JJ já acha que perderá Darwin em pouco tempo; Leões continuam a lamentar arbitragem no clássico. "Jogador do FC Porto deveria ter visto dois cartões vermelhos"; Insultos racistas a Marega: Vitória SC vai ter três jogos à porta fechada.

O Sporting voltou à carga, nas críticas à arbitragem do jogo entre leões e dragões. O diretor de comunicação do clube de Alvalade, Miguel Braga, assina um artigo no Jornal Sporting onde reitera a posição leonina sobre a prestação da equipa liderada por Luís Godinho.

“Continuar a fingir que nada se passou no passado servirá o presente de alguns, mas não ajudará o futuro do futebol português”, justificou o responsável, num texto onde aborda diversos lances que envolveram Zaidu.

O lateral do FC Porto, recorde-se, foi protagonista de alguns lances que motivaram queixas dos leões, em particular o controverso contacto com Pedro Gonçalves, dentro da área, mas também uma entrada dura sobre Pedro Porro.

“O FC Porto teve mesmo a particularidade de ter um jogador que deveria ter visto dois cartões vermelhos”, escreveu, numa alusão a Zaidu.

Miguel Braga entende que “a linha da decência” foi “ultrapassada por um ou outro comentador azul e branco”. “Chegaram mesmo a dizer que Pedro Gonçalves deveria ter visto o cartão amarelo no famigerado lance com Zaidu, por simulação. Só mesmo a falta de vergonha permite comentários públicos assim”, apontou.

Recorde-se que, além do toque que gerou mesmo a exibição do cartão vermelho, que foi revertido pelo árbitro, após consulta do VAR, o defesa também esteve envolvido num lance com Pedro Porro, que levou à exibição do cartão amarelo – o Sporting entende que a sanção foi desajustada.

E a propósito do VAR, Miguel Braga entende que a adoção da tecnologia foi “benéfica na luta pela transparência do futebol nacional”, pelo que “precisamos de proteger a figura do VAR”.

Porém, prossegue, é necessário “apetrechá-la de mais instrumentos que ajudem à compreensão de determinadas decisões e à clarificação dos processos”.

O Sporting exige que as regras e os critérios sejam iguais para todos os clubes.

Este artigo de Miguel Braga surge após o empate a dois golos, no clássico de Alvalade, que terminou com outra expulsão: a de Rúben Amorim, que protestou com a equipa de arbitragem e teve de assistir à segunda parte na bancada.

"Infelizmente para mim vou perder Darwin daqui a pouco tempo". Jorge Jesus deixou mais elogios a Darwin Núñez, autor de um hat trick na vitória do Benfica em casa do Lech Poznan (2-4), na estreia nesta Liga Europa. Desvalorizando o seu preço, garantiu que a SAD vai embolsar muito mais quando o jogador sair... "daqui a pouco tempo".

"Acertámos em cheio. Ele é um miúdo, tem 21 anos, há muita coisa do jogo que ele ainda não sabe, vai aprender comigo e no Benfica. Toda esta capacidade de decisão, finalização e velocidade... se este foi o jogador mais caro do Benfica... sem pandemia seria também o mais caro a sair do Benfica. Vai ser top no mundo... Infelizmente para mim, se calhar em pouco tempo vou perdê-lo", disse o treinador das águias à Sport TV.

Insultos racistas a Marega: Vitória SC vai ter três jogos à porta fechada. O Vitória de Guimarães foi hoje punido com três jogos à porta fechada pelos insultos racistas dirigidos ao futebolista maliano do FC Porto Marega, em fevereiro, pela Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD).

Questionada pela Lusa, a APCVD confirmou já ter sido "proferida e notificada ao arguido a decisão final" do processo decorrente do jogo entre vitorianos e portistas, em 16 de fevereiro último, a contar para a edição de 2019/20 da I Liga.

"Por despacho exarado em 20 de outubro de 2020, foi aplicada ao Vitória Sport Clube, Futebol SAD a coima de 55 mil euros, bem como a sanção acessória de realização de três espetáculos desportivos à porta fechada, com início do cumprimento da sanção acessória após regresso do público aos espetáculos desportivos", lê-se na resposta à Lusa da APCVD.

Esta decisão é passível de recurso, dispondo o Vitória de Guimarães de "um prazo de 20 dias para eventual impugnação judicial".

O caso ocorreu há oito meses, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, durante o jogo de futebol entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, que os 'dragões' venceram por 2-1.

Por volta dos 70 minutos, pouco depois de ter marcado o golo da vitória 'azul e branca', Marega, que já alinhou nos vimaranenses, pediu para ser substituído e acabou mesmo por abandonar o relvado, agastado com cânticos de natureza racista que lhe estavam a ser dirigidos por adeptos do Vitória, com sons a imitar macacos.

O caso também originou uma investigação da Polícia de Segurança Pública (PSP) às câmaras da videovigilância do estádio vimaranense, com a colaboração do Vitória, de forma a serem identificados os eventuais autores dos insultos racistas e um processo-crime do Ministério Público (MP) "por atos de discriminação racial".

Três adeptos do emblema vimaranense estão a ser julgados no Tribunal de Guimarães, pelo crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência, punido com pena de prisão de seis meses a cinco anos, desde 25 de setembro.