"Se fosse o Sporting para acabar a carreira era o clube perfeito"; Negócio Esgaio no fio na navalha. Mané já não conta. Alternativa joga numa das principais divisões europeias; FC Porto já sabe o valor de alvo para a defesa

Se o FC Porto decidir avançar por Giuseppe Pezzella, lateral-esquerdo do Parma, as negociações poderão ter como ponto de partida valores entre os seis e os sete milhões de número sem linha com a avaliação do portal “Transfermarkt”, especializado neste âmbito e foram, também, os avançados por diversos órgãos de comunicação social de Itália, nas últimas horas. Segundo O Jogo, já houve uma abordagem ao representante do jogador, para conhecer os requisitos de uma eventual transferência e, uma vez aprofundados, caberá ao FC Porto tomar uma decisão.

A favor dos dragões está o facto de o Parma ter sido despromovido ao segundo escalão do futebol e, por isso, estar mais recetivo a receber propostas. Além disso, um acordo entre os 6M€ e os 7M€ daria aos “gialloblu” um encaixe de valores ligeiramente superiores aos que investiu há um ano: pagou pouco mais do que cinco milhões de euros à Udinese, depois de ter recebido o lateral emprestado por meia época. O contrato com o Parma é válido até 2024.

Do outro lado, os dragões garantiriam um jogador ainda com boa margem de progressão – Pezzella faz 24 anos em novembro –, outro fator que agrada aos responsáveis do clube. “Peppino”, como é tratado pelos mais próximos, começa a afirmar o seu jogo e teve na última época a de maior utilização, pese os problemas físicos. Acumulou 1835 minutos, distribuídos por 24 jogos, nos quais fez um golo e quatro assistências. Com 1,87 metros, Pezzella sobressai pela capacidade física que emprega no jogo, sem deixar de se mostrar flexível a nível tático: adapta-se à lateral direita e a posições mais adiantadas nos corredores. Na última edição da Serie A, terminou com 69% de sucesso nos desarmes e aparenta não se dar mal com a bola nos pés, já que levou a melhor em 74% das tentativas de drible. O contexto coletivo não foi favorável, o Parma foi último classificado, mas o esquerdino, internacional pelas seleções jovens de Itália, está bem referenciado no seu país e... no FC Porto.

Negócio Esgaio no fio na navalha. Mané já não é alternativa. As últimas horas trouxeram contornos decisivos ao negócio que tem como objetivo a transferência de Ricardo Esgaio do Sp. Braga para o Sporting: depois de algumas cedências de parte a parte, a administração da SAD liderada por Frederico Varandas enviou à sociedade comandada por António Salvador o que vincou ser a derradeira proposta pelos serviços do lateral-direito, de 28 anos, de 5 milhões de euros.
Escreve o Record que, tal como foi sempre sua intenção neste processo, os leões não vão ultrapassar esta cifra para darem ao espanhol Porro um concorrente na ala destra, tendo inclusive já identificado uma alternativa que não Carlos Mané, do Rio Ave, na eventualidade de o negócio cair em definitivo.
Esse é um cenário que ganha cada vez mais força, uma vez que do outro lado, o arsenalista, não há sinais para baixar mais um preço que começou nos 10 milhões de euros (seriam 8 M€, pois 20% pertencem ao Sporting) e que ficou, na última cedência do presidente do Sp. Braga, nos 6 M€. Mesmo perante a necessidade de vender, os bracarenses jogam os seus dados num tabuleiro onde se pretende evitar episódios que se prolonguem no tempo, como o do ponta-de-lança Paulinho, mesmo que para isso se tenha de colocar um ponto final nas negociações. Recuando ao início deste processo, os leões decidiram avançar para Esgaio, identificado pelo técnico Rúben Amorim como prioridade rumo à próxima época, há pouco mais de um mês, iniciando as conversas nos 4 milhões, quando o Braga avaliava o passe do jogador nos 10 milhões (metade da cláusula, de 20 M€). Eram, então, na prática, 8 M€, dada a percentagem que o Sporting detinha dos direitos de Esgaio, já citada neste texto. Num segundo momento, o emblema minhoto baixou para os 6,5 milhões (por 80% do passe) e só recentemente deu os 6 M€ como a versão final. É certo que, neste momento, a concretização do negócio está à distância de 1 milhão de euros, mas também é verdade que nenhuma das partes parece disposta a ceder mais. Pelo que o negócio está... no fio da navalha.
O braço de ferro é notório, mas há vida para além de Esgaio: o Sp. Braga tem outras potenciais fontes de receita em carteira com mercado, como por exemplo o médio Al Musrati, e ficando o 47 não perde um dos capitães. Do lado do Sporting, há um futebolista que, no caso de este negócio falhar, também encaixa que nem uma luva no pretendido por Amorim. Ainda assim, vale a pena o último esforço, pois a vontade de Esgaio, já se sabe, é voltar a casa.

Mané fora e alternativa pronta. Na eventualidade de a transferência de Esgaio falhar, o Sporting tem já, apurou Record, uma alternativa em carteira pronta a avançar, mas esta já não passa por Carlos Mané, que concorria com o 47 bracarense na lista de compras, escreve o Record.
Este novo nome encaixa que nem uma luva naquilo que Rúben Amorim pretende rumo à próxima temporada e o Sporting tem já toda a informação que precisa caso tenha de avançar: joga numa das principais divisões europeias, tem um preço dentro do que os verdes e brancos consideram acessível e um salário que se enquadra na realidade da SAD. Uma das informações que já está na posse do Sporting é, justamente, o ordenado do jogador.
Mesmo sendo Esgaio a prioridade de Amorim para a ala direita, a administração sabe que não pode esperar, isto quando faltam cerca de duas semanas para o arranque da pré-temporada (dia 28), sendo certa a ausência de vários nomes, fruto das provas de seleções onde os atletas sportinguistas estiveram e estarão inseridos, do Euro sub-21 até à Copa América. Comparativamente a Mané, a alternativa encontrada agora para Ricardo Esgaio é, apesar de mais dispendiosa, uma peça com melhor encaixe na ideia de jogo dos leões. E uma oportunidade de mercado que não existia há duas semanas...

"Seria um orgulho acabar no Sporting". Nani continua a acompanhar, desde o Estados Unidos, toda a atualidade leonina e não esconde que terminar a carreira em Alvalade seria um orgulho.
"Nunca escondi isso. Sempre disse que essa era uma hipótese em cima da mesa, e foi por essas razões que voltei sempre ao Sporting – e isso já aconteceu duas vezes –, porque é o clube que me fez voar e que me abriu as portas para o mundo do futebol profissional. Tenho muita gratidão ao Sporting, é um clube que mexe comigo e por quem tenho um carinho muito especial. Sei que os adeptos também sentem um carinho muito especial por mim. Por isso é um clube que sempre falei que iria voltar, que não me importava nunca de terminar a minha carreira em Alvalade. Aliás, foi por essas razões que sempre que houve uma oportunidade de voltar, eu voltei. Se sinte que há condições para isso neste momento? Nós nunca sabemos o nosso futuro, porque ele nunca depende só de nós. Não posso dizer que vou terminar a minha carreira em Alvalade e isso acontecer de repente. Tem de haver uma oportunidade para isso. Se tem de haver uma conjugação de vontades? Exatamente! Tudo tem de fazer sentido, mas com toda a certeza iria com muito orgulho, e se fosse o Sporting para acabar a carreira era o clube perfeito", disse em entrevista ao Record.