"Achei normal o Benfica ser campeão da Europa com 13 anos, hoje seria um milagre"; "Pedrinho? Pode ser que a primeira temporada no Benfica não aconteça da forma que ele quer"; Opção não será exercida e jogador regressa à Luz

Bruno Varela, guarda-redes que esteve cedido pelo Benfica ao Ajax durante a última temporada e meia, vai regressar ao estádio da Luz.

O clube holandês, segundo a imprensa internacional, optou por não exercer a cláusula de compra que tinha sobre o atleta das águias.

Com pouca utilização, com uma performance, quando chamado, abaixo do esperado, os holandeses optam assim por não pagar os 6 milhões de euros da cláusula.

Sem espaço no Ajax, mas quase certamente sem espaço na equipa da Luz, os encarnados poderão tentar nova cedência ou mesmo a venda a título definitivo do passe do atleta.

Com 25 anos, Varela soma esta temporada apenas três jogos disputados, contabilizando 270 minutos com a camisola da equipa principal.

"Pedrinho precisa de maturidade e respeitar os profissionais do Benfica". Oficialmente confirmado como reforço do Benfica para a próxima temporada, num negócio que rendeu cerca de 20 milhões de euros ao Corinthians, Pedrinho foi, esta quarta-feira, aconselhado a pautar pelo "profissionalismo" para ter sucesso na Europa.

As palavras são de Ewerthon, antigo jogador do emblema paulista que partiu para o Borussia Dortmund em 2001, que teceu rasgados elogios ao jovem médio, mas avisou-o que vai encontrar "dificuldades" e "problemas" em Portugal.

"Conselho, eu não daria. A única coisa que digo é o que digo para toda a gente. Dificuldades existem, problemas todos têm. Mas seja profissional. O que é ser profissional? Respeitar o seu contrato", começou por dizer, em declarações à estação televisiva brasileira FOX Sports.

"Pode ser que a primeira temporada não aconteça da forma que ele quer, mas tem outros anos para seguir. Então, é manter-se, respeitar o contrato, respeitar o treinador, que as coisas saem. É difícil dar conselho, porque hoje a informação chega muito rápida”, referiu.

Ewerthon reforçou que Pedrinho vai "para um grande clube, como o Benfica", mas sublinhou que o médio "vai ter companheiros de equipa que vão ter muita qualidade para jogar", pelo que deve ser paciente e aguardar uma oportunidade da parte de Bruno Lage.

"O jogador brasileiro é diferente do europeu por isso. O brasileiro não consegue respeitar, porque tem que chegar, jogar e ser titular. E, na Europa, não é assim, tem que saber o momento em que a opção do treinador é a melhor para a equipa. Ele precisa de ter maturidade. Futebol ele tem, é um grande jogador. É ter maturidade e respeitar os profissionais que lá vão estar", concluiu.

"Achei normal o Benfica ser campeão da Europa com 13 anos, hoje seria um milagre". Manuel Vilarinho começou por recordar o pai que foi dirigente do Benfica e as lágrimas começaram a apoderar-se dos olhos: "O Benfica faz-me chorar muito", garantiu. Em declarações ao programa 'Benfica de Quarentena' referente à página 'Benfica Independente', o antigo presidente das águias lembra-se "de ir sozinho à bola apanhando o elétrico" quando era jovem. "Com 13 anos, se calhar achei que era uma coisa normal ser campeão europeu. Éramos os melhores e estava nos livros que tinha de ser assim. Achei uma coisa natural tendo 13 anos o facto de ser campeão da Europa. Hoje, com a idade que tenho, acharia um milagre", disse, entre risos.
Na década de 1960, depois de se sagrar bicampeão europeu, o Benfica ainda perdeu finais europeias com Inter Milão, AC Milan e Manchester United. O então jovem Vilarinho já entendi os acontecimentos de outra forma.
"Vi tudo, aí sou mais velho, tinha mais noção das coisas. Perdemos porque se calhar os outros foram melhores. Não há nada a comparar com as restantes finais perdidas. Com 15 ou 16 anos já admitia que éramos bons mas se calhar não éramos tanto", vincou o antigo dirigente das águias, de 71 anos, reforçando o anseio de ver as águias voltarem ao topo da Europa.
"A esperança é a última coisa a perder-se embora possa ser um milagre. A esperança não se perde. Por que não? Em função de como está o futebol, é cada vez mais difícil. Já somos campeões de uma coisa: não termos falta de dinheiro", reiterou o antecessor de Luís Filipe Vieira.