05 fevereiro 2021

Contratação de Paulinho esteve em risco por falta de assinatura. O contrato só deu entrada na Liga às 23h58; Benfica atento a desfecho do caso Palhinha; Nanu tem concussão cerebral e traumatismo vértebro-medular

Os exames realizados a Nanu no Hospital S. Francisco Xavier, em Lisboa, relevaram que Nanu sofreu uma concussão cerebral e traumatismo vértebro-medular com perda de conhecimento.
Segundo informação prestada pelo FC Porto, o lateral luso-guineense encontra-se consciente, estável e «orientado no tempo e no espaço».
O exames não revelaram alterações com gravidade clínica, mas Nanu continuará em observação no hospital até pelo menos esta segunda-feira.

O Benfica está a seguir com muita atenção a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) relativamente ao recurso do Sporting ao quinto cartão amarelo a João Palhinha. Para já, as águias não falam em tentar ganhar o dérbi na secretaria, mas diversas fontes contactadas pelo jornal Record garantiram que "estão atentas" ao que vai acontecer e à posição que será tomada pela FPF.
Depois de terem visto o pleno da secção profissional do Conselho de Disciplina (CD) confirmar a suspensão por um jogo do médio, os leões recorreram para o TAD, ao mesmo tempo que apresentaram providência cautelar ao presidente do Tribunal Central Administrativo do Sul (TCAS), algo que está previsto na Lei. E foi juiz Rui Pereira, do TCAS, que aceitou a providência cautelar, permitindo a Palhinha ser utilizado diante do Benfica.A decisão do TCAS de dar provimento à providência cautelar, como foi explicado pelo comunicado do CD, tem a ver com o procedimento dos processos sumários - um jogador é automaticamente punido quando é expulso ou cumpre uma série de cartões amarelos, sem direito a audiência prévia do arguido, algo que já foi declarado inconstitucional por duas vezes.
De acordo com os Regulamento Disciplinar, o recurso de decisões estritamente desportivas deve ser feito para o Conselho de Justiça e não para o TAD. E é isso que tem dividido juristas consultados por Record: há quem defenda que o Sporting pode ser punido por recorrer ao TAD, ao passo que outros consideram que não, até porque o recurso do Sporting não foi relativamente à decisão do árbitro, mas sim ao procedimento do CD.
O Sporting está tranquilo em relação a esta matéria, até porque o comunicado do CD refere que os leões optaram por "fundar o seu pedido de providência cautelar apenas numa alegação genérica sobre a inconstitucionalidade do sancionamento em processo sumário" e não na decisão tomada em campo pelo árbitro Fábio Veríssimo.
Em todo o caso, muitos temem que tenha sido aberta uma Caixa de Pandora no futebol português, já que outros clubes poderão seguir os passos do Sporting e adiar o cumprimento de castigos se lhes der jeito em função do calendário.
É por isso que, quer Liga quer FPF, já trabalhem em revisão dos regulamentos disciplinares, de forma a incluir um prazo de defesa antes da tornar efetivos os castigos sumários, algo que obrigaria a uma imensa ginástica administrativa por parte de todos os órgãos envolvidos.

Contratação de Paulinho esteve em risco por falta de assinatura. A contratação de Paulinho pelo Sporting ao Sp. Braga foi uma verdadeira epopeia, com o jogador a assinar contrato apenas às 23h56, dando entrada na Liga às 23h58, ou seja, dois minutos antes do fecho da janela de transferências na segunda-feira.
Em dia de dérbi, com os leões a vencerem o Benfica, por 1-0, Paulinho chegou a Alvalade pelas 18h00, mas apesar dos esforços as negociações prolongaram-se noite dentro e quase comprometiam a transferência.
O namoro foi longo, mas as negociações não se revelaram fáceis. O jornal CM diz saber que houve divergências quanto à forma de pagamento e ao número de prestações. No entanto, o que ia fazendo abortar o negócio foi a transferência de Borja para o Sp. Braga, incluído no negócio, tal como o empréstimo de Sporar. É que faltava uma assinatura no documento do colombiano.
O stress vivido na sala onde estava o jogador foi grande. Houve correria, preocupação e chegou-se a temer o pior. Resolvido o imbróglio, Paulinho assinou. Os documentos foram enviados para a Liga, num final à Alfred Hitchcock.
Paulinho acabou por assinar por cinco épocas e meia, com os leões a pagarem os 16 milhões de euros em 4 prestações, que começam a ser pagas apenas em setembro. 

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