Pochettino e Emery são as prioridades do Benfica caso falhe JJ; Balneário dividido em relação a Lage; Sem saldos no Dragão: Danilo só sai por 40M€

A SAD do FC Porto está preparada para negociar Danilo Pereira no mercado que se avizinha, mas não o fará a qualquer custo. O médio, blindado por uma cláusula de rescisão de 60 milhões de euros, tem contrato válido para mais duas épocas, até 2022, o que oferece aos dragões a firmeza necessária para não abrir mão do capitão de equipa a preço de saldos. E se a possibilidade de sair abaixo do valor da cláusula é real, não é menos verdade, mas garante o Record, que a fasquia dos 40 milhões de euros terá de ser atingida para que o internacional português rume a outras paragens.

Durante o dia de ontem, a ESPN inglesa avançou que Danilo Pereira estaria novamente na mira do Arsenal, apontando os 20 milhões como valor máximo até onde os gunners poderiam ir. Aos escritórios do FC Porto nada de concreto chegou e, se chegar uma proposta desse valor, a resposta será a mesma que foi dada no verão passado ao Monaco, que acenou com 30 milhões de euros, insuficientes para resgatar o trinco. Na altura, recorde-se, os dragões chegaram a emitir uma nota no site oficial a confirmar a abordagem e a justificar a nega. 

“O FC Porto recebeu uma proposta do AS Monaco para a transferência do nosso jogador e capitão Danilo. Ontem mesmo, o FC Porto respondeu que o jogador Danilo é esta temporada intransferível, pelo que desta forma se encerra qualquer tipo de especulação em torno deste tema”, podia ler-se, num comunicado lançado no dia 30 de julho de 2019. 

Agora, quase um ano depois, o rótulo de jogador “intransferível” talvez se tenha alterado, mas nunca por valores inferiores a 40 milhões de euros, que são, ainda assim, bem abaixo da sua cláusula de rescisão.

A continuidade de Bruno Lage no comando técnico do Benfica está a dividir o plantel. Segundo o jornal Record apurou, há duas correntes de opinião dentro do balneário dos encarnados: uns acreditam que o setubalense é o homem certo para se sentar no banco; já outros entendem que o ciclo se fechou e será bastante complicado dar a volta a toda a situação. As razões divergem. Existem jogadores que consideram que os maus resultados esta temporada não são exclusivamente culpa do treinador e que a própria equipa poderia ter feito mais em todas as competições. Ainda assim, há uma franja que se coloca contra várias decisões do setubalense, de 44 anos, e não tem dúvidas de que a má fase, que começou com o FC Porto, ainda em fevereiro, acaba por ser responsabilidade sua, embora haja outras causas associadas. Como se pode depreender, Bruno Lage já não é um nome consensual no seio do plantel, mas, independentemente dessa questão, a equipa continuará a dar tudo pelo campeonato, pois acredita que ainda tem hipótese de revalidar o título. Para isso não basta o FC Porto perder três pontos, devido à vantagem no confronto direto.

Nesta fase em que as águias estão atrás do rival, e a continuidade de Lage está em causa, jogadores como Jardel, André Almeida, Samaris ou Pizzi, entre outros, já com alguns anos de casa, têm sido essenciais para unir o grupo de trabalho e transmitir uma mensagem positiva e de união. E a verdade é que o plantel tem tentado manter-se à margem dos problemas e das críticas que tem sofrido, trabalhando para inverter o ciclo de resultados já na Madeira, na segunda-feira. Os jogadores entendem que o contexto atual não é favorável, dada a diferença pontual para o FC Porto e o estado anímico da equipa, mas recusam desistir, pois também não pretendem ver o seu profissionalismo posto em causa. Por isso, estarão com o técnico, e as suas ideias, até que a direção de Luís Filipe Vieira tome qualquer decisão. Todos estão cientes de que o jogo na Madeira é fulcral.

Pochettino e Emery são as prioridades do Benfica caso falhe JJ. O regresso de Jorge Jesus ao Benfica para ocupar o lugar de Bruno Lage é encarado como praticamente impossível, pelo que a direção das águias já começa a estudar alternativas ao atual técnico do Flamengo. E a solução pode estar no estrangeiro. Segundo o Record, há dois muitos fortes em cima da mesa, que estão a ser alvo de estudo por parte dos responsáveis benfiquistas: Mauricio Pochettino e Unai Emery. Luís Filipe Vieira considera que seria positivo, nesta altura, garantir um treinador conceituado e de renome internacional para resolver os problemas que a equipa atravessa e, ao mesmo tempo, devolver o Benfica de novo aos altos voos europeus. E há uma razão para estes serem prioritários: A disponibilidade para vir já.

É que tanto Pochettino como Emery, são técnicos que se encontram sem clube, pelo que poderão assumir a curto prazo o lugar de Bruno Lage, que, tal como o nosso jornal deu conta, não é certo que continue até ao final da temporada.

De acordo com fontes contactadas pelo Record, o nome mais apelativo para os responsáveis benfiquistas é mesmo o de Pochettino, técnico de 48 anos que orientou o Tottenham nas últimas cinco épocas e meia – foi rendido por José Mourinho no comando dos spurs – e está sem clube desde novembro.

Já Unai Emery, também com 48 anos, está sem emprego desde novembro, quando abandonou o comando do Arsenal. Além dos ingleses, o técnico espanhol passou ainda, entre outros, por Valencia, Sevilha e PSG.

Segundo informações recolhidas pelo jornal, a crise no Benfica já terá levado a que outros nomes conceituados tenham sido oferecidos para orientar o clube da Luz. Jorge Sampaoli, argentino que se encontra no At. Mineiro, e que gostaria de voltar à Europa, onde já deu cartas no Sevilha. Todavia, foi com a conquista da Copa América, pelo Chilena, que Sampaoli mais se destacou. Também Benítez, que está ao serviço dos chineses do Dalian Pro, já terá demonstrado interesse em orientar as águias.