Bundesliga 'chama' por médio do Benfica; JJ sobre William Carvalho e a champions...na Liga Europa; “O Sporting tem de resolver uma injustiça que cometeu"

Bruno de Carvalho viajou pelo passado, desde os tempos em que enfrentou Godinho Lopes, em 2011, até ao ano de 2018, ao pós-Alcochete, que determinou a saída da presidência e a expulsão de associado – pelo meio, o título de campeão nacional que continua a reclamar, em 2015/16. 
“Fiquei muito feliz por ter posto o Sporting em primeiro lugar. Nunca me passou pela cabeça que não me deveria candidatar de novo. Serviu para aprender. Fizeram-me o churrasquinho em 2011 e a cama em 2018. Não devo ter aprendido muito em 2011”, disse, passando por estas três fases – a derrota diante Godinho Lopes, a posterior eleição em 2013 e o título que diz ser do Sporting e a saída do clube. Bruno de Carvalho diz que teve força para combater adversários externos, mas lamenta ter perdido a luta para os adversários internos – ao que chama de “fogo amigo”. “Perante inimigos e adversários, tive força. Mas o para o ‘friendly fire’ dos órgãos sociais, tirando o Alexandre Godinho, não tive força”, confessou, numa entrevista no Youtube, no projeto ‘Fica em casa que ficas bem’, onde também assume um erro que cometeu.
“Muitos elementos da direção ficaram para ter a certeza de que me iriam entregar como cadáver. Não ficaram porque acreditaram, nem ficaram pelo Sporting. Ficaram porque chegaram a acordo que iriam entregar-me como cadáver. Em 2011, o churrasquinho foi feito por inimigos. Em 2018, foi o friendly fire [fogo amigo, numa alusão às guerras internas no emblema de Alvalade]”, referiu.  
E nesta luta interna no Sporting, que colocou Bruno de Carvalho quase sozinho (apenas Alexandre Godinho permaneceu e permanece ao lado do ex-presidente), o ex-dirigente fala num plano que tinha como objetivo afastá-lo. E afirma-o com frases fortes. 
Num olhar pelo passado de dirigente do Sporting, Bruno de Carvalho tem um lamento: não ter comemorado o título que, defende, foi conquistado pelo clube de Alvalade. “Faltou comemorar o título que ganhámos, em 2015/16. Mesmo quando alguns imbecis dizem que a culpa foi do Brian Ruiz, eu digo que o tempo veio provar que a minha dúvida era pertinente”, defende. 
E Bruno de Carvalho lembra que “um dos campeonatos sob investigação é precisamente o de 2015/16”. O ex-presidente leonino aludiu ao caso dos vouchers, denunciado pelo próprio Bruno de Carvalho durante essa época. 
No final dessa temporada, o Benfica, orientado por Rui Vitória, sagrou-se campeão nacional, com 88 pontos. Em segundo lugar ficou o Sporting, treinado por Jorge Jesus, na época de estreia em Alvalade após seis anos na Luz, com 86 pontos. Mas Bruno de Carvalho lembra que está em curso uma investigação, “por causa do Benfica”. 
“Eu não tenho culpa. Não sou o Vieira. Não fui eu que tomei as decisões do Vieira, os benfiquistas podem ficar chateados comigo, não tenho nenhum fetiche com o Benfica, mas eu não tenho culpa. A polícia dá razão à minha dúvida. E muito mais a tenho. Os sportinguistas que respirem fundo, que não digam tantos disparates e esperassem”, refere. 
Bruno de Carvalho destaca a vertente desportiva, mas envia mais um recado ao universo sportinguista – ou parte dele – e também a Frederico Varandas, de forma indireta.  
“Faltou comemorar o título de campeão nacional no futebol, mas, sobretudo, faltou uma coisa de que eu ainda tenho mais pena: ter deixado vincado em todos os sportinguistas como era importante serem exigentes para quem os representa”, diz. 
O ataque em Alcochete era um capítulo obrigatório, nesta viagem. E se o ato do grupo de adeptos o deixou indignado, a forma como a comunicação social “deturpou” as suas palavras também o marcou negativamente. “Não gostei nada, quando foi Alcochete, de toda a manipulação que fizeram”, referiu.  
“Senti-me tão mal, tão mal, fisicamente, na noite que aconteceu em que aconteceu em Alcochete. E não quis falar. Mesmo assim, falei, com muita insistência. E disse claramente: isto foi um crime hediondo e as pessoas que o cometeram vão pagar por isso. Uma comunicação social saudável teria pegado por aí. Mas não. O que é que a comunicação social fez? Como se eu tivesse dito que o que aconteceu na academia é chato. Eu não banalizei nada. Disse que as pessoas cometem crimes. Mas houve uma manipulação tremenda”, lamentou. 
Hoje, Bruno de Carvalho luta pela reintegração de associado, no Sporting: “Estou focado na defesa do meu bom nome. E na defesa do meu bom nome está o regresso como sócio de pleno direito ao Sporting”.  
“Eu não mereço continuar a ser tratado pelos meus adversários e inimigos como o ‘suspenso’ e o ‘expulso’. O Sporting tem de resolver uma injustiça que cometeu, esta questão do suspenso e do expulso. Depois, o futuro a Deus pertence. Isso terá que ver com a minha liberdade. Nada fiz contra o Sporting, defendi o clube 24 sobre 24 horas. Deveriam fazer uma reintegração de pleno direito”, afirmou.  
Como resquícios da sua passagem pelo Sporting, Bruno de Carvalho lida ainda com alguns processos judiciais, por sua iniciativa. Um deles é o processo que vai avançar contra a Cofina. 
“As pessoas não perceberam que, infelizmente, tenho de viver isto quase diariamente. O processo que está a ser feito contra a Cofina obriga-me a reviver coisas de que eu nem tive noção, na altura. O processo há de entrar, em breve. Estamos a falar de mais de mil notícias, que envolveram Correio da Manhã, Record, Jornal de Negócios e Sábado. Fico chocado sempre que reúno com a minha advogada, sobre o processo contra a Cofina. Não pouparam ninguém. Foi avassalador”, realça. 
Bruno de Carvalho dá exemplos de alegadas informações que circularam a seu respeito e a respeito da sua família. “A minha mãe cobrava dinheiro para tratar da minha filha, a minha filha era criminosa, eu batia na minha filha e nas minhas mulheres, eu era drogado, era bêbado... Ao dia de hoje, as pessoas não percebem as situações por que passei”, afirma. 
Lembra que “em 2018 saiu uma notícia a dizer que Bruno de Carvalho era a cabeça do Cashball”. E independentemente de ter sido ilibado no processo, “nada ficou resolvido, para mim e para a minha família”.  
“É muito grave. E não fosse as minhas redes sociais, não fosse eu apontar o dedo às pessoas, ainda tinham feito pior. Eu consegui que muitas pessoas parassem de mentir. E o que ficou para as pessoas? Que eu era um louco varrido que se metia com todas as pessoas. Não se metessem comigo”, sublinha. 
“Metam na cabeça uma coisa: eu não nasci em 2001. O meu mundo não é só Sporting. Eu tenho coisas muito mais interessantes para dizer às pessoas. Tenho pena que as pessoas tenham sido manipuladas numa campanha em que eu sou bêbado e drogado. Fizeram uma vida que nunca foi minha. Tenho orgulho na minha vida, mas se eu for googlar, tenho vergonha. Eu não sou nada daquilo. No Google, sou drogado, bêbado, criminoso, bato em mulheres, não quero saber da família, sou terrorista...”, conclui.

A imprensa alemã está a noticiar o interesse do Hertha de Berlim em Julian Weigl, médio alemão que o Benfica contratou ao Dortmund, em 2019, por 20 milhões de euros. Segundo a Sky Sports alemã, o clube de Berlim estaria a equacionar um empréstimo com opção de compra, operação que poderá avançar na reabertura do mercado de transferências, em janeiro.

Desde o arranque da temporada, Weigl, 25 anos, foi titular em três jogos apenas e suplente utilizado em sete.

A reação de Jorge Jesus ao ser questionado sobre William Carvalho. Jorge Jesus comentou esta quinta-feira, no final da goleada (4-0) do Benfica ao Lech Poznan, sobre os rumores de um possível interesse das águias no internacional português William Carvalho, jogador que pertence aos quadros do Betis e que representou o Sporting. O treinador dos encarnados elogiou a qualidade do médio-defensivo mas não quis se pronunciar sobre o caso.
"Não é muito importante falar sobre isso porque vão começar a especular. O William é um grande jogador, não há dúvida. O Julian [Weigl] também vai aparecer e perceber aquilo que eu exijo de diferente nele. Confiamos muito no Gabriel, no Julian e no Samaris", assumiu, em declarações na flash-interview à SIC.

"Isto não é a Liga Europa de antes. A partir dos 'oitavos' será Champions". Jorge Jesus considera que a atual Liga Europa está uns furos acima em relação a edições anteriores. À Sport TV, após a goleada do Benfica sobre o Lech Poznan (4-0), que garantiu o apuramento, o treinador encarnado lembrou os tubarões que virão da Liga dos Campeões.
"Esta já não é a Liga Europa de há uns anos, vão ver as equipas daqui para a frente... agora é muito mais difícil. Quando chegares aos 'oitavos', 'quartos' será só equipas da Champions. A partir dos 'oitavos', 'quartos' vai ser uma Liga dos Campeões", referiu Jesus.