08 maio 2021

“Não estou a ver o Benfica empatar com o FC Porto, perder com o Sporting, perder a Taça e ficar tudo parado”. Houve uma “encenação” de um “filme” que não se viu no Benfica; Novo 'ataque' de mercado à Luz prometido

O futebolista argentino Franco Cervi, do Benfica, é uma das prioridades do Celta de Vigo para o reforçar o plantel na época 2021/22, confirmou esta sexta-feira o presidente do atual 10.º classificado da Liga espanhola.
"Continuamos a negociar por ele, porque é um jogador que o treinador, a direção e administração apreciam. Queremos o jogador, agora precisamos dar novos passos para fechar a operação. E é nesse ponto que estamos, gostaríamos de ter o Cervi", admitiu o presidente Carlos Mouriño, à comunicação social espanhola.
No último mercado de transferências, Cervi, de 26 anos, esteve perto de rumar à Galiza, mas acabou por permanecer no Benfica e continuar a ser pouco utilizado, contabilizando apenas 20 jogos na presente época, oito dos quais a titular.

Houve uma “encenação” de um “filme” que não se viu no Benfica. A antiga glória encarnada analisa a temporada do Benfica, uma depois do empate do clássico, e manifesta desilusão. Entre as promessas de um “filme fantástico” e a realidade, verifica-se uma grande diferença, segundo João Alves, que entende que esta realidade deve levar a uma reflexão profunda, por parte da direção de Luís Filipe Vieira, mesmo que a época termine com a conquista da Taça de Portugal. 
"Não haja dúvidas de que, se o Benfica ganhar a Taça, acaba em beleza. Mas, com tudo o que se encenou... E esse é o problema: houve uma grande encenação para um filme fantástico, cheio de estrelas, uma longa-metragem, e isso não vai acontecer. É um filme completamente diferente e que começou mal. Ganhar a Taça de Portugal é o mínimo dos mínimos”, defendeu João Alves, no programa Grande Área, da RTP3.
O antigo futebolista lembra que a temporada começou mal. E apesar dos “belíssimos jogadores” que o clube da Luz tem no plantel, a qualidade do futebol nunca convenceu. Sobretudo aos olhos dos adeptos do Benfica, que não estão habituados a tão pouco. 
“Quem é do futebol vê que houve sempre muitas dúvidas durante toda a época. O Benfica demorou muito tempo até chegar lá e não atingiu o nível que a malta do Benfica quer. As gentes do Benfica estão habituadas a mais e a melhores resultados”, salienta. 
João Alves compreende que “há épocas que são mais complicadas” – em particular a presente temporada, marcada pela pandemia –, mas considera também que essa justificação foi usada de forma abusiva. “Não vou dizer que a questão da covid-19 não possa ter prejudicado, mas foi abusivamente usada como argumento pela falta de rendimento do Benfica”, defende. 
Recorde-se que Jorge Jesus apresenta esse facto como a razão para o ‘incumprimento das duas promessas’, aquando da sua apresentação, em que falou num Benfica avassalador. Não foi isso que sucedeu. O objetivo do título falhou, a presença na Champions da próxima temporada não está garantida e, nesse sentido, há que repensar o futuro. 
“É preciso que toda a gente do Benfica faça um ato de contrição, que se sentem a uma mesa, que digam o que falhou, o que querem e definir qual é o caminho”, diz João Alves, até porque, lembra, “o Benfica, em termos financeiros, vai ter problemas”. “Não tenhamos a menor dúvida”, sublinha.
Num olhar para o futuro – o imediato, com as restantes jornadas do campeonato e a final da Taça de Portugal, e o mais distante, com a próxima época –, João Alves espera ver a longa-metragem prometida. E se assim for, que se tomem medidas.
“Não estou a ver o Benfica a empatar com o FC Porto, a perder com o Sporting, a perder a Taça de Portugal e ficar tudo parado, a ver qual vai ser o segundo filme...”, conclui. 

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