Pepa referenciado no Dragão; A cláusula de Pepê; Empresário de Corona entra na 'guerra'. “Batem nele de todos os lados"; Benfica 'recebe' Arsenal em Roma; Encarnados impediram perguntas da TVI, CMTV e SIC a JJ

A paciência de Corona para com as decisões de arbitragem que o envolvem esgotou-se. A expulsão em Braga foi a gota de água para o mexicano e para o FC Porto, que, através da newsletter diária do clube, voltou a falar em “Caça a Corona”, depois de Vítor Bruno ter dito que os adversários fazem do extremo “um saco de batatas”. O próprio Tecatito, segundo o empresário, já não consegue esconder a “tristeza e a desilusão” pelo que lhe tem sucedido recentemente. “Há um aborrecimento generalizado”, garante ao jornal O Jogo Matías Bunge. “Batem nele de todos os lados sem que, muitas vezes, o adversário seja punido. Como disseram, e bem, parece um saco de batatas e, ainda por cima, mostram-lhe amarelos ou, como no jogo de [ante]ontem, expulsam-no”, critica o agente, antes de se referir ao lance que resultou na primeira admoestação na Pedreira, que também envolveu o bracarense Raul Silva. “Ele é que ficou com a pior parte: foi pisado e ainda viu o cartão amarelo”, nota.

Matías Bunge não tem ideia “de quantas faltas sofreu Corona no campeonato” [ver caixa], mas tem duas certezas. “São muitas e muitas delas antidesportivas”, afirma o empresário, acusando os árbitros portugueses de não julgarem “os adversários com a mesma severidade”. “É preciso maior proteção para quem dá espetáculo e o Tecatito tenta dá-lo sempre”, sustenta Bunge, sem embarcar nas teorias de que o futebol luso não merece jogadores com o talento do mexicano. “Não posso generalizar. Isso é muito amplo. Agora, quem deve garantir o espetáculo, através de decisões como as de [ante]ontem, não o está a fazer”, insistiu o agente. “Os critérios têm de ser os mesmos, independentemente da camisola que se defende. Isso é o mais importante. Neste desporto e em todos. E não está a ser garantido atualmente”, reitera Bunge, naturalmente preocupado com o facto de o portista poder sofrer uma lesão mais grave um dia destes.

Pepa está referenciado pelo FC Porto para suceder a Sérgio Conceição. Segundo o jornal A Bola, esse processo só conhecerá os mais importantes contornos bem próximo do final da época. O atual treinador dos portistas termina a ligação contratual em junho e não se conhecem avanços nas negociações que visam o prolongamento do vínculo.

Pinto da Costa já afirmou que enquanto for presidente do FC Porto a primeira opção para o comando técnico será Sérgio Conceição e apenas desistirá dessa iniciativa quando receber informação nesse sentido.

Sérgio Conceição vai no quarto ano consecutivo à frente dos dragões — só Pedroto e Artur Jorge têm mais jogos no banco dos azuis e brancos —, mas não fechará as portas a um convite da Premier League ou da La Liga, onde o seu nome já foi ventilado, e encontra no empresário Jorge Mendes um importante aliado. Duas Ligas portuguesas, uma Taça de Portugal, uma Supertaça, duas presenças nos oitavos e uma nos quartos da Champions são um excelente cartão de visita mesmo em Inglaterra ou Espanha.

Entretanto, Pinto da Costa já chegou a manifestar admiração pelo trabalho desenvolvido por Pepa, não apenas pelo que fez no Tondela, mas especialmente pela notável campanha que está a realizar no Paços de Ferreira. No emblema da Capital do Móvel a experiência dos seus dirigentes permite-lhes traçar comparações — por lá passaram também Paulo Fonseca e Rui Vitória — e o seu presidente, Paulo Meneses, não teve dúvidas em reconhecer, recentemente, que Pepa é para um grande, escreve A Bola.

Cláusula de rescisão de Pepê é de 50 M€. Uma blindagem ao nível do investimento que vai motivar por parte do FC Porto. De acordo com o Record, Pepê tem no seu contrato com os dragões, assinado no final da semana passada, uma cláusula de rescisão no valor de 50 milhões de euros. O brasileiro, de 23 anos, que irá continuar ao serviço do Grémio até ao final da época no Brasil, o que no caso do clube brasileiro acontecerá a 7 de março, dia da 2ª mão da final da Copa do Brasil, tem o seu futuro preso aos azuis e brancos durante cinco temporadas. Até 2026, no que depender da vontade da SAD portista, Pepê, que ontem começou a seguir o FC Porto nas redes sociais, vai jogar com o símbolo do dragão ao peito, isto caso nenhum tubarão europeu decida avançar para o pagamento da cláusula de rescisão que agora revelamos. A fasquia é uma das mais elevadas do plantel e curiosamente é semelhante à de um dos valores brasileiros que o FC Porto transferiu nos últimos anos para a alta roda europeia. No início de 2018/19, Éder Militão chegou do São Paulo precisamente com uma cláusula de rescisão de 50 M€ e a verdade é que no final da época a mesma foi paga na íntegra, no caso pelo Real Madrid. Regressando a Pepê, o jogador pelo qual o FC Porto vai pagar 15 milhões de euros – além de garantir ao Grémio 12,5 por cento de uma futura mais-valia – tem quatro jornadas pela frente para dar o Brasileirão por terminado, podendo depois concentrar-se exclusivamente nas duas mãos da já citada Copa do Brasil. Até lá, o acordo celebrado entre FC Porto e Grémio está coberto por uma apólice de seguro que protege o investimento dos dragões caso Pepê sofra uma lesão grave.

O Benfica vai receber o Arsenal, para a primeira mão dos 16 avos de final da Liga Europa, em Roma. Face aos constrangimentos nas ligações entre Portugal e Inglaterra, devido à covid-19, esta acabou por ser a solução encontrada para o desafio em que as águias atuam como anfitriãs. Os dois emblemas conversaram nas últimas semanas no sentido de encontrar um entendimento sobre os estádios onde as duas mãos, marcadas para dia 18, com o Benfica como visitado, e 25, já com os londrinos em casa, se vão disputar. Falta agora definir onde se jogará a segunda mão. Para evitar problemas, a UEFA alargou até 5 de março a data para que todos os desafios dos 16 avos se disputem.

Encarnados impediram perguntas da TVI, CMTV e SIC a JJ. Face à pandemia em Portugal tem sido hábito das televisões TVI, CMTV e SIC distribuírem os jornalistas pelas conferências de Imprensa, pedindo a colegas de profissão para colocarem questões não só do seu meio, mas também dos meios concorrentes. Ontem, o Benfica, na sala de Imprensa, negou à jornalista da TVI as perguntas pedidas pela CMTV e SIC.