25 março 2021

Mais uma ´pérola´ que será aposta de Amorim na próxima época; Benfica posiciona-se por Diego Costa; Chelsea aponta a Corona que vê cláusula a descer para 25M€ até julho (volta depois para 40); Empresário de Marega confirma que não consegue viajar e que quer negociar cara a cara

Consumada a renovação de Otávio, já depois de Pepe e Sérgio Oliveira terem feito o mesmo na parte final de 2020, restam dois casos mais delicados no núcleo duro do FC Porto: Moussa Marega e Tecatito Corona. O maliano termina contrato no final desta época, enquanto o mexicano é um dos jogadores cujo vínculo expira em 2022, mas, além de a sua cotação no mercado ser mais alta, o valor da cláusula de rescisão oscila consoante o momento do ano.
Vamos por partes. O caso de Marega é, evidentemente, o mais urgente. Restam 97 dias para ser um jogador livre no mercado, embora já possa, desde janeiro, negociar a transferência para qualquer outro clube. Na recente entrevista que deu ao Porto Canal, Pinto da Costa manifestou a vontade de prolongara ligação como avançado, mas a negociação estava dependente da disponibilidade de o empresário se deslocar ao Porto, algo que tem sido difícil face às restrições da pandemia. Contactado pelo jornal O Jogo, Aziz Ben Aissa disse não estar em Portugal, ao contrário do que se veiculou nos últimos dias. “Infelizmente, não posso viajar até ao Porto, espero fazê-lo em breve. A culpa é do confinamento em França”, explicou o representante de Marega, determinado a tratar deste assunto pessoalmente: “Ainda não falámos sobre a renovação. Por telefone? Não, não, preferimos cara a cara, é melhor.” Relativamente às intenções do avançado, Aziz não levantou o véu. “Vou responder à sua pergunta depois do meu encontro com os dirigentes do FC Porto. Não quero confusões, portanto, farei comentários apenas após a minha reunião como FC Porto ”, vincou o empresário. O Fenerbahçe, da Turquia, é o clube que mais vezes tem sido associado ao camisola 11.
Agora, Corona. De acordo com o diário, o atacante verá a cláusula de rescisão descer para 25 milhões de euros até ao início da pré-época, em julho, altura na qual retorna a 40M€. Na prática, este mecanismo, introduzido aquando da última renovação de contrato, em março de 2019, pode facilitar uma eventual transferência num momento ainda prematuro do defeso, mas protege o clube face à possibilidade de perder um jogador numa fase mais adiantada e, por isso, mais difícil para assegurar um substituto. Esta alínea já esteve em vigor na transição para a última época, mas com a cláusula a descer até aos 30M€. Ontem o jogador foi associado por meios de comunicação latinos ao Chelsea, depois da página “Sport Witness”, que se dedica a rumores de transferências, o ter noticiado. Pelo contrário, em Portugal foi avançado que haveria negociações a decorrer em bom ritmo para a renovação do contrato com os dragões, mas tal não corresponde à verdade, avança o diário.
Sublinhe-se que o FC Porto detém 66,5% do passe de Tecatito e que o Twente, anterior clube, tem direito a 30% de uma futura venda. O jogador pertence ao quarteto que acompanha Sérgio Conceição 2017/18. Sérgio Oliveira, Otávio e Marega são os outros.

Benfica posiciona-se por Diego Costa. A pista não é nova mas tem ganho contornos intensos nas últimas semanas: Diego Costa, avançado brasileiro de 32 anos, e Benfica mostram-se disponíveis para ouvir os argumentos de cada um dos lados e tentar conciliar interesses. Que é como quem diz, tentar uma plataforma de entendimento que permita ao jogador voltar a competir na próxima temporada. E nesse sentido está previsto encontro, nos próximos dias, para tentar chegar a esse entendimento.
Atualmente sem clube, depois de ter cessado em dezembro a ligação com o Atl. Madrid, Diego Costa, brasileiro nacionalizado espanhol e por isso internacional por Espanha (24 jogos, dez golos), é nome atraente no mercado de transferências atendendo à situação em que se encontra, a custo zero, ainda que exigindo prémio de assinatura. A experiência ao mais alto nível, tanto em clubes como na seleção, permite-lhe encaixar num clube com ambições na alta roda europeia. E é aqui que entra o emblema encarnado.
O nome de Diego Costa foi colocado em cima da mesa da SAD benfiquista no último verão, por intermédio de Jorge Mendes, que representa o avançado. Na altura ainda com contrato com o Atlético de Madrid, mas já com a garantia de que os colchoneros o autorizariam a sair a custo zero caso surgisse proposta atrativa. O Benfica ainda estudou a viabilidade do negócio, mas o sonho na altura chamava-se Edinson Cavani e o arrastar de negociações com o uruguaio acabou por não permitir evolução no caso de Diego Costa, para mais depois do balde de água fria que foi a não entrada na Liga dos Campeões. Mas os números que o jogador exigia na altura, cerca de €6 milhões de salário anual, não deixaram os encarnados tentados a avançar.
De sonho então irreal, a situação pode ter, entretanto, conhecido desenvolvimentos. Agora sem clube e desejoso de voltar à ribalta, o jogador aceita negociar por valores mais baixos. Ontem em Espanha o jornal Mundo Deportivo dava conta de que Benfica e jogador já se teriam entendido, algo que o jornal A Bola garante, ainda não aconteceu, sendo que a oferta das águias seria de €3 milhões de salário anual mais €3 de prémio.
De acordo com os dados recolhidos pelo jornal, Luís Filipe Vieira estará a ponderar oferecer a Diego Costa €2,5 milhões de salário anual mais prémio de assinatura que pode chegar aos €3 milhões.
Devido à pandemia a situação económica dos encarnados recomenda cautelas e negócios bem ponderados, mas o facto de não exigir investimento para compra de passe, leva Vieira, que que voltar a apostar forte no projeto europeu na próxima época, a ponderar a hipótese de negócio e a tentar o tal entendimento com o avançado, que esteve no Brasil mas já regressou a Madrid. E nesse sentido é possível que ainda este mês aconteça o encontro entre as partes. Que, para já, se deixam seduzir.

Nazinho vai fazer pré-época. Flávio Nazinho tem lugar reservado na próxima pré-temporada do Sporting: segundo O Jogo, Rúben Amorim vai dar ao lateral-esquerdo, de 17 anos, uma oportunidade para lutar por um lugar no plantel de 2021/22, reforçando não só a estratégia de aposta na formação, mas também precavendo algumas alterações no corredor esquerdo, onde Nuno Mendes aparece à cabeça na montra dos ativos que mais podem valer no defeso – a SAD admite, depois de muitas abordagens, negociá-lo, mas só por valores perto da cláusula (70 M€).
O defesa que assinou em 2018 tem aparecido com regularidade nos treinos da equipa principal desde que o ano começou, tendo inclusive sido chamado para o último jogo dos verdes e brancos no campeonato contra o Vitória de Guimarães. Com a camisola 71 reservada, Nazinho acabou por não sair do banco de suplentes, mas dali viu um colega de ‘cantera’, o médio-defensivo Dário Essugo, estrear-se pela equipa principal aos 16 anos e seis dias; fez, por isso, história, como o mais jovem de sempre a atuar de leão ao peito e também na primeira divisão.
Rúben Amorim e a estrutura de futebol do Sporting acreditam que o miúdo tem qualidade para dar um passo em frente, isto depois de esta época ter estado a competir entre os sub-23 e a equipa B, no Campeonato de Portugal. Rápido e com boa propensão no jogo ofensivo, o extremo de raiz pode assim atuar em todo o corredor canhoto, para onde, neste momento, o leão tem Nuno Mendes, Antunes e Matheus Reis. O último foi contratado já numa ótica de futuro e, relativamente aos dois primeiros, ainda não é certo que façam parte do grupo na próxima temporada. Nazinho, por seu lado, renovou no início do mês até 2024: agenciado por Pere Guardiola, irmão de Pep, deverá ver o vínculo revisto quando fizer 18 anos (julho).

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