Sporting em derradeira ronda negocial para fechar contratação; Gonzalo Plata insatisfeito força saída do Sporting; Loum pede desculpa por desentendimento com Pepe. “Isso nunca deveria ter acontecido. Pepe é um irmão mais velho e eu aprendi muito com ele”

O jogo em Faro  foi intenso, mas aqueceu verdadeiramente, de forma inesperada, depois do apito do árbitro quando uma cena entre Pepe e Loum no centro do relvado captou as atenções. O capitão dirigiu-se ao senegalês para o cumprimentar, e ainda chegou a fazê-lo, mas perdeu o controlo com algo que Loum lhe disse, ao mesmo tempo que punha as mãos no peito do central. Pepe reagiu com um empurrão e o primeiro a acudir acabou por ser o árbitro, Manuel Mota, algo surpreendido com o desentendimento. Juntaram-se-lhe rapidamente Diogo Leite e Marchesín, que afastaram o capitão, e Marega, que tirou Loum do barulho.

Pepe continuou exaltado e não ficou no relvado para a habitual roda, saindo disparado para o balneário, indiferente aos apelos à calma feitos por colegas. O médio, a quem Sérgio Conceição ordenou que se acalmasse, manteve-se com o grupo para o momento final e, depois da roda, saiu disparado a correr para o balneário, com vários jogadores a acompanharem-no. Mais tarde, Loum usou as redes sociais para lamentar o sucedido.

“Gostaria de pedir desculpas a todos os fãs do FC Porto pelo infeliz incidente que ocorreu esta noite. Isso nunca deveria ter acontecido. Pepe é um irmão mais velho e eu aprendi muito com ele. Às vezes o desejo de ganhar um jogo faz com que algumas coisas lamentáveis aconteçam de um lado ou do outro. Sempre fui um modelo de disciplina e devoção no clube e pretendo manter-me assim”, escreveu.

Gonzalo Plata está apostado em prosseguir a carreira no Cádiz. O extremo equatoriano, de 20 anos, segundo o jornal Record, está insatisfeito com a escassa utilização em Alvalade e quer fazer a segunda metade da época numa equipa onde possa jogar com maior regularidade. O Cádiz é um dos clubes interessados, já terá um acordo com os representantes do esquerdino e estará inclusive a pensar incluí-lo nas opções para o encontro com o Atlético Madrid, no domingo.

A vontade de Plata esbarra nos planos do Sporting, que resiste em permitir a saída por empréstimo, a menos que entre outro jogador. A decisão, escreve o Record, está nesta altura nas mãos de Rúben Amorim, com quem Gonzalo Plata tenciona falar, para expor os seus argumentos. O treinador e a restante estrutura de futebol não devem ceder, a menos que o plantel seja reforçado, nomeadamente se chegar um avançado a Alvalade nesta janela de transferências. Um cenário que depende de uma… venda.

Nas últimas semanas, Plata tem aparecido mais nas primeiras opções de Amorim, que não o vê apenas como extremo, mas antes como ala, capaz de percorrer todo o corredor. Seja na direita, como sucedeu diante do Marítimo, no jogo da Taça de Portugal, ou na esquerda, como aconteceu na partida com o Rio Ave, do campeonato. Em ambos os casos como titular, o que, até então, só ocorrera uma vez desde o arranque da época.

O Sporting vai fazer uma derradeira tentativa junto do Rio Ave com o intuito de viabilizar a transferência de Matheus Reis para Alvalade até ao final do presente mês. Segundo O Jogo, as posições não estão extremadas, mas distantes entre os dois emblemas, com os vilacondenses a fazerem valer aqueles que sentem ser os seus direitos, com exigências vistas em Alvalade como despropositadas atendendo ao quadro em que está o polivalente lateral-esquerdo brasileiro de 25 anos.

Os argumentos dos dirigentes leoninos, que pretendem fazer valer junto do líder do Rio Ave, António Silva Campos, são claros e passam precisamente por fazer ver a este que o jogador está em final de contrato – inclusive tem tudo acertado com o Sporting – e que os pedidos de dinheiro e cedência de jogadores como Gonzalo Plata são demasiado elevados para compensar uma saída de um atleta que se encontra a trabalhar à parte, depois de ter entrado em rota de colisão com a atual entidade patronal. Aqui, naturalmente, sobressai igualmente a postura do Rio Ave, que tem bem presente a atitude do atleta, quando este recusou-se a jogar contra o Vitória de Guimarães, forçando a saída e levando a que lhe fosse instaurado um processo disciplinar. O Rio Ave, perante isto, não está na disposição de facilitar a vida a Matheus Reis, que poderá mesmo ficar uma época inteira sem jogar.

Os responsáveis leoninos, esses, já tentaram colocar vários nomes em cima da mesa como moeda de troca. Desde Luiz Phellype a Lumor, o Rio Ave pediu a cedência de Gonzalo Plata, que o jogador equatoriano, à semelhança dos restantes, recusou, e o acordo continua assim por alcançar. O jogador, por sua vez, já sabe que se for de imediato para Alvalade assinará por quatro épocas e meia. Caso assine no próximo verão, o contrato terá cinco anos e uma cláusula de rescisão, ao que tudo indica, de 45 milhões de euros, mas, enquanto isso não acontecer, Matheus Reis treina-se à parte com natural ansiedade. O facto de o Sporting já ter acertado os termos do acordo com o jogador evitou que este ficasse disponível para as recentes abordagens vindas da Grécia, concretamente do PAOK e do Olympiacos.