“Lucas Veríssimo? Perguntou sobre o Benfica, o FC Porto e o futebol português”; Benfica cortou 20M€ em salários; Explicada saída de Danilo do FC Porto

Com a chegada de Jorge Jesus, o Benfica investiu na contratação de vários jogadores de peso quer desportivo quer financeiro, razão pela qual, para equilibrar as contas, a SAD procurou baixar os custos com o pessoal no que diz respeito a ordenados dos jogadores excedentários. E com a saída dos atletas riscados pelo técnico – entre os que deixaram os quadros de forma definitiva ou apenas temporariamente, foram colocados 36 neste mercado, aos quais se juntam mais três, que já tinham saído em janeiro, casos de Conti, Gedson e Caio Lucas, todos por empréstimo –, o Benfica contabiliza uma poupança de 20 milhões de euros em 2020/21, escreve O Jogo.

Em alerta quanto à possibilidade de incumprimento dos critérios de fair-play financeiro da UEFA, que já afetou o FC Porto, pois o rácio entre os gastos com pessoal e receitas operacionais atingiu no último exercício os 69 por cento (quando o limite estipulado pelo organismo europeu são os 70 por cento), o Benfica viu sair nesta janela de transferências, no que diz respeito a excedentários, 19 atletas para o mercado estrangeiro, sendo que 17 foram absorvidos a nível nacional. No total, as águias encaixam 13,2 milhões com estes jogadores: 3,1 com os que saem em definitivo e 10,1 com os emprestados. Verba que nas contas da SAD se junta aos 68 de Rúben Dias. O central não entra, porém, nesta equação da poupança pois era indiscutível para Jorge Jesus – além disso, o valor do seu salário foi substituído pelo seu sucessor, Otamendi, que chega à Luz incluído no negócio com o Manchester City e a auferir um ordenado semelhante ao antigo camisola 6, a rondar os quatro milhões de euros brutos –, Andrija Zivkovic é aquele que representa a maior diminuição no peso salarial das águias. O internacional sérvio rescindiu contrato com o Benfica, ingressando depois no PAOK – foi, aliás, decisivo na eliminação da equipa de Jorge Jesus da Champions, ainda na terceira pré-eliminatória da prova, marcando no 2-1 imposto pelo conjunto de Abel Ferreira em Salónica –, representando um corte de 4,934 milhões de euros, valor bruto que os encarnados iriam gastar em 2020/21, que seria o último ano de um vínculo de cinco temporadas.

Se Zivkovic era o fardo mais pesado, seguiam-se entre atletas como Carlos Vinícius, que apesar de ter sido o melhor marcador do campeonato em 2019/20 não contava para Jesus, ou Fejsa. De resto, além dos mais caros, houve registo também para muitas saídas com salários mais baixos e residuais, uma vez que diversos dos atletas libertados pelas águias auferiam ordenados de 30 mil euros anuais, assim como de 50 mil ou 90 mil.

Dos 36 jogadores excedentários colocados neste mercado de transferências, oito faziam parte do plantel que terminou a época transata: Zlobin, Tomás Tavares, Florentino, David Tavares, Zivkovic, Jota, Carlos Vinícius e Dyego Sousa, sendo que no caso deste último os encarnados suportavam 25% do salário, peso agora aliviado com a saída do jogador, que o Shenzhen FC emprestou ao Famalicão.

Lucas Veríssimo, central já garantido pelo Benfica para janeiro, “está preparado para jogar na Europa”. A certeza é de Rui Águas, que fez parte da equipa técnica liderada por Jesualdo Ferreira no Santos. Depois de ter tentado contratá-lo em cima do fecho deste mercado de transferências, a SAD das águias começou a trabalhar na vinda de Lucas no inverno, oferecendo a Jorge Jesus o central que o treinador desejava, por um valor entre os 6 e os 7 M€. Águas não tem dúvidas de que se trata de “uma boa aposta” do Benfica. “Tem boa idade e um excelente perfil físico e técnico. Reúne excelentes condições para triunfar aqui. É um jogador inteligente, atento, empenhado e interessado em treinar, o que nem sempre acontece”, dispara o antigo avançado de Benfica, FC Porto e Seleção Nacional. O treinador questiona como é que o futebolista, de 25 anos, “não saiu antes do Santos”. Formado no Peixe, Lucas quase foi transferido para o Spartak Moscovo no início de 2018, por 7 milhões de euros, mas o pagamento de comissões inviabilizou a transferência. A meio desse ano, Torino e Lyon chegaram-se à frente, apresentando propostas: a do clube italiano mais vantajosa para o jogador, a do francês favorável ao Santos.

Dois anos depois, foi pretendido por Benfica, FC Porto e Sp. Braga. “Não tenho dúvidas de que está preparado para jogar na Europa”, assevera Águas. Como qualquer jogador brasileiro que ambicione atravessar o Atlântico, Lucas mostrou alguma curiosidade junto da equipa técnica. “Perguntou sobre o Benfica, o FC Porto e o futebol português”, adianta o agora treinador.
Jesualdo e a sua equipa técnica chegaram ao clube do estado de São Paulo no início do ano e tiveram em Lucas um elemento nuclear do onze. “É um jogador que se distingue pela atitude e pela atenção. E com um professor como Jesualdo, percebe rapidamente o que lhe é pedido”, sublinha.
Águas refere que Lucas é um jogador de “envergadura, apesar da mobilidade” que demonstra. “Tecnicamente, tem muita qualidade no passe. Mais no passe frontal, de entregar no médio, no avançado. Não é daqueles que fazem passes diagonais ou longos. Trata-se de um jogador forte e agressivo, mas sem exagero. Embora seja alto, tem boa colocação e reage bem”, completa.

Agente explica saída de Danilo para o PSG. Daniel Llorenz  considera injustas as críticas dos adeptos que acusam Danilo de falta de empenho na derrota ante o Marítimo (2-3), registada no passado sábado. Horas depois, o médio português estava a negociar a saída para o PSG , mas o agente garantia que tudo aconteceu apenas depois do jogo. 

"Na semana em que fechou o mercado, o PSG , através do Leonardo, achou interessante a minha abordagem e algumas questões. Pouco tempo antes do jogo do FC Porto entrou em contato diretamente com o clube e conseguiu um princípio de acordo, falando depois comigo. Ou seja, foi já depois do jogo com o Marítimo, de madrugada, que o Danilo tomou conhecimento. Foi uma coisa super-rápida ", começou por dizer Daniel  Llorenz , em declaração ao jornal Record, prosseguindo. 

"É normal que qualquer jogador saia para um mercado que tem mais capacidade financeira, onde vai ganhar mais. Esteve cinco épocas no clube, já estava a entrar na sexta, e ganhou praticamente todos os títulos que tinha para ganhar, sobretudo na época passado, em que venceu a dobradinha. O presidente também lhe disse que era a altura certa, disse que seria a última oportunidade, não sei se seria a última oportunidade, mas seria uma das últimas oportunidades para dar o salto e foi o que ele fez ”, recomendado o representante de Danilo .