Lopetegui pode desviar alvo do FC Porto; "Temos demonstrado a nossa superioridade frente ao Benfica que é o nosso grande rival"; Vírus esvaziou o gás de Darwin. Avançado só marcou uma vez nos últimos sete jogos e deixou de conseguir fazer assistências

A conquista da Supertaça foi a quarta vitória seguida do FC Porto em clássicos com o Benfica. Os dragões bateram os encarnados a época passada por três vezes (duas na Liga e uma na final da Taça) e esta época, já com Jorge Jesus no leme encarnado, voltaram a vencer. Em entrevista ao jornal O Jogo, Uribe, médio internacional colombiano, fala sobre o significado que essas vitórias têm. 

"Significa que estamos a fazer bem o nosso trabalho. Que entendemos a metodologia e o que significa estar no FC Porto e jogar com esta camisola. Demonstrámos isso nesses jogos, ainda que haja sempre um ou outro em que as coisas não saem tão bem, da forma como esperamos. Mas é normal isso acontecer no futebol. A equipa tem sempre a cabeça bem alta, trabalha com disciplina e atitude. Nestes jogos demonstrámos o nosso trabalho e conseguimos este título. Temos demonstrado a nossa superioridade, já levamos uma boa quantidade de jogos a ganhar ao Benfica que é o nosso grande rival, mas isso só prova o grande trabalho que o grupo tem vindo a fazer, com humildade, responsabilidade e união", disse o médio que tem estado em destaque na equipa azul e branca.

Lopetegui pode desviar alvo do FC Porto. Com a reabertura do mercado a aproximar-se, volta a apertar-se o cerco em torno de Pepê, do Grémio. De acordo com a edição brasileira do portal “Goal”, o Sevilha, treinado por Julen Lopetegui, é o mais recente interessado no extremo de 23 anos, que o FC Porto tentou contratar até ao último dia do mercado de verão. Segundo a mesma fonte, os russos do Zenit e a Roma, de Itália, são outros clubes atentos a um dos jogadores mais promissores do Brasileirão. 

Em outubro, o Grémio ficou agradado com os 15 milhões de euros propostos pelo FC Porto, mas mostrou-se irredutível em libertar o jogador naquela altura, depois de já ter transferido outra figura da equipa, Everton, para o Benfica. Contudo, a eliminação na Taça dos Libertadores pode flexibilizar a transferência em janeiro. Em 2020, Pepê soma 14 golos em 44 jogos.

Vírus esvaziou o gás de Darwin. O Benfica comunicou que Darwin contraíra covid-19 a 19 de novembro, o que obrigou o avançado a falhar o jogo fora com o Rangers (2-2), na ilha da Madeira com o Marítimo (1-2) para a liga e a deslocação a Paredes (0-1) para a Taça de Portugal. Desde aí, o uruguaio já fez sete jogos, mas não encontrou o mesmo nível exibicional do arranque pelos encarnados. O ex-Almería, pelo qual marcou 16 golos em 32 jogos em 2019/20, não encontrou logo o caminho do golo na Luz, porém fez cinco assistências nos primeiros quatro jogos de campeonato. Marcou três golos ao Lech Poznan e seguiu a tendência festejando frente ao Belenenses o único golo no campeonato e depois com mais um tento para igualar o encontro caseiro frente ao Rangers. Os cinco golos e seis assistências em 11 jogos (0,45 por partida no caso dos golos, 0,55 no das assistências) foram registos que caíram a pique, já que nos sete jogos pós-covid-19, e mesmo jogando seis deles a titular, só voltou a marcar ao Poznan e não mais entregou golos aos colegas.
No entanto, não é só nos dados diante da baliza que a quebra do jogador de 21 anos se nota, ainda que este continua a ser a principal aposta de Jesus para o ataque. Nos dribles com sucesso, o uruguaio caiu de 1,7 para 1,3. Nos remates desce de 2,4 para 2,15 por encontro e está menos intenso no processo coletivo, principalmente em fase defensiva: se antes recuperava 1,2 bolas por encontro em média, nos últimos seis jogos baixou para 0,85. Também nos duelos ofensivos ganhou, e como se viu diante do FC Porto, foi superado na maioria das vezes. Caiu de 2,7 por jogo para 1,7.