS já está a ser preparado.