JJ tem covid e vai falhar o dérbi; Palhinha só joga o dérbi se Veríssimo testemunhar que...não viu o lance no Bessa; Sporting aposta tudo em Paulinho (os números em cima da mesa) mas já tem plano B; FC Porto vai pagar Pepê em 3 parcelas até 2022

Jorge Jesus está com Covid-19 e, depois de ter falhado a receção ao Belenenses SAD, não deverá estar no banco em Alvalade. Os encarnados atualizaram a situação clínica do treinador após a vitória diante do Belenenses SAD. Nessa nota, pode ler-se que o amadorense, de 66 anos, irá ficar “em isolamento nos próximos dias”, salientando-se que só na madrugada de ontem se ficou a saber que a infeção respiratória era originada pela Covid-19. A contagem do isolamento começa no aparecimento dos sintomas, daí que a presença no dérbi esteja em dúvida.“Apesar de nas últimas duas semanas o treinador ter acumulado sete testes negativos, exames complementares de diagnóstico efetuados no Hospital da Luz indiciaram um comportamento típico de infeção originado pelo novo coronavírus. Nesse sentido, procedeu-se à realização imediata de um primeiro teste rápido – que deu igualmente negativo –, e de um PCR cujo resultado positivo foi conhecido durante a madrugada”, pode ler-se no comunicado.

A notícia que Jesus estava com uma infeção respiratória foi conhecida na quarta-feira, mas João de Deus salienta que a preparação do jogo de ontem foi toda efetuada por Jorge Jesus: “Nestas coisas o míster não facilita e o trabalho estava todo preparado previamente.”

FC Porto e Grémio alcançaram uma plataforma de entendimento em relação aos prazos de pagamento dos 15 milhões de euros do negócio Pepê. Segundo O Jogo apurou junto de fontes envolvidas no processo, a verba acordada entre os dois clubes será dividida em três parcelas e terá de ser liquidada pelos dragões até 2022. Os avanços significativos que se registaram nos últimos dias, de resto, motivaram uma alteração de discurso por parte dos dirigentes do emblema de Porto Alegre. 

O Sporting continua a negociar Paulinho com o SC Braga, o grande objetivo de Rúben Amorim para reforçar o plantel na atual janela de mercado. Um desejo antigo do treinador leonino que o Sporting procura concretizar desde o verão. O avançado, 28 anos, cujo contrato com os bracarenses — renovado em outubro com cláusula de rescisão de €30 milhões — termina em 2025, justifica proposta que pode chegar aos 15M€ (12M€ mais 3M€ por objetivos ou mesmo o valor na íntegra), avança A Bola.

Os 15M€ são o teto que a SAD leonina dificilmente ultrapassará, após primeira abordagem já este mês, que previa o pagamento de 8 milhões, os passes de Ristovski e Rodrigo Fernandes e os leões ainda abdicavam do direito de preferência sobre Iuri Medeiros. Mas António Salvador, presidente do SC Braga, recusou liminarmente.

Com o fecho do período de transferências de inverno marcado para segunda-feira, o Sporting trabalha também num plano B caso Paulinho falhe, porque a ideia é terminar a temporada com mais um ponta de lança para juntar a Tiago Tomás, Jovane e Sporar, avança A Bola.

Só deve existir uma possibilidade de o Conselho de Disciplina (CD) despenalizar o cartão amarelo exibido por Fábio Veríssimo a João Palhinha no encontro de terça-feira, com o Boavista, e dessa forma permitir ao médio do Sporting participar no dérbi de dia 1, diante do Benfica. Era o juiz leiriense assumir, perante o relator do processo, que não avaliou o lance em toda a sua extensão, que é como quem diz que não viu aquilo que realmente se passou. Este é um cenário remoto, já que o árbitro estava próximo da jogada e a sua decisão foi tomada de acordo com aquilo que pensou ter visto e que o próprio assumiu, após analisar as imagens televisivas, como um julgamento errado. Só que, caso afirme ter visto o que aconteceu, Fábio Veríssimo não responderá a qualquer outra pergunta. É que, para o CD, à luz da doutrina do campo de jogo – ‘field of play doctrine’ –, o árbitro viu, decidiu... está decidido. Não há volta a dar. No entanto, sublinhe-se que nem sempre foi assim. Esta é uma prática recente, já que, em alguns recursos hierárquicos impróprios julgados esta temporada, mesmo se o árbitro respondesse de forma afirmativa à primeira questão, era-lhe perguntado se, após ver as imagens, mantinha a mesma opinião. Foi assim até ao 9º pedido de despenalização a envolver jogadores, em dezembro – no caso, Otamendi e um amarelo visto pelo central do Benfica. Nesse caso Rui Costa assumiu ter errado, mas de qualquer forma o CD manteve o cartão ao argentino. Desde então, houve mais três recursos com jogadores – Nuno Santos (Sporting), Defendi (Farense) e, de novo, Otamendi (Benfica) – e, em todos, os juízes de campo responderam apenas à primeira questão. A segunda nem sequer foi colocada. Com esta prática, a secção profissional do CD reforça o princípio da autoridade do árbitro, valorizando a decisão tomada em campo e aquilo que escreveu no relatório. Um procedimento que não é extensivo à secção não profissional. Na profissional, aquela que vai analisar o processo de Palhinha e que irá ditar o seu veredicto até ao dia do jogo, todos os pedidos de despenalização apresentados esta época foram considerados improcedentes.