13 maio 2021

Festa leonina arrasada lá fora: "A imagem que teme o futebol europeu"; "Vamos andando, vendo e rindo neste campeonato que é uma mentira pura"; Administrador do Benfica e a SuperLiga: "Não se pode simplesmente dizer que é uma vergonha"

Os clubes portugueses precisam de se aproximarem nos próximos meses e trabalhar em conjunto para ultrapassarem os prejuízos causados ao futebol português pela pandemia de covid-19, considerou, esta quarta-feira, o administrador da Benfica SAD, Domingos Soares de Oliveira.
"Os clubes têm de trabalhar muito mais juntos. Por várias questões, até questões de personalidades, os clubes têm dificuldade em cooperar", lançou o responsável durante a conferência Sports Talks, organizada pela Nova School of Business & Economics (Nova SBE).
Segundo Soares de Oliveira, esse esforço de aproximação é ainda mais importante "agora, depois do impacto da pandemia, que foi sentida por todos, uns mais do que outros, mas que atingiu todos", pelo que é necessário "trabalhar em conjunto para proteger o investimento desta indústria".
Questionado sobre o projeto falhado da Superliga europeia, o dirigente "encarnado" realçou que "o Benfica é completamente contra esta Superliga, que foi preparada sem que o resto da indústria soubesse do que estava a acontecer", acrescentando que "não foram 12 iluminados que apareceram com uma solução" viável para o futebol europeu.
Soares de Oliveira sublinhou que "o projeto da Superliga está em discussão há mais de 20 anos, não é novo", mas que "havia uma discussão aberta no seio da Associação Europeia de Clubes (ECA), em conjunto com a UEFA".
Ainda assim, o responsável vincou que "não se pode simplesmente dizer que [o projeto da Superliga] é uma vergonha, há que perceber qual é o "mindset' dos proprietários dos clubes", realçando que "muitos são americanos" e que "para eles o que é importante é olhar para o negócio, e não tanto para o lado desportivo".
Guilherme Müller, diretor geral da Estoril Praia SAD, e Tiago Lopes, presidente executivo do Casa Pia, também participaram neste debate promovido pela Nova SBE.

"Vamos andando, vendo e rindo neste campeonato que é uma mentira pura". O Benfica venceu o Nacional por 3-1 mas não se livrou de um susto dado que esteve a perder e só na etapa final é que conseguiu dar a volta ao marcador, quando Jorge Jesus colocou os 'pesos pesados' do plantel e um jovem Gonçalo Ramos que vai mostrado serviço em frente à baliza. Mas a arbitragem de Rui Costa, árbitro do encontro e que, curiosamente, já tinha apitado o jogo entre Benfica e Nacional, na Luz, voltou a ser muito contestada pelas águias.
Na emissão da Benfica TV, o ex-árbitro da I Liga António Rola deu voz à contestação das águias relativamente ao trabalho de um árbitro sem "gabarito" para apitar na I Liga. "Mais uma vez não sei o critério do Conselho de Arbitragem para as nomeações dos árbitros. Vamos indo, vamos andando, vendo e rindo neste campeonato que é uma mentira pura", comentou António Rola, destacando que "fica sempre difícil" falar do juiz da Associação de Futebol do Porto.
"Mais uma vez esteve ao seu nível. Não é um árbitro que possa dar garantias de arbitragens de grande qualidade mas, na verdade, penso que é dos árbitros com mais jogos na I Liga e tem sempre uma classificação positiva o que realmente não sei o porquê. O futebol é assim."
Jorge Jesus, técnico do clube da Luz, teceu duras críticas ao videoárbitro do encontro que, entre outras decisões mais polémicas, indicou ao árbitro para visionar o lance do golo de Nuno Tavares, que na altura daria o empate a uma bola, mas o tento foi invalidado.
"A interpretação do VAR tem de mudar, tem de atuar no máximo nas últimas três decisões do jogo, não pode haver um lance na grande área contrária e depois volta-se atrás porque houve ali uma falta. Não protege o futebol, não protege o jogo, o espetáculo, nada, zero", criticou Jorge Jesus.
E esse lance também foi comentado pelo ex-árbitro. "O Jorge Jesus tinha dito que estes golos não podem ser anulados. Houve uma série de possibilidades dos jogadores do Nacional cortarem a jogada. O árbitro entendeu que havia falta de Lucas Veríssimo e anulou o jogo."
E António Rola prosseguiu no tom crítico sobre as decisões do seu ex-colega de profissão. "Rui Costa tem sempre uma missão de tudo que seja a favor do Benfica é analisado ao pormenor e de preferência anular os golos ao Benfica".
Em relação a um lance em que o jogador do Nacional Vigário tocou a bola com o braço, António Rola diz que não entende como não é assinalada a falta para pontapé da marca da grande penalidade.
"É um penálti indiscutível. O jogador não protegeu a cara nem outra coisa. Não deixou a bola passar com os braços. O do Licá [no FC Porto-Farense] é que foi bem decidido." E para Rola não ficam dúvidas a respeito do trabalho de Rui Costa.
"Para Rui Costa fica sempre difícil sancionar pontapé de penálti a favor do Benfica", afirmou o ex-árbitro, acrescentando que o juiz da Associação de Futebol do Porto "já fez o ano passado com lances incríveis e nesta época". "Este ano o Marega deu um pontapé num jogador do Marítimo e marcou penálti para o FC Porto". António Rola defendeu ainda que "ninguém pode contestar" aquilo que diz pois estava a relatar "factos". 
Para o dérbi do próximo sábado entre Benfica e Sporting, o ex-árbitro acredita que o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol poderá colocar João Pinheiro.

Festa leonina arrasada lá fora: "A imagem que teme o futebol europeu". Numa terça-feira marcada pela consagração do Sporting, como novo campeão nacional, também não passou despercebido na imprensa internacional os desacatos entre adeptos e polícia nas principais artérias da capital portuguesa.
Os vários ajuntamentos que se assistiram entre as imediações do estádio de Alvalade e o Marquês de Pombal também mereceram duros reparos lá fora.


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