Joaquín Pereyra não será solução para o Sporting; Juve Leo deverá expulsar mais de 20 dos envolvidos no 'ataque'; Mercado no Dragão de investimento curto e cirúrgico e só depois de vender. Alvos identificados; Última oportunidade para Florentino na Luz

Terminado o julgamento da invasão à Academia de Alcochete o Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do Sporting tem, agora, via aberta para avançar com os processos disciplinares aos sócios envolvidos. Os casos, recorde-se, estão suspensos desde 13 de maio de 2019.

Na altura o CFD verde e branco, explicou a suspensão: “Ainda estão a decorrer atos de instrução no âmbito do processo criminal em curso, julga-se prudente aguardar por posteriores desenvolvimentos.” Portanto, agora, está tudo em aberto. Mas há mais.
O Record escreve que a Juventude Leonina também irá fazer uma espécie de saneamento. Os envolvidos na invasão que sejam sócios da claque, mais de 20 dos 44 arguidos pelo que foi possível apurar, também estão debaixo de alçada disciplinar e tudo indica que serão expulsos.

Joaquín Pereyra não será solução para o Sporting. Frederico Varandas já assumiu publicamente que “o Sporting tem 5 ou 6 clubes que não lhe conseguem pagar”, dada a conjetura atual, sendo que um desses emblemas com dívidas pendentes é o Rosario Central. Os argentinos têm a pagar cerca de 150 mil euros aos leões, montante em falta relativo a uma parcela da taxa de empréstimo do ex-leão Teo Gutiérrez, acordada em 2016, e que subsiste, ao ponto de não existir, de momento, fumo branco à vista. Com efeito, e devido aos problemas financeiros que atravessa, o Rosario Central não está disposto a liquidar a dívida e assim piorar uma situação por si só já depauperada, pelo que, como moeda de troca, tentam ‘colocar’ jogadores em Alvalade, hipótese que de resto está longe de agradar aos leões. De resto, foi por esse motivo que a imprensa argentina apontou o nome do médio Joaquín Pereyra a Alvalade, que inclusivamente levou um dirigente anónimo dos argentinos a assegurar que “a transferência será feita por empréstimo”. No entanto, fonte oficial do Sporting desmentiu, ao Record, qualquer interesse no jogador de 21 anos com vista à próxima temporada, descartando deste modo a tentativa do Rosario Central em saldar a referida dívida deste modo. Recorde-se que Teo Gutiérrez saiu em definitivo de Alvalade para o Junior Barranquilla, no verão de 2017, por 1,8 M€. A SAD reservou 30% dos direitos económicos de uma futura transferência do avançado de 35 anos.

Florentino procura voltar a ter uma maior preponderância nas opções de Bruno Lage, nesta reta final da época, depois de, até à suspensão do campeonato, ter sido utilizado apenas 15 vezes. Esta será a última oportunidade do médio para demonstrar que merece ser utilizado mais vezes, pois, caso não se verifique, a saída poderá ser o cenário que se adivinha para o jogador, de 20 anos.

Aquela é uma tarefa que não se adivinha fácil para o nº 61 das águias, sobretudo desde a chegada de Julian Weigl ao plantel benfiquista. O alemão parte em vantagem para garantir um lugar no meio-campo defensivo da equipa de Bruno Lage, sendo que, mesmo com Florentino disponível, o técnico já preferiu apostar em Gabriel e Samaris. Tal indica que, nesta altura, o jogador possa ser a terceira, ou até mesmo a quarta, opção, o que dá a entender que terá bastantes dificuldades para subir na hierarquia benfiquista e voltar a ganhar minutos.

Sendo Florentino um jovem jogador e com clubes interessados, se continuar a não entrar nas opções da equipa técnica, pode procurar alternativas que o levem a atuar com maior regularidade, o que é visto como essencial, para não estagnar com esta idade.

Já em janeiro, a possibilidade de sair esteve em aberto, tendo sido a mudança de clube inviabilizada por parte de Bruno Lage, que, à semelhança de Jota, preferiu manter os jogadores. Agora, no final da temporada, a situação pode ser diferente, mas tudo irá sempre depender da maior ou menor utilização que os dois venham a registar até ao fim de julho.

Florentino foi uma das principais surpresas que Bruno Lage lançou na última época e, desde então, vários emblemas quiseram saber as condições para garantir os serviços do jogador formado no clube da Luz. Todavia, os italianos do AC Milan foram os que mais fizeram para garantir o internacional sub-21 português, tendo existido várias conversas entre as partes. O clube italiano chegou a apresentar uma proposta de empréstimo, de ano e maio, pagando 4,5 milhões de euros e ficando com opção de compra de 50 milhões, idêntica à do Tottenham por Gedson.

Mercado é só para vender no Dragão. O FC Porto tem uma série de alvos identificados, mas não vai avançar para o reforço de qualquer posição antes de vender e cumprir com as exigências financeiras há muito destapadas. Aliás, nem o irá fazer com a força de 2019/20. E esse é precisamente um dos motivos, mas já lá vamos. Antes de mais convém também recordar que o processo eleitoral está a decorrer e antes de uma nova direção ser eleita a SAD não tomará qualquer decisão de vulto, escreve O Jogo.

Os dragões necessitam de vender para equilibrar as contas, cumprir com o fair play financeiro da UEFA e essa é a prioridade absoluta mal termine o campeonato. Só depois de faturados os milhões necessários para o equilíbrio orçamental é que a SAD pensará no reforço do plantel. E esse terá de ser feito de forma cirúrgica e a pensar, essencialmente, em encontrar substitutos para os indiscutíveis que possam sair no próximo mercado de transferências. E sem gastos exagerados. Com o campeonato e final de Taça de Portugal, a jogarem-se até ao final de julho, só mesmo em agosto poderá haver novidades de montra. Até lá nenhum negócio será concretizado.

A lista de compras não será larga e dificilmente excederá o número de vendas. E isto também porque a aposta na formação é para manter e foi nesse sentido até que Sérgio Conceição precipitou as subidas de jogadores como Fábio Vieira, João Mário ou Francisco Meixedo à equipa principal. Haverá mais um ou outro nome a promover e ainda alguns emprestados que merecem atenção, com Diogo Queirós à cabeça. Fernando Andrade é outro que tem feito uma boa época.

Os portistas acreditam que, mesmo com a saída prevista de alguns titulares, o último mercado de transferências pode acautelar a partida de algumas referências e sustentar a base do que aí vem. Marchesín, Marcano, Uribe e Luis Díaz são reforços que rapidamente mostraram qualidade e dificilmente sairão. Nakajima e Zé Luís também foram úteis. E os miúdos da formação que se estrearam esta época, como Diogo Costa, Romário Baró, Vítor Ferreira e Fábio Silva têm margem par acrescer e somar ainda mais minutos no futuro.