26 janeiro 2021

Braga vence Gil Vicente a aproxima-se do Benfica; Arsenal quer jogar com Benfica em campo neutro na Liga Europa; “Benfica não tinha de arrasar, mas era expectável uma ideia de jogo"

Num comentário ao jogo do Benfica diante do Nacional, Toni defendeu que o Benfica se apresentou “sem alma”, repetiu lacunas que “não são de hoje” e mostrou uma face dupla, o que tem sido verificado em diversas jornadas – a incapacidade de mostrar o mesmo nível exibicional desde o primeiro ao último minuto.  
“Frente ao Nacional, houve 15 minutos animadores e 75 desoladores. Isto acontece debaixo de um período de pandemia – a covid-19 invadiu o Benfica e uma série de jogadores estão infetados –, mas temos de analisar o Benfica antes da pandemia”, realça Toni, no canal 11. Nesse sentido, o empate não pode ser justificado com as ausências, em virtude do surto: “O Benfica empata por culpa própria. Há algum mérito do Nacional, mas pouco incomodou, na segunda parte, em que o Benfica parece dominar o jogo, mas não cria oportunidades”.  
Toni viu uma atitude aquém do esperado e considera que os sinais que a equipa transmite mantém-se, independentemente dos jogadores que Jesus coloca em campo. “A equipa não tem confiança, não tem segurança, não tem velocidade, não faz circular a bola com intensidade. O Benfica continua igual àquele Benfica antes da covid-19", lamenta o ex-técnico encarnado. 
“Depois de uma época de frustração, e com o investimento feito, também num treinador com o estatuto e lastro de Jorge Jesus, não direi que o Benfica tivesse de arrasar e jogar o triplo (essa mensagem ocorre num tempo de euforia), mas aquilo que era expectável é que, seis meses depois, apresentasse uma ideia de jogo. As equipas de Jorge Jesus têm uma matriz. E no final da primeira volta, o Benfica está longe de ser essa equipa organizada, em que cada elemento saiba qual a função dentro do campo”, acrescenta. 
E neste cenário, a confiança do adepto perde-se, assim como os títulos e troféus. “Se a equipa não está sustentada, as expectativas vão-se diluindo. Já se diluíram três. Primeiro foi o afastamento da Champions, marcante do ponto de vista desportivo e financeiro, depois foi a Supertaça e agora a Taça da Liga. Restam a Taça de Portugal, a Liga Europa e o campeonato”, completa Toni. 
O ex-treinador do Benfica faz um paralelo com o FC Porto, que também jogou ontem (derrotou o Farense, também em partida da 15.ª ronda da I Liga) e mostrou algo que está a faltar aos encarnados: “alma”. 
“Não vimos um FC Porto brilhante, mas vimos uma equipa com alma, que contrasta com o Benfica desta altura”, destaca Toni, que não viu comportamento idêntico dos jogadores encarnados, frente ao Nacional da Madeira. 
Toni considerou, por outro lado, que a equipa de Jorge Jesus apresentou os mesmos problemas que não disfarça, desde o início da temporada, agravados com a falta de atitude de algumas pedras que deveriam ser fundamentais na equipa.  
“O Seferovic e o Darwin foram mais dois defesas do Nacional. E também vi um Rafa com um 'apagão', depois dos 20 minutos. Se não tens esse potencial ofensivo para concretizar as poucas ocasiões que crias, pões-te a jeito”, entende. 
E num raciocínio em linha com os seus colegas de painel – António Carraça argumentara pouco antes que a pandemia não explica o mau desempenho do Benfica diante dos insulares –, Toni diz que nota um ‘regresso ao passado’, depois de bons sinais dados nos últimos encontros.  
Toni considera que, diante do FC Porto, para o campeonato, e frente ao SC Braga, para a Taça da Liga, o Benfica apresentou as mesmas insuficiências, só que mostrou mais “intensidade, mais agressividade competitiva e mais atitude”. E daí que tenha surgido a ideia generalizada de um Benfica renovado e com a fase negativa ultrapassada. Agora, o cenário muda. 
“Neste jogo com o Nacional, nos primeiros 15 minutos, viu-se um Benfica com a cara desses jogos, frente ao FC Porto e o SC Braga. No entanto, depois, foi mais do mesmo. Veio do mais para o menos. Quando uma equipa não cria uma mão-cheia de oportunidades de golo, não as cria porquê?”, questiona. 

O Arsenal, adversário do Benfica na Liga Europa, colocou em cima da mesa a hipótese de jogar com as águias em campo neutro, na primeira mão dos 32 avos de final da prova, adiantou hoje a Sky Sports. De acordo com o calendário da competição, o Benfica recebe o Arsenal a 18 de fevereiro, no Estádio da Luz, visitando depois a formação inglesa a 25 de feveiro, no Estádio Emirates, para a segunda mão.
No entanto, as restrições impostas pelas autoridades britânicas devido à pandemia de covid-19, nomeadamente a suspensão do corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido, poderão impedir os ‘gunners’ de se deslocarem a Lisboa, para o jogo da primeira mão.
Nesse sentido, de acordo com a Sky Sports, o Arsenal abriu conversações no sentido do encontro da primeira mão, previsto para o Estádio da Luz, ser realizado em campo neutro.
“O Arsenal está preparado para jogar em campo neutro, mas o Benfica pretende jogar no seu recinto”, acrescentou a estação britânica.
O clube inglês receia que as autoridades britânicas não concedam autorização para a deslocação a Portugal, devido ao agravamento da situação epidemiológica.
De acordo com o The Telegraph, a proposta do Arsenal foi já submetida à apreciação das autoridades britânicas, com o clube a aguardar por ‘luz verde’ para aprofundar o assunto.
Arsenal e Benfica defrontam-se nos 32 avos de final da Liga Europa depois de terem terminado na liderança do grupo B e no segundo lugar do grupo D, respetivamente.
Os ‘gunners’ somaram 18 pontos no grupo B, com seis vitórias em seis jornadas, e marcaram 20 golos, o valor mais alto de formações inglesas na fase de grupo da prova.
As ‘águias’ terminaram no segundo lugar do Grupo D com 12 pontos, a dois do líder Rangers, passando pela fase de grupos sem derrotas, registando três vitórias e três empates nos seis encontros disputados.

O Sporting de Braga regressou, esta terça-feira, aos triunfos na Liga NOS ao bater (1-0) o Gil Vicente, em jogo da 15.ª jornada da prova, num encontro muito bem disputado entre as duas equipas. Apesar do maior domínio durante quase todo o encontro, o Sporting de Braga só conseguiu quebrar a teia defensiva dos gilistas graças a um golo de Iuri Medeiros.
Com este resultado, a equipa de Carlos Carvalhal sobe novamente ao 4.º lugar da Liga, somando agora 30 pontos, menos três do que o Benfica (3.º), enquanto que o Gil Vicente segue com os mesmos 13, na 16.ª posição.

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