Sporting rejeita oferta por Vietto mas aceita vender por 11M€; Pepe e Sérgio Oliveira livres para o City; Vieira segura Moniz. Sílvio Cervan passa a efetivo e Jiame Antunes é 'reforço'

Volte-face na lista de Luís Filipe Vieira. O presidente dos encarnados segurou José Eduardo Moniz, que o vai acompanhar na candidatura a mais um mandato, escreve o Record. Confirmadas estão as saídas de Alcino António, Nuno Gaioso Ribeiro e João Costa Quinta. Já Sílvio Cervan passa a efetivo, e Jaime Antunes é ‘reforço’, como vice-presidente suplente.

Vieira formalizou ontem de manhã a candidatura ao sexto mandato. O mandatário nacional, Carlos Móia, entregou na secretaria-geral do Benfica, ao presidente da MAG em substituição, Virgílio Duque Vieira, a documentação, com os termos de aceitação de todos os elementos candidatos aos três órgãos sociais e assinaturas de sócios correspondentes a 23.344 votos.

O presidente dos encarnados quer guardar a divulgação da sua equipa para outra ocasião, mas há algumas surpresas, de acordo com as informações recolhidas pelo nosso jornal. Domingos Almeida Lima, João Varandas Fernandes e Fernando Tavares continuam ao lado de Vieira. Tal como Moniz, que também faz parte da administração da SAD, em representação do clube.

Na direção desde 2012, depois de ter sido desafiado a concorrer contra Vieira em 2009, por um movimento que tinha Varandas Fernandes como um dos principais rostos, Moniz recuou na intenção de sair, avançando para o terceiro mandato ao lado de Vieira.

Em 2018, o jornalista e antigo diretor-geral da TVI defendeu a limitação de mandatos, depois de Vieira ter dito aos sócios em assembleia geral: “Vão levar comigo muitos anos.” A posição de Moniz provocou dura reação do diretor do jornal do clube encarnado, José Nuno Martins.

A continuidade de Moniz na lista de Vieira é uma das surpresas, mas não a única. Jaime Antunes é uma das caras novas da equipa do homem que preside à direção das águias há 17 anos.

Candidato derrotado em 2003, na primeira eleição de Vieira, o economista e comentador da CMTV declarou recentemente apoio ao presidentes do encarnados. Foi chamado para ocupar um lugar na lista, como vice-presidente suplente da direção. No mandato que está prestes a terminar, Alcino e Cervan foram eleitos vice-presidentes suplentes. O primeiro sai, devendo permanecer no clube noutras funções, ligadas ao museu. Já o antigo deputado sobe na hierarquia, passando a efetivo.

As listas para a Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal apresentam remodelações. O antigo ministro da Administração Interna e comentador da CMTV, Rui Pereira, é candidato à liderança da MAG, até assegurada por Duque Vieira. Fonseca Santos, que se demitiu da Direção em 2004, em choque com Vieira, concorre à liderança do CF, ocupada por Nuno Afonso Henriques.

Al Hilal levou nega por Luciano Vietto. O Sporting mantém negociações com o Al Hilal, da Arábia Saudita, com vista à cedência, a título definitivo, do atacante Luciano Vietto. Numa primeira abordagem, o clube que já foi treinado por Jorge Jesus apresentou uma proposta a rondar os 7 milhões de euros, prontamente recusada pelos responsáveis leoninos que, apesar de estarem vendedores, não aceitam libertar um ativo considerado ‘estruturalmente’ importante pela equipa técnica por uma verba inferior a 11 milhões de euros. As conversas prosseguem, uma vez que, no reino saudita, o mercado só encerra a 6 de novembro e, tal como Rúben Amorim, Péricles Chamusca, o brasileiro que treina o Al Hilal, considera que Vietto tem as características ideais para colmatar as insuficiências atacantes da principal equipa de Riade. Alejandro Pozuelo, do Toronto FC (MLS), também está na lista de alvos.

O avançado chegou a Alvalade há pouco mais de um ano, envolvido no acordo entre o Sporting e o Atlético Madrid, por causa do diferendo gerado em torno da contratação pelos espanhóis de Gelson Martins, e custou aos cofres leoninos 7,5 milhões de euros, por 50 por cento dos direitos desportivos.

Apesar de não ser um titular indiscutível, o argentino contabilizou 35 jogos e marcou 8 golos. Esta temporada, participou em todos os encontros disputados pelos leões e é uma das opções em que Amorim mais confia para o seu sistema, que não prevê um avançado fixo.

Pepe e Sérgio Oliveira livres para o City. A viagem para Inglaterra e a utilização de Pepe e Sérgio Oliveira no jogo com o Manchester City, na quarta-feira, para a Liga dos Campeões, não está em causa se até lá continuarem a testar negativo na despistagem à covid-19. O contacto mantido com três positivos (José Fonte, Anthony Lopes e, especialmente, Cristiano Ronaldo) durante a passagem pela Seleção Nacional fez disparar o alarme, mas não serão razões protocolares a impedi-los jogar. Apesar de o governo britânico ter determinado que quem viaja de território português tem de cumprir uma quarentena de 14 dias, pelo facto de Portugal continental não figurar na lista de países considerados seguros, a dupla do FC Porto está abrangida por um regime especial, criado pelas autoridades governamentais para alguns setores da sociedade, entre os quais o desporto de alta competição, que prevê algumas exceções à regra.

Ora, segundo o documento publicado na página da internet do governo britânico, Pepe e Sérgio Oliveira terão, tal como os outros elementos da comitiva do FC Porto (equipa, treinadores e staff de apoio), de entrar em quarentena assim que pisarem solo inglês. A exceção surge a partir daqui. Tendo em conta o estatuto de atletas de alta competição, que terá de ser comprovado junto das autoridades locais, os portistas poderão interromper o confinamento hoteleiro em dois momentos: para o treino de adaptação ao relvado e à iluminação do Estádio Cidade de Manchester e para o encontro com a equipa de João Cancelo, Rúben Dias e Bernardo Silva, que também estão abrangidos pelo mesmo regime. Nos outros momentos da estadia devem manter-se na respetiva ala do hotel, em contacto exclusivo com a restante comitiva, sujeita às mesmas disposições. Nem passeios fora do hotel,  nem áreas comuns estão autorizadas.

Para o FC Porto, a quarentena em Inglaterra durará apenas o tempo que por lá ficar (no máximo três dias). Para os outros jogadores da Premier League que estiveram na Seleção Nacional, porém, o período de confinamento será superior e só o poderão fintar para treinar, jogar ou viajar para os estádios onde se efetuem os jogos.