Vlachodimos quer abandonar o Benfica; Cervi rejeita nova proposta para sair da Luz; Benfica quer julgamento dos emails em...Lisboa

O Benfica quer que Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, Júlio Magalhães, antigo diretor do Porto Canal, e Diogo Faria, comentador daquele canal, sejam julgados em Lisboa pela divulgação dos emails dos encarnados, escreve o CM. A instrução do processo foi marcada para 17 de março, em Matosinhos, mas continua pendente um recurso que contesta a competência territorial daquela comarca (onde está situada a sede do Porto Canal).

A argumentação do Benfica é simples. Os crimes foram cometidos no Norte do País, mas os danos foram efetivados em Lisboa, no Benfica, que foi o alvo da violação da correspondência. Francisco J. Marques responde por seis crimes de violação de correspondência, um crime de acesso indevido e seis crimes de ofensa à pessoa coletiva. Diogo Faria responde por três crimes e Júlio Magalhães por oito: três de violação de correspondência e cinco de ofensa a pessoa coletiva.

Em causa estão os sucessivos programas naquele canal de televisão, em que foram divulgados emails dos encarnados. A acusação diz que muitos dos conteúdos foram manipulados e que serviam uma estratégia montada pelos azuis-e-brancos, para criar a convicção de que tinham provas de que os rivais eram corruptos.

O FC Porto contesta e diz que não foram cometidos crimes. Quando à violação da correspondência argumenta que os emails já tinham sido abertos, portanto não houve qualquer ilícito criminal. Os azuis-e-brancos pedem que o processo seja arquivado contra todos os arguidos.

Vlachodimos quer abandonar o Benfica. Muito elogiado pela evolução e forma como, em vários períodos de águia ao peito, salvou inúmeras vezes a equipa, Vlachodimos tem agora o futuro em suspenso. Aliás, segundo O Jogo, o guardião não encaixou ainda a decisão de Jorge Jesus em afastá-lo da titularidade e lamenta que, com o estatuto de suplente, venha a perder o comboio que poderia ter como destino a estação de Dortmund, dado que o ex-clube de Weigl estava a olhar com muita atenção para o camisola 99 das águias.

Agora com 119 jogos pelo Benfica, o guarda-redes de 26 anos sente-se injustiçado e no fim da linha, por considerar que Jorge Jesus continuará a dar prioridade a Helton Leite. Deste modo, o internacional grego, que vê em perigo até futuras chamadas à sua seleção, acredita que a melhor solução seria deixar os encarnados. Sem ser titular, vê esfumar-se a possibilidade Dortmund, clube que tinha previsto desenvolver contactos no sentido de avaliar a possibilidade de contratar o guardião das águias, mas que adiou este alvo após este ter perdido a titularidade.

Vlachodimos, que custou às águias 2,4 milhões de euros e tem contrato até 2024, espera que possa surgir outro destino no seu caminho, sendo certo, porém, que o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, não irá facilitar a saída por valores inferiores a 15 milhões de euros, fasquia elevada para um jogador que agora é suplente.

Segundo o diário, Jorge Jesus não perdoou ainda o erro do guardião que contribuiu para a derrota do Benfica no último dérbi com o Sporting (1-0), por ter desfeito para a frente um cruzamento e deixado a bola ao alcance da cabeça de Matheus Nunes, aos 90’+2’. Vlachodimos ainda foi titular no empate com o V. Guimarães e no triunfo sobre o Famalicão, não tendo sofrido golos, sendo relegado para o banco na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, com o Estoril.

Cervi rejeita nova proposta para sair da Luz. Franco Cervi foi um dos jogadores indicados por Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, para reforçar o clube brasileiro, campeão da Taça Libertadores. O extremo argentino dos encarnados, todavia, recusou mudar-se para o Brasil e rejeitou jogar no Palmeiras, escreve A Bola.

O Palmeiras está no mercado à procura de reforços para reconstruir o plantel, e identificou dois jogadores em Portugal que agradaram ao treinador português: Cervi e Otávio, médio do FC Porto, em final de contrato com os dragões. Em relação a Cervi, o jogador entendeu que regressar à América do Sul nesta fase da carreira não era o desafio que desejava, sobretudo depois da hipótese de rumar ao Celta em janeiro.