Pinto da Costa celebra hoje 83 anos de idade, poucos dias depois de ter somado o 63.º troféu no futebol na qualidade de presidente, lugar que ocupa desde 1982. Um aniversário diferente motivou a conversa com o jornal O Jogo. O líder dos azuis e brancos aproveitou para sublinhar mais uma excelente resposta da equipa e atirou-se novamente ao Governo, que mantém o futebol à porta fechada e não se fez representar em Aveiro, quarta-feira. O plantel é para manter.
"Não é, de facto, costume haver jogos e muito menos finais de qualquer prova em cima do Natal, a 23 de dezembro. Assim foi, pois a famigerada pandemia não permitiu que esta final se disputasse no seu tempo normal, no início de época. A nossa vitória foi, por todos nós, festejada intensamente, mas nunca a liguei ao meu aniversário, pois já nem me lembro disso. Festejei intensamente pelo justo prémio que foi para o nosso treinador Sérgio Conceição, para a sua equipa e para os jogadores, que após tantos jogos conseguem jogar assim e mostrar que sentem a camisola. E festejei-a também com Reinaldo Teles, que estava ali ao meu lado", começou por dizer.
"Todos nós sabemos que em cada início de época, há determinada imprensa que coloca os nossos rivais sempre como uma equipa imbatível e nos apresenta como acompanhantes da festa dos outros. Felizmente, muitas vezes somos nós que fazemos a festa", disse o líder dos dragões antes de voltar a comentar a falta de adeptos nos estádios.
"O que se passa com a falta de público nos estádios é lamentável, incompreensível e estúpido. Lamentável porque está a causar as maiores dificuldades a muitos clubes, a retirar ao povo momentos de festa, povo que muitas vezes só tem no futebol a alegria de conviver. Incompreensível porque todos sabemos que foram autorizadas touradas, congressos e festas de partidos e continua a haver espetáculos com 40% do público em recintos fechados. E sabemos que em espetáculos de humor até o Presidente da República e o Sr. primeiro-ministro estiveram presentes. E em recintos abertos como são os estádios não pode estar ninguém. Isto demonstra que os nossos governantes não consideram importante o que vários clubes fazem por Portugal com as suas vitórias internacionais. A prova disso é que no recente dia 23, na Supertaça, com a presença dos dois maiores clubes portugueses, o Governo esteve ausente. O Sr. primeiro-ministro, que gosta de futebol e é adepto de um dos finalistas, não pôde estar presente por estar confinado. E o Sr. ministro da tutela e o Sr. secretário de Estado do Desporto? Estúpido porque há meses abriram os estádios ao público dizendo que que era para ver como corriam as coisas. Todos, inclusive o Sr. primeiro-ministro, disseram que correu bem, ótimo. Depois proibiram outra vez o público nos estádios. Então, testam para ver como corre, reconhecem que corre bem e proíbem de novo? Que crânios! A única explicação é que estariam à espera que corresse mal…", disse Pinto da Costa acrescentando ainda que: "o futebol não vai sobreviver, a este nível, com estas medidas. Ao FC Porto causou um prejuízo de cerca de 29 milhões de euros, mas além disso está a causar um prejuízo que ninguém pensa. É que está a afastar os jovens do futebol, como adeptos e praticantes. Para onde vão, os governantes devem saber…".
Já sobre o mercado, Pinto da Costa não está a contar contratar nenhum jogador em janeiro e muito menos perder alguém influente na equipa.
"Não temos prevista a vinda de qualquer novo jogador, pois o nosso plantel dá-nos todas as garantias. Dos jogadores que formam o núcleo base da equipa, posso afirmar que não sairá ninguém em janeiro", terminou.
Jorge Jesus recebeu 'aviso' de Vieira e Rui Costa. A Supertaça perdida para o FC Porto deixou marcas no Benfica. Depois do regresso ao trabalho pós-folgas de Natal, Luís Filipe Vieira e Rui Costa reuniram com Jorge Jesus e sublinharam a insatisfação face ao momento atual das águias, além de alguns resultados menos positivos. A derrota em Aveiro, diante do rival FC Porto (0-2), foi o motivo que originou esta dupla conversa, avança o jornal Record.
A mesma publicação garante que o motivo pelo qual o treino de sábado à tarde começou mais tarde do que o previsto foram precisamente estas conversas. Jesus falou, em separado, com presidente e vice-presidente das águias e ambos sublinharam a necessidade de uma reação imediata e de uma resposta cabal já na terça-feira, na receção ao Portimonense.
A forma como Jorge Jesus desvalorizou a Supertaça também não agradou aos dois responsáveis do Benfica que, assim, pediram uma mudança de atitude.
O Record adianta, ainda, que Vieira optou por não dar um 'puxão de orelhas' ao plantel, uma vez que os jogadores encarnados já tinham alvo da irritação de Luisão.
Alvos de Jorge Jesus obrigam a esforço. A SAD do Benfica terá de fazer um esforço para garantir ou Willian Arão ou William Carvalho, médios-defensivos que Jorge Jesus considera prioritários para janeiro. O brasileiro tem uma cláusula de rescisão de 20 milhões de euros, montante que o Betis quer para abrir mão do internacional português, escreve o Record.
A contratação de um ‘6’ na reabertura de mercado é considerada prioritária e, como Record adiantou ontem, Jesus tem insistido, junto de Luís Filipe Vieira, na contratação de um dos dois jogadores, que conhece bem, pois já trabalhou com ambos, no Flamengo e no Sporting. O treinador entende que qualquer um pode ‘entrar de caras’ no onze, pois já conhecem as suas ideias.
O problema são as pretensões dos clubes aos quais os dois estão ligados. Arão, de 28 anos, renovou contrato o ano passado, estando agora vinculado até 2023. “Ele tem uma cláusula de rescisão de 20 M€. Os valores podem ser negociados, mas é preciso que o Benfica faça uma proposta”, refere o pai e representante do médio do Flamengo.
Flávio Arão deixa a porta aberta aos encarnados – “a um clube grande como o Benfica não se diz não” –, mas vinca que é preciso negociar com os responsáveis do campeão brasileiro. “O Flamengo só quer vender”, sublinha. Lacónico, Marcos Braz, vice-presidente do clube carioca, diz que “não houve qualquer consulta” por parte das águias.
Quanto a William, de 28 anos, o Betis aponta a um encaixe de 20 milhões de euros, ainda que a imprensa espanhola tenha noticiado que o clube andaluz está disponível para baixar o valor para 18 milhões . A par do interesse dos encarnados e a precisar de dinheiro, os responsáveis do nono classificado da liga espanhola não descartam o empréstimo, embora impondo opção de compra obrigatória no final e deixando para a SAD liderada por Vieira a responsabilidade do pagamento dos ordenados. O médio formado no Sporting aufere um ordenado líquido de 2,5 milhões de euros. Em meia época, William receberia pouco mais de 1,2 milhões na Luz, acrescidos de encargos com impostos.
Leões têm direito a 25 por cento de William. O Sporting está atento ao processo de William Carvalho, uma vez que tem direito a receber 25 por cento do valor de uma futura transferência. Em julho de 2018, quando chegou a acordo com o Betis, a SAD de Alvalade informou ter recebido de imediato 16 milhões de euros por um jogador que havia rescindido contrato, mais 4 milhões por objetivos. Havia ainda outros valores que estavam dependentes da qualificação do emblema andaluz para a Champions, mas o Sporting “garantiu o direito a receber 25 por cento dos montantes que o Betis venha a receber em caso de transferência futura do jogador”. O clube espanhol, ao qual William está vinculado até 2023, dá preferência a uma transferência definitiva, por um montante a rondar os 20 milhões de euros.
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