“Não é um clube europeu de primeiro nível, mas é uma equipa muito organizada, que se move de forma harmoniosa. Sai sempre a jogar com a bola dominada, tem criativos e jogadores técnicos e funcionais para a ideia de futebol que querem praticar. Além disso, mostrou muita motivação e coragem”, afirmou o antigo treinador, de 74 anos, afastado dos bancos desde 2001 - o Parma, onde jogava Conceição, foi a sua última equipa. Sacchi referiu ainda que o “futebol português está a crescer” e que tem no “entretenimento e bem jogar componentes essenciais”. “Em Itália é, por norma, um desporto mais individualizado e defensivo”, sustentou.
Dívida por André agravada. Juros, taxas e valores corrigidos em função dos câmbios atuais fizeram subir para 1,13 milhões de euros a dívida do Sport Recife ao Sporting pelo avançado André. A FIFA condenou o clube brasileiro a pagar 907,5 mil euros, relativos à transferência realizada em 2017. A informação sobre o agravamento da fatura foi revelada no Twitter pelo próprio presidente do Sport Recife, Milton Bivar. “As broncas financeiras continuam, vide o débito com o Sporting que passa de 7,5 milhões de reais”, escreveu o dirigente, naquela rede social, na sequência do afastamento da equipa da Taça do Brasil. Como Record noticiou ontem, o Sport Recife retomou contacto com o Sporting no sentido de tentar regularizar a dívida. Um acordo pode ser alcançado esta semana. O emblema de Pernambuco está impedido de inscrever reforços e pode perder 6 pontos na Série A do Brasileirão.
"Voltar ao Sporting? É uma vontade que continua intacta. Não sei como...". Seja ainda como jogador ou no futuro com quaisquer outras funções, Adrien Silva diz-se sempre disponível para ajudar o clube do coração que espera ver este ano sagrar-se campeão finalmente. Falar do Sporting é algo que Adrien faz com satisfação, sobretudo porque sente que o pior já passou e que pode estar para breve a conquista do campeonato há muito desejado. Leia algumas das respostas do internacional português na entrevista ao jornal O Jogo.
Falou-se do seu eventual regresso a Portugal, mas continuou no exterior. Era o que queria?
—Procurava principalmente voltar a ser feliz e a ter regularidade no meu jogo para ser mais uma opção para representar a Seleção. O objetivo na minha decisão era esse. Passou-me pela cabeça voltar a Portugal, tal como ir para outros países. Tive de decidir e estou a conhecer outro campeonato, o que me deixa ainda mais feliz. Tive sorte de competir noutra grande liga.
É verdade que teve a hipótese de regressar ao Sporting e que rejeitou qualquer negociação com o Benfica?
—[Risos] Cada um interpreta as palavras da forma que gosta e às vezes metem-nos palavras na boca. Faz parte. É a vida. A única coisa que posso dizer é que não houve a possibilidade de voltar a Portugal. Não houve nenhuma oferta. Não houve nada de real. Sempre deixei a porta aberta para voltar ao Sporting com toda a naturalidade, por tudo o que o clube representa para mim. Não vale a pena estar aqui com grandes conversas. O meu histórico fala por mim.
Acha que as pessoas têm a verdadeira noção da sua ligação ao clube? Sente que a sua conversa é mais dentro de campo e não transmite muito esse laço?
—Acho que as pessoas não têm mesmo noção do que o Sporting significa para mim, para os meus pais, para o meu irmão, para a minha mulher e agora para os meus filhos. Passa de geração para geração. Aquilo que eu vivi... Se calhar, de facto, nem sempre o transmiti por palavras, mas transmiti sempre dentro de campo, desde os 12 anos. Sempre que entrei em campo demonstrei o que representava para mim aquele clube, mas no futebol as pessoas lembrarem-se de tudo... É preciso demonstrar diariamente.
Como tem acompanhado a Liga portuguesa? Também está surpreendido com a liderança do Sporting?
—Vamos ser sinceros: ninguém sabia o que esperar do Sporting. Recomeçou do zero, com um grupo novo, um treinador novo. Ninguém esperava isto. Fico surpreendido, mas muito feliz por vê-los na frente com tantos pontos de avanço para o segundo. Muito feliz por conseguir ver o meu Sporting na frente. Que continue assim até ao fim. Sente-se uma alegria e ao mesmo tempo uma mentalidade vencedora incutida. Respira-se bem no balneário e vejo isso com muito agrado. Fico feliz pelas pessoas com quem falo do clube. Não falo só de jogadores. Falo da Direção, da equipa médica... Espero que continue assim até ao fim.
Como tem visto o trabalho de Rúben Amorim?
—Não o conheço assim tão bem para comentar o que quer que seja. Convivi algumas vezes com ele como jogador. Como treinador e líder, não o conhecia, mas está a surpreender tudo e todos pela positiva. Mas não o conheço assim tão bem como treinador ou partilhei ideias com ele.
Para quem jogou aquela época em que o Sporting esteve tão perto de ser campeão (2015/16), que conselho dá a esta equipa?
—Fico contente, como disse, e respira-se bem no balneário. É algo que naquela altura não era tão positivo nesta fase do campeonato. Esse é um fator que pode ajudar esta equipa, que joga com muita tranquilidade e com muita confiança. Essa época foi bastante difícil de ultrapassar. O nunca ter sido capaz de ser campeão, não passa de uma semana para outra.
Ainda se recorda do momento do Bryan Ruiz no jogo contra o Benfica?
—Sim, infelizmente, mas não podemos atirar a culpa para um jogador ou um lance. Houve outros fatores que também não ajudaram...
Que outros fatores?
—Tínhamos muitos pontos de avanço que perdemos com facilidade... Recordo-me de um jogo contra o Tondela em casa que foi crucial, mas não quero reviver esses momentos. Foram intensos, mas acabaram mal. “Aliviado por o clube ter virado uma página negra”
Do lado de fora, Adrien espera que o Sporting ultrapasse de vez problemas recentes. Mas, enquanto adepto, qual o sentimento por ver o ressurgimento desportivo do Sporting? Há três anos, temia-se que o clube estava a seguir por um caminho sem retorno, principalmente no momento do ataque à Academia...
—Sinto um grande alívio por o clube ter virado uma página que foi negra para o Sporting e para o futebol. Fico muito satisfeito por isso. Foram momentos muito, muito negativos, mas se este ano ganharem ninguém se vai lembrar disso. Espero que seja sempre a subir daí em diante.
Ainda pensa voltar ao Sporting?
—É uma vontade que continua intacta. Não sei como. Se como jogador, treinador, preparador-físico, dirigente... [risos]. Não sei. Mas estarei sempre preparado para voltar e ajudar o meu clube, que é o Sporting.
Diz que está pronto a ajudar o Sporting no futuro, já pensa no pós-futebol?
—Disse isso no sentido de ajudar o clube de alguma forma. Penso nisso porque gosto de perceber quais os caminhos que vou querer levar depois. Gosto da componente de treinador, mas por enquanto não com muita seriedade. Sinto-me bem fisicamente e não preciso de preparar já a minha saída como jogador.
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