Em 2001/02, sob o comando de Laszlo Bölöni, o Sporting conquistava o segundo título em três épocas. Desde então, um longo jejum leonino, que pode estar perto de se encerrar. E 19 anos depois dessa conquista, João Vieira Pinto viaja por essas memórias, num testemunho feito no canal 11. O antigo internacional português recorda as virtudes do seu colega de ataque.
“O Jardel é um caso ímpar. Acho que nunca vi ninguém como ele. Nós falávamos todos, uns com os outros, no balneário, e dizíamos: é impressionante, ele está parado e a bola vai ter com ele’. Golo? Quem foi? O Jardel. A malta pensava: este gajo é impressionante”, recorda João Vieira Pinto, no programa Sagrado Balneário, apresentado por António Carraça e por Toni.
“Num jogo com o Gil Vicente, há uma bola bombeada para a área e o guarda-redes prepara-se para agarrar a bola. Nós já tínhamos virado as costas ao lance, para recuperar posição. O guarda-redes larga a bola e quem marca golo? O Jardel. Foi o único que acreditou no lance”, lembra.
João Vieira Pinto lembra os treinos e lances em que, por culpa do guarda-redes ou dos postes, ninguém conseguia marcar. Exceto Jardel, com o seu dom de estar sempre no lugar certo, à hora certa. “Era incrível. Tinha de ser sempre ele a fazer golo”, recorda.
Um prodígio na área, a voar entre os centrais, Super Mário tinha, no entanto, outros atributos. “Ele fazia grandes golos e não era só com a cabeça. Fazia também com os dois pés. Eu acho que ele nem tinha a noção, por vezes, da responsabilidade do próprio jogo”, conta João Pinto, enfatizando o modo como a arte se sobrepunha à frieza, nos momentos em que o avançado tem de ser mais frio, procurar a eficácia, e não o grande golo.
Jardel procurava o grande golo, contra qualquer adversário, em qualquer jogo, em qualquer cenário. “Ele não era assim tão tosco quanto se dizia”, assinala João Vieira Pinto, que termina este testemunho com poesia. “De cabeça, ele rematava como se fosse com o pé. A bola vinha morta e ele rematava como se fosse com o pé. Até o barulho da bola a sair da cabeça dele era diferente”, diz o antigo futebolista.
"Benfica já tem moral nas lonas há muito. Covid-19 é narrativa montada". A oposição a Luís Filipe Vieira não entende como é que a estrutura continua a dar como desculpa para os desaires nesta temporada a pandemia de covid-19. Pedro Ribeiro, que foi candidato a vice-presidente na lista de Noronha Lopes, diz que já se nota que a equipa de comunicação está a trabalhar já para as justificações de final de época em relação à campanha encarnada em 2020/21. "A covid é a narrativa montada pelo Benfica para explicar a má época", lamentou Pedro Ribeiro.
O conhecido adepto e ex-candidato a dirigente benfiquista critica que esta seja a forma encontrada pela comunicação da Luz e lamenta que, a ser assim, as coisas possam começar a ficar comprometidas para a próxima temporada. "Quando perguntarem à estrutura as razões para a época ter corrido dramaticamente mal, tendo em conta o nível de investimento recorde, a narrativa será a covid-19 como se a covid-19 fosse uma realidade entre o Seixal e a Luz", salientou, dizendo que prosseguir com esta ideia irá condicionar as reflexões internas.
"Justificar com a covid-19 não me parece. Mas percebo porque semana após semana esta narrativa vem à baila. Se para dentro a narrativa para explicar o que aconteceu for esta o Benfica parte em desvantagem para o próximo campeonato porque não percebeu nada do que aconteceu e não tirou ilações. É preciso humildade para perceber aquilo em que se errou", aconselhou Pedro Ribeiro, ele que tem sido um dos rostos mediáticos de oposição às políticas de Luís Filipe Vieira.
Em declarações na TVI 24, Pedro Ribeiro salientou que "o Benfica já tem moral nas lonas há muito tempo" e não percebe como Jorge Jesus continua a querer passar para os associados a ideia de que os resultados das águias se explicam tendo por base a pandemia.
"Como se as outras equipas não tivessem de lidar com a covid-19 e como se algumas das maiores derrotas tivessem acontecido em alturas em que a covid-19 não era questão como isso. Quando o Benfica levou três no Bessa do Boavista ou na semana passada quando perdeu com o Gil Vicente a covid-19 estava em fora de jogo", lembrou Pedro Ribeiro.
O conhecido adepto explicou ainda que a seguir esta linha de pensamento o Benfica revela que "não aprendeu nada com o que lhe aconteceu". E isso preocupa-o. "A época ainda não acabou e no que falta jogar é possível que apareça um ou outro surto de covid-19 no Benfica. Isto não acabou", salientou Pedro Ribeiro.
O internacional português, que se encontra emprestado pelo FC Porto aos vice-campeões europeus em título até ao final da presente temporada, assumiu que os primeiros tempos no Parque dos Príncipes não foram fáceis, mas garantiu que já está totalmente adaptado.
"Aconteceu tudo muito rápido, e cheguei no meio de um período intenso, com o campeonato já iniciado e a equipa a precisar de jogar um grande número de jogos. Entre esses jogos, tivemos a partida da Liga dos Campeões contra o Manchester United, que não correu muito bem...", começou por dizer.
"Foi o meu primeiro jogo aqui. Perdemos, e é claro que não foi uma boa estreia, mas fiquei feliz por ter tido a oportunidade de jogar. Foi o meu primeiro contacto com a equipa dentro de campo. Fora de campo, a equipa recebeu-me muito bem, e isso deixou-me muito feliz", acrescentou.
Danilo Pereira deixou, ainda, uma mensagem de agradecimento a Mauricio Pochettino: "Tem-me ajudado muito, também, explicando aquilo que espera de mim, tanto enquanto jogador como enquanto homem. Hoje em dia, sinto-me muito mais confiante quando jogo na defesa".
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