25 novembro 2020

"Às vezes pensam que o Sporting por estar menos bem deixa de ser um grande"; "JJ esperava mais do Gonçalo, mas os adeptos também esperavam mais do JJ"; "Saída do FC Porto foi mais complicada do que a minha chegada a Portugal"

Toni criticou as palavras de Jorge Jesus relativamente à exibição de Gonçalo Ramos, no sábado. Na conferência de imprensa após o encontro com entre o Benfica e o Paredes, a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal, o técnico encarnado revelou que "esperava mais" do jovem avançado. 
Nesta segunda-feira, no programa Futebol Total, o antigo treinador do Benfica recorreu à mesma ideia, para a aplicar às exibições do clube da Luz. "Esta coisa do esperar mais... Jesus esperava mais do Gonçalo, mas os adeptos do Benfica também esperavam mais do Jorge Jesus", dispara Toni, que sustenta a sua ideia nas fracas prestações no campeonato, na Taça de Portugal e mesmo nas competições europeias.
Numa análise ao que tem sido a temporada das águias, Toni vê jogadores com grande capacidade a disfarçar problemas de um coletivo que tem problemas para resolver, sobretudo no meio-campo.
"Em termos exibicionais, o que é o jogo do Benfica? São exibições cinzentas que os 'Darwins' disfarçam... O Benfica está em construção. Até agora, usou 31 jogadores e não há uma dupla formada para o meio-campo", aponta, destacando as diversas alternativas que Jorge Jesus tem testado, sem ter ainda encontrado a dupla ideal.
"Na frente, não há problemas. Temos Waldschmidt, Darwin, Rafa e Everton. No meio-campo, vai rodando. Os centrais mantêm-se. Mas a ideia de jogo do Jesus ainda não chegou. O importante é ver que Benfica temos tido, em termos exibicionais. Esta prestação com o Paredes vem na linha das anteriores", defende.
Relativamente a Gonçalo Ramos, Toni considera que a titularidade diante do Paredes não pode ser considerada uma verdadeira oportunidade, até porque o técnico apostou em segundas e terceiras linhas, incluindo Ferreyra e jogadores da equipa B.
"Aquilo que eu achava uma oportunidade era o Gonçalo Ramos entrar com os habituais titulares do Benfica. Jogar com o Paredes, que tem bloco muito baixo, jogar ao lado do Ferreyra, numa equipa onde só o Pizzi tem sido titular, considerar isto uma oportunidade não está correto", afirmou Toni, naquele programa.
Toni também não compreende a opção de retirar Gonçalo da equipa B, onde jogava regularmente numa equipa que conhecia melhor, para integrar o plantel principal, onde raramente sai do banco e não tem verdadeiras oportunidades para mostrar valor.
"A não ter lugar na equipa principal, era preferível, nesta altura, ele jogar na equipa B. Era melhor, em vez de estar na equipa principal, onde jogou apenas 10 minutos, tirando este jogo da Taça", defendeu o antigo técnico encarnado.
A exibição menos conseguida diante do Paredes tem diversas atenuantes, segundo Toni. Desde logo o facto de os habituais titulares terem ficado de fora: Jorge Jesus promoveu uma 'revolução' no onze. Acresce que Gonçalo Ramos não tem tido minutos de jogo, desde que saiu da equipa B.  
"Tirando os sub-21, há quanto tempo Gonçalo não jogava? E depois toda uma equipa que aparece ali com jogadores que não costumam ser titulares. O Cervi há quanto tempo não jogava? O meio-campo, o lateral-esquerdo, tudo jogadores que não costumam jogar...", resumiu Toni, que traça um paralelo com o Sporting.
Rúben Amorim colocou jovens da formação, mas numa estrutura com os elementos-base. "Ao contrário do Sporting, que manteve aqueles cinco, e todos os outros dominavam os princípios que existem, aquela equipa do Benfica parecia que se tinha juntado naquele dia, para jogar com o Paredes", compara o técnico.
As palavras de Jorge Jesus devem servir de "alerta para o Gonçalo", mas "o mundo não acabou". "Só tens um caminho, que é continuar a trabalhar. O importante é: quando se falar numa oportunidade, é numa oportunidade dada para jogar numa equipa que tem uma base criada. E a resposta dele será diferente", conclui Toni. 

"Saída do FC Porto foi mais complicada do que a minha chegada a Portugal". Lucho González, um dos jogadores mais acarinhados pelos adeptos do FC Porto em tempos já idos, em declarações ao La Provence, confidenciou ter sentido muitas dificuldades após deixar o Dragão. 
Lembrando a sua passagem pelo futebol gaulês, o argentino confidencia que a língua foi um obstáculo, mas que a fase mais negra da carreira chegou... através de lesão. 
"A minha passagem de Portugal para França foi mais complicada do que a minha chegada ao Porto, é verdade, porque eu não falava francês e não compreendia nada. Depois houve aquele momento que, foi sem dúvida, o meu pior momento no período em Marselha: a minha lesão na clavícula uma ou duas semanas antes de começar a época. Quando voltei a jogar, estava longe de estar ao melhor nível", afirmou o antigo médio portista. 
"Boas recordações? O meu primeiro golo em Montpellier, a vitória na Taça da Liga (2010), o nosso primeiro título antes de termos sido campeões. Jamais vou esquecer. Prefiro guardar na memória o melhor, as amizades. Tive a grande sorte de ter sido dirigido por um treinador como Didier Deschamps que depois foi campeão do Mundo", sentenciou.

"Às vezes pensam que o Sporting por estar menos bem deixa de ser um grande". Tiago Fernandes, que na última época orientou de forma interina a equipa principal do Sporting, depois da saída de José Peseiro, diz que o momento da equipa às ordens de Rúben Amorim o deixa satisfeito e lembra que é preciso contar sempre com o Sporting na luta pelo título e não apenas agora que os leões estão na frente.
"As pessoas às vezes pensam que o Sporting por estar menos bem deixa de ser um clube grande. Isso nunca se pode dizer, porque o Sporting continua a ser dos maiores em Portugal e será sempre um candidato ao título todos os anos", comentou Tiago Fernandes.
Em declarações na Renascença, o ex-técnico leonino, filho de Manuel Fernandes, realça que o trabalho feito por Rúben Amorim está a dar frutos mas aproveita também para destacar a importância da direção liderada por Frederico Varandas.
"Este ano as coisas estão a correr bem, a equipa está com dinâmica, está solta, criativa. Está bem que estamos no início de época mas o Rúben Amorim está a fazer um excelente trabalho e é preciso apoiar tanto o Rúben Amorim como a direção."
Tiago Fernandes salientou ainda que "quem é sportinguista não pode olhar para mais nada senão para a a equipa de futebol" e apelou à união no universo verde e branco.
A jogar apenas as competições domésticas, depois de uma saída precoce na Liga Europa, onde caiu nas fases de acesso, Tiago Fernandes destaca que "a saída da Liga Europa acabou por ser positiva".
Além disso, Tiago Fernandes sublinha que é preciso "lutar pelo título e esquecer as outras competições", uma vez que há quase 20 anos que o campeonato escapa de Alvalade.

1 comentário:

  1. Retirem todos os conteúdos do Bancada, por favor.
    Foi feita uma exposição à ERC. O plágio é crime.

    Cumprimentos,
    Pedro Gonçalves
    (diretor do Bancada)

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