"Não tenho nada contra o Benfica, tenho contra algumas pessoas que lá estão". Campeão olímpico, mundial e europeu do triplo salto, Nelson Évora entra em 2021 com a camisola do Barcelona, depois de já ter representado FC Porto, Benfica e Sporting.
"Fiquei triste com esta saída do Sporting, mas também fiquei de alguma forma aliviado, porque a partir de agora posso focar-me em não sofrer as represálias que existem em Portugal, de representar o Sporting, o FC Porto e o Benfica. Sinto-me livre, sinto que posso fazer aquilo que quiser", comentou.
A experiência no Sporting "foi espetacular", mesmo tendo como rival o benfiquista Pedro Pichardo. Quando o atleta cubano adquiriu a nacionalidade portuguesa, Nelson Évora insurgiu-se contra a 'rapidez' do processo de nacionalização.
"O que eu quis dizer foi que há milhares de pessoas que vivem anos e anos em Portugal que descontam em Portugal e não lhes é dada uma oportunidade de terem a nacionalidade. Eu passei por um processo extremamente longo e assim como eu muitos outros passaram, que nem sequer conseguiram ter a nacionalidade porque entretanto desistiram", explicou, em entrevista ao Expresso.
"Não tenho absolutamente nada contra o Pichardo", garantiu: "Ele fez muito bem em ter saído de Cuba e uma pessoa com o talento dele tem todo o direito de poder mudar de nacionalidade e fazer a vida seja onde for. Só não estive de acordo foi como as coisas foram feitas a favor de um clube".
Nelson Évora afirmou ter sido maltratado no Benfica, responsabilizando também os decisores políticos.
"Um clube que me maltratou numa fase final e que para tentar substituir-me fez o que fez. Então podemos perguntar: ele [Pichardo] representa Portugal por uma questão clubística ou representa Portugal porque realmente sabe o que é a cultura portuguesa? Acho que isso não se compra. E os políticos que lhe deram esse direito... São eles que corrompem aquilo que é ser português", acusou.
"Eu tive de lutar anos e anos para obter a nacionalidade e, no entanto, cheguei a Portugal com sete anos e só a consegui aos 18 anos. O último documento que dei para obter a minha nacionalidade eu tinha 17 anos, 364 dias de idade. Lembro-me que a senhora pediu o meu registo criminal da Costa do Marfim. Eu saí de lá com seis anos", lembrou o atleta.
Depois de "passar por tanto" e de saber que há "tanta gente que passa por tantos horrores" para ter a nacionalidade portuguesa, vê Pichardo chegar ao Benfica e tornar-se português num curto período de tempo.
"Não tenho absolutamente nada contra ele ou contra o Benfica, tenho contra algumas pessoas que estão no Benfica", frisou Nelson Évora.
Agora no Barcelona, o atleta, de 36 anos, sonha em "alcançar uma medalha olímpica".
"É algo único. Já o fiz, com a medalha mais alta do pódio, gostaria de o fazer outra vez. Seria um sonho mais uma vez tornado realidade, no Japão, que é um país especial, fazer ouvir o nosso hino, seja para 10 mil ou milhões. Irei chorar baba e ranho se isso acontecer porque foi e é um longo caminho, de muito sacrifício em busca dos meus sonhos", finalizou.
"Fiquei triste com esta saída do Sporting, mas também fiquei de alguma forma aliviado, porque a partir de agora posso focar-me em não sofrer as represálias que existem em Portugal, de representar o Sporting, o FC Porto e o Benfica. Sinto-me livre, sinto que posso fazer aquilo que quiser", comentou.
A experiência no Sporting "foi espetacular", mesmo tendo como rival o benfiquista Pedro Pichardo. Quando o atleta cubano adquiriu a nacionalidade portuguesa, Nelson Évora insurgiu-se contra a 'rapidez' do processo de nacionalização.
"O que eu quis dizer foi que há milhares de pessoas que vivem anos e anos em Portugal que descontam em Portugal e não lhes é dada uma oportunidade de terem a nacionalidade. Eu passei por um processo extremamente longo e assim como eu muitos outros passaram, que nem sequer conseguiram ter a nacionalidade porque entretanto desistiram", explicou, em entrevista ao Expresso.
"Não tenho absolutamente nada contra o Pichardo", garantiu: "Ele fez muito bem em ter saído de Cuba e uma pessoa com o talento dele tem todo o direito de poder mudar de nacionalidade e fazer a vida seja onde for. Só não estive de acordo foi como as coisas foram feitas a favor de um clube".
Nelson Évora afirmou ter sido maltratado no Benfica, responsabilizando também os decisores políticos.
"Um clube que me maltratou numa fase final e que para tentar substituir-me fez o que fez. Então podemos perguntar: ele [Pichardo] representa Portugal por uma questão clubística ou representa Portugal porque realmente sabe o que é a cultura portuguesa? Acho que isso não se compra. E os políticos que lhe deram esse direito... São eles que corrompem aquilo que é ser português", acusou.
"Eu tive de lutar anos e anos para obter a nacionalidade e, no entanto, cheguei a Portugal com sete anos e só a consegui aos 18 anos. O último documento que dei para obter a minha nacionalidade eu tinha 17 anos, 364 dias de idade. Lembro-me que a senhora pediu o meu registo criminal da Costa do Marfim. Eu saí de lá com seis anos", lembrou o atleta.
Depois de "passar por tanto" e de saber que há "tanta gente que passa por tantos horrores" para ter a nacionalidade portuguesa, vê Pichardo chegar ao Benfica e tornar-se português num curto período de tempo.
"Não tenho absolutamente nada contra ele ou contra o Benfica, tenho contra algumas pessoas que estão no Benfica", frisou Nelson Évora.
Agora no Barcelona, o atleta, de 36 anos, sonha em "alcançar uma medalha olímpica".
"É algo único. Já o fiz, com a medalha mais alta do pódio, gostaria de o fazer outra vez. Seria um sonho mais uma vez tornado realidade, no Japão, que é um país especial, fazer ouvir o nosso hino, seja para 10 mil ou milhões. Irei chorar baba e ranho se isso acontecer porque foi e é um longo caminho, de muito sacrifício em busca dos meus sonhos", finalizou.
Crítico dos dirigentes desportivos e responsáveis políticos, o saltador não escondeu a satisfação por se ver "livre" das "represálias" que atingem quem representa os maiores clubes nacionais.
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