Tiago Pinto pode levar para Itália elemento da estrutura do Benfica; Abandonou o Benfica porque proposta continha "cláusulas ilegais e vexatórias"; Matheus Nunes escolhe Portugal: nascido no Brasil, pisca olho à Seleção. Newcastle promete novo ataque

O tal miúdo a quem Frederico Varandas e Rúben Amorim, presidente e treinador do Sporting, respetivamente, vaticinaram um futuro risonho já... tem bem presente aquilo que quer: aos 22 anos, e numa época de afirmação de leão ao peito – já lá vamos –, Matheus Nunes dá, segundo O Jogo, primazia à seleção portuguesa, caso isso venha a ser uma possibilidade no seu futuro próximo.

Nascido no Brasil, o atual camisola 8 dos verdes e brancos rumou a Portugal ainda criança, com apenas 13 anos, fixando-se com a família na Ericeira, concelho de Mafra, onde começou a dar os primeiros pontapés na bola (época 2013/14), até chamar a atenção de emblemas maiores – chegou a sénior no Ericeirense –, neste caso o Estoril, onde passou um só ano antes de rumar à Academia Sporting.

A história é resumida no parágrafo anterior, até porque já é conhecida: importa, aqui, falar do presente, de um médio resiliente que apesar de ser, em minutos, o 11.º jogador mais utilizado no plantel dos leões (1280’), é um dos quatro, a par de Coates, Porro e Tiago Tomás, que participou em 25 dos 26 embates oficiais da presente época. Começou, pela necessidade de reintegrar João Mário aos poucos, como titular, foi para o banco – mas sempre para utilizar – e em 2021 ganhou uma nova vida, aproveitando os infortúnios dos centrocampistas para se reafirmar, inclusive com um golo determinante no dérbi recente em Alvalade, diante do Benfica (vitória por 1-0).

Apesar de já ter recebido contactos de responsáveis das seleções jovens do Brasil, ligados, por exemplo, à olímpica, Matheus quer vestir de vermelho e verde, trabalhando para o Sporting, mas também para aparecer no radar de Fernando Santos. Certo é que está noutras miras, como a do Newcastle: como o nosso jornal adiantou em primeira mão, os ingleses quiseram levá-lo em janeiro por empréstimo e compra obrigatória de 10 milhões de libras (11,4 milhões de euros), mas a SAD disse que não – tem já 90% do passe. Os magpies prometem voltar no verão.

Tiago Pinto pode levar para Itália elemento da estrutura do Benfica. Tiago Pinto, que saiu do Benfica, onde era diretor-geral para o futebol, para o cargo de diretor-desportivo da Roma, poderá estar interessado em resgatar Pedro Ferreira, atual chefe de scouting das águias, para o clube de Paulo Fonseca.

O líder dos olheiros da Luz, com o qual Tiago Pinto tinha grande proximidade no Benfica, articulando com este, com o treinador e com a administração a definição de alvos a contratar, é uma das hipóteses levantadas pelo jornal “Il Tempo” para o posto de Antoni Cavallo, que deve sair para a Fiorentina.

“Cláusulas ilegais e vexatórias”. O advogado João Correia confirma ter terminado a ligação de 27 anos ao Benfica, explicando que recusou a oferta que lhe foi apresentada para renovar o contrato. “A proposta continha cláusulas ilegais, inúteis e vexatórias”, revelou ao jornal Record, denunciando a existência de “incompatibilidades com o atual Conselho de Administração da SAD, à exceção do presidente”, Luís Filipe Vieira.

Ligado ao Benfica desde 1993, quando defendeu os encarnados no diferendo com o Sporting, por causa das transferências de Paulo Sousa e de Pacheco, da Luz para Alvalade, João Correia viu o seu último contrato, que tinha a duração de quatro anos, chegar ao fim em outubro passado.

O advogado, de 75 anos, conta que recebeu uma proposta para que o seu escritório continuasse a prestar serviços ao clube, mas os termos não agradaram. Assegura, por outro lado, que foi o vice-presidente Sílvio Cervan quem conduziu as negociações, no âmbito de uma reorganização do departamento jurídico.

Desde que o Benfica criou a super equipa de advogados constituída por João Medeiros, Paulo Saragoça da Matta e Rui Patrício, em setembro de 2018, que a sociedade de João Correia passou a tratar de matéria relacionada com contencioso desportivo. A saída, assegura, “é irreversível”. Os advogados Pedro Correia e José Luís Seixas também cessam a colaboração com o Benfica. Miguel Lourenço permanece como advogado interno, depois de ter pedido a exoneração como sócio do escritório de João Correia.

Sócio n.o 10.257, João Correia revela ter enviado anteontem uma carta a Luís Filipe Vieira a explicar os motivos da rutura e que não podia aceitar os termos da proposta de renovação que lhe foi apresentada. Ainda assim, garante que continua a ser “amigo” do líder das águias, com quem falou apenas “uma vez, desde as eleições”, realizadas a 28 de outubro passado.