Sporting processa Benfica devido ao incêndio no Estádio da Luz; Ainda vai haver um 'ataque' de mercado russo em Alvalade; Grupo de sócios do Sporting entende que Rogério Alves violou estatutos do clube

Frederico Varandas, enquanto presidente do Sporting, tem sido objeto frequente de contestação por parte de alguns adeptos do Sporting – além das claques Juventude Leonina e Directivo Ultras XXI, que entretanto deixaram de ser reconhecidas como grupos organizados de adeptos do clube –, mas a mesma insatisfação tem vindo a atingir cada vez mais o presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Rogério Alves. Ontem, o associado n.º 48910-0, Renato Lopes, em nome de um grupo maior, deu conta do envio de uma participação disciplinar para o Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) contra todos os membros da MAG do Sporting, liderada por Rogério Alves, por entender que foram praticados “gravíssimos ilícitos disciplinares” no âmbito da recente assembleia geral do clube em que foi submetido a votação o relatório e contas referente à época 2019/20 e o orçamento para a temporada em curso, ambos os documentos chumbados por larga maioria.

Ora, no documento a que o jornal O Jogo teve acesso, o qual terá chegado a Alvalade no dia 29 de setembro, são enumerados um conjunto de aspetos que, no entendimento do associado e seus consócios subscritores, constituem violação dos estatutos do clube, concretamente a impossibilidade de alterar a ordem de trabalhos da reunião magna “sem ouvir” os associados ou o “sonegar a participação na discussão e esclarecimentos” por parte dos sócios. Rogério Alves e o órgão que presidente são acusados de “usurpação de poder” e que o comportamento deste representa “o mais grave ataque de sempre à instituição” e a “mais grave violação de sempre dos estatutos do Sporting”. Perante a argumentação apresentada, entendem os subscritores da participação que estes aspetos vão de encontro às infrações descritas no número 3 do artigo 3.º do regulamento disciplinar e, como tal, suscetíveis de suspensão preventiva de todos os membros da MAG, de acordo com o artigo 20.º do regulamento disciplinar, assim como a proibição de presença nas instalações do clube. “Foi com estupefação que, no dia de hoje [ontem], tomámos conhecimento por via da Imprensa nacional, de que o sr. Alves da mesa [Rogério Alves] não só não está suspenso, como marca reuniões com sócios, não se sabe bem a que título e em representação de quem. As declarações do presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar de que ‘se matam lá dentro uns aos outros’ referiam-se ao não cumprimento também por parte do CFD dos estatutos e regulamentos do clube”, questionam.

Sporting processa Benfica devido ao incêndio no Estádio da Luz. Já é um dos dérbis mais longos da história do futebol português e joga-se fora das quatro linhas. Quase nove anos depois do encontro da 11ª jornada da Liga que terminou com a vitória do Benfica por 1-0, no Estádio da Luz, a 26 de novembro de 2011, o Sporting continua a lutar nos tribunais civis para reverter uma decisão da justiça desportiva (CD e CJ da FPF) que (em 2013) condenou o clube a indemnizar o rival em 360 mil euros por estragos no recinto.
Em causa está o incêndio que deflagrou na polémica ‘gaiola’ onde estavam os adeptos leoninos, no topo norte do Estádio da Luz, que destruiu 556 cadeiras e causou danos na estrutura da bancada, em betão armado. Os leões pagaram o valor determinado para não terem de enfrentar consequências mas em 2015 avançaram com um processo no Tribunal Judicial de Lisboa, por discordarem de que os 360 mil euros lhes fossem imputados na totalidade. No entender do Sporting, a fatura deveria ser dividida com o Benfica, na qualidade de coorganizador do jogo.
Ora, em março de 2017, o tribunal rejeitou as pretensões do Sporting, que exigia a devolução dos 360 mil euros, mas deu como provado que o momento da evacuação dos adeptos foi decidido “pela PSP”. Os leões alegavam que os seus adeptos tinham ficado demasiado tempo na caixa de segurança, inaugurada naquela partida, e não se conformaram com o desfecho, ao ponto de entretanto terem levado o caso ao Supremo Tribunal de Justiça... Que agora, segundo o Record apurou, decidiu remeter tudo à primeira forma, ou seja, devolveu o processo à primeira instância.
Os verdes e brancos consideram que o Benfica deve ser solidário com os prejuízos, até ao limite dos 360 mil euros. Caberá ao tribunal avaliar, de novo, se o Benfica pode ser responsabilizado e em que percentagem da referida quantia.

'Ataque' russo em Alvalade. A Rússia pode ser o destino de Stefan Ristovski, lateral-direito de 28 anos que está sem espaço no plantel do Sporting e que está na mira do Dínamo Moscovo, clube que prepara ataque para resgatar o internacional macedónio nesta janela do mercado de transferências, que em Portugal fechou na terça-feira mas que na Rússia encerra apenas no dia 17.
O Dínamo da capital russa, atual 6.º classificado do campeonato — com 17 pontos, menos quatro do que o líderes Zenit e Spartak —, procura ainda reforçar o plantel e identificou Ristovski como alvo. Prepara assim um ataque que terá de ter lugar até ao referido dia 17, com a proposta a ter de chegar aos €2,5/3 milhões que a administração leonina pretende pelo passe do jogador. A possibilidade de a saída acontecer através de uma cedência por empréstimo com opção de compra — como aconteceu com Rodrigo Battaglia (Alavés), Eduardo (Crotone), Idrissa Doumbia (Huesca), Diaby (Getafe), Pedro Mendes (Alemería) e Leonardo Ruiz (Logroñés) — não será de descartar pelos leões, que querem colocar o lateral.
Ristovski, recorde-se, desentendeu-se com o treinador Rúben Amorim na sequência de ter ficado de fora das opções nos primeiros jogos oficias da temporada e se já estava na porta de saída, mais ficou com essa atitude.